𝟏𝟎º Aᴛᴏ

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⠀⠀⠀O lobisomem rosnou e partiu na direção de Krystal

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⠀⠀⠀O lobisomem rosnou e partiu na direção de Krystal. Ela só teve tempo de erguer o braço direito — as garras compridas e afiadas da criatura talharam um corte profundo em seu antebraço.

⠀⠀⠀A adrenalina ferveu o sangue que rugia em seus tímpanos, aplacando a dor. Por pouco não perfurou seu olho, mas o vestígio de um pequeno corte ardeu no canto da pálpebra direita.

⠀⠀⠀— Filho da puta, desgraçado, argh! — xingou, sem saber exatamente quem.

⠀⠀⠀No impulso, guiada pela adrenalina, Krystal guinou o corpo para frente e enfiou a adaga no olho esquerdo do lobisomem. Quando ele urrou com o golpe, ela o chutou e derrubou. Em seguida pulou sobre o corpo da criatura e correu até o corredor principal.

⠀⠀⠀Um uivo feroz a fez se encolher ao alcançar a porta.

⠀⠀⠀No momento em que se jogou no cubículo apertado, e escorregou pelo buraco por onde havia passado, o lobisomem derrubou a primeira porta.

⠀⠀⠀Krystal só teve tempo de se pôr de pé, no passo seguinte as estantes cobrindo a porta secreta voaram sobre sua cabeça e caíram no primeiro andar com estrondo, espalhando uma densa camada de poeira no ar.

⠀⠀⠀O lobisomem irrompeu pela parede, o pelo negro esbranquiçado pelo pó.

⠀⠀⠀Ela grunhiu e tirou o único bastão de prata, que não havia deixado na delegacia.

⠀⠀⠀A hoan pressionou o mecanismo que soltava uma pega adaga curva na ponta do bastão e o enfiou com destreza no peito do lobo, errando, de propósito, seu coração — precisava descobrir quem ele, ou ela, era.

⠀⠀⠀Precisava de respostas.

⠀⠀⠀Um erro.

⠀⠀⠀O segundo que havia cometido naquele dia.

⠀⠀⠀O licantropo a acertou com um golpe. O corpo dela voou sobre a balaustrada e caiu sobre as estantes no andar de baixo.

⠀⠀⠀Ouviu Jimin gritar algo, mas seus tímpanos zumbiam, os olhos incapazes de desviar do pulso esquerdo ao constatar que caiu sobre ele com todo o peso pressionando contra uma das estantes abaixo de seu corpo. A garganta de Krystal secou. Suor escorreu por suas têmporas. Sua mão estava parada num ângulo estranho, os dedos tremiam. A dor lacerante correu por cada parte de seu corpo, a paralisando até se dar conta de que não havia sofrido uma fratura exposta. Mal pôde suspirar de alívio, ou gemer pela dor — as íris azuis foi tudo que conseguiu registrar antes de ser puxada para o chão com ímpeto.

⠀⠀⠀Farpas da madeira estilhaçada voaram pelos ares quando o lobisomem caiu onde ela esteve.

⠀⠀⠀— Caralho, porra! Que diabos! — As pernas de Jimin bambearam quando viu que Krystal estava coberta de sangue. Suas vísceras se retorceram e a mente girou. Ele engoliu em seco, sentindo as vistas embaçarem. — Me diga que esse sangue não é todo seu, por favor!

ɪɴᴅᴇʟᴇ́ᴠᴇʟOnde histórias criam vida. Descubra agora