Hermione sempre sonhou em ajudar as pessoas. Cresceu vendo seus pais participarem de mutirões comunitários, doação de alimentos, limpando a dentição de quem não tinha condições e etc. Faziam de tudo que lhes era viável para ajudar outras pessoas a serem mais dignas e sobreviverem. Então, dizer que projetos comunitários já eram de praxe em seu domingo não era eufemismo.
Em certo ponto de sua infância, Granger sentiu falta dos pais, a sua única solução naquela época foi ficar manhosa e querer chorar, mas sua mãe dizia que ela era mocinha e isso não era atitude de meninas crescidas.
Logo, os dias foram passando e a menina não derramou mais nenhuma lágrima, até o último domingo daquele mês, durante aquela semana seus pais haviam trabalho mais do que nunca e perdido sua feira de ciência na escolinha, no domingo de manhã Hermione implorou para ficarem em casa juntos, porém mesmo assim eles se foram.
Aquele domingo foi diferente, a pequena Granger chorava para o nada enquanto ajudava a arrumar os brinquedos da ONG, quando uma garotinha, menor que si, chegou ao seu lado, contando que seus pais tinham virado estrela quando a sua casa pegou fogo e que hoje ela tinha conhecido os pais de Hermione, eles mandaram ela vir brincar com a filha deles.
Naquele domingo, Hermione parou de chorar e brincou com a garota. Possuía sorte de ter seus pais consigo e mocinhas crescidas não tem como atitude a ingratidão.
Tinha sua mãe e seu pai consigo, mesmo que não tanto quanto gostaria.
Foi aos 10 anos que resolveu ser advogada em um ministério público. Pegaria todas as causas ao seu alcance, seria igual seus pais e ajudaria os outros.
Era engraçado ver uma criança miúda, com cabelos enormes e volumosos com livros do tamanho de sua cabeça andando de lá e para cá na biblioteca do bairro. Mas Granger nunca se importou muito em como as outras pessoas a viam e isso foi muito bom, pois um ano depois descobriu ser uma bruxa, e essa era uma informação difícil por si só. Do dia para noite ela teria que ir um lugar duvidoso de Londres atrás de materiais escolares e viajaria para um lugar totalmente desconhecido entre Gales, Escócia e só Deus sabe onde.
Hermione tinha muita sorte por não se incomodarem como as pessoas a viam, pois o primeiro ano em Hogwarts foi no mínimo difícil, as pessoas eram eradissas com relação a suas origens, alguns a odiavam pela sua natureza curiosa e outros a ignoravam por simplesmente existir, pessoalmente a menina apreciava muito mais o silêncio que o desprezo e ódio destilado.
No fim, ela virou amiga de dois garotos excêntricos, um que sempre se envolvia em confusões maiores que poderia aguentar e outro que comia mais do que poderia aguentar. Eles eram um trio estranho e ela gostava disso.
Os anos passaram e tudo foi ficando difícil, aqueles olhares enviesados dos que eram contra sua existência viraram ódio declarado, e o silêncio daqueles que pouco se importavam consigo, medo, de um lado os alunos foram ficando oprimidos e do outro soltos até demais. Sua curiosidade foi apreciada por ambos os lados, mas francamente, aquilo era o de menos levando o cenário de guerra iminente.
Hermione pela primeira vez na vida não sabia o que fazer, entretanto ela tinha a certeza que iria ajudar, pois sempre foi o seu objetivo e sua gana ajudar os outros.
Assim ela voltou, ano após ano, para a escola de magia e bruxaria.
Ela tinha amigos, um propósito e precisava honrar aquilo, era bom ter aquelas coisas, ela gostaria de não ser nesse cenário, mas estava tudo bem, pois eles ganhariam aquela guerra e as coisas se normalizariam. Seria bom, iria passar o medo, a dor e o peso da morte. Iria passar. Tinah que passar.
E foi com isso em mente que ela suportou o pior ano da sua vida, vendo seus amigos definharem, seus conhecimentos irem à prova, seu diretor ser morto, sua escola ser tomada e sua vida ameaçada. Foi com tudo isso em mente, que ela sobreviveu dia após dias, aproveitando os poucos momentos bons, se segurando na esperança que aos poucos estava desaparecendo no olhar de seus aliados. Foi assim que ela ganhou aquela guerra.
Agora era hora de correr atrás de velhos sonhos, renovar a esperança quase desaparecida. Agora, era viver o que lhe manteve sã, finalmente usufruir da paz e ajudar os outros de forma mais plácida. Havia terminado.
Notas Finais:
Bem, como prometido: Primeiro capítulo postado na quinta!
Essa história é uma queridinha minha e apesar de ter bastante treta, o final é feliz e ela é bem gostosinha de ler, logo, sem medo, podem cair dentro!
O que acharam da nossa Mione???
Não posso prometer um atualização ainda essa semana por uma questão de logística, a faculdade marcou os intensivões para as provas esse final de semana, começa amanhã e vai até domingo, minha alma é deles até lá, infelizmente. Farei o possível para ao menos responder os comentários, e se tiver bastante voto e comentário tento postar domingo à noite!
Costumo usar a escrita como válvula de escape e o suporte de vocês como serotonina para superar dias difíceis, e acho que esses foram os principais motivos para mim adiantar a publicação dessa fanfic, tem sido meses difíceis com o Burnout, crises de ansiedade fora toda uma questão familiar financeira e judicial envolvendo o divorcio da minha mãe. De fato essa semana veio com tudo com um problema de saúde envolvendo minha garganta, uma TPM ridícula que me deixou HIPER sensível a tudo e esse tranco na faculdade com trabalhos e avaliações próximas. Sei que muitas pessoas nem vão ler isso, e okay, pois sempre usei minha redes sociais de fanfics como ""diário"", e isso é mais um desabafo para a Alicia de alguns meses ou anos adiante que vai ler isso com nostalgia e estará enfrentando novos dilemas. Enfim, é isso.
Beijos da Fada, e até o próximo capítulo <3
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mrs. Office ✦ Pansmione
Fanfiction[Em Andamento] Hermione Granger era conhecida por sua inteligência e argumentos irrefutáveis. Pansy Parkinson era conhecida pela fala sagaz e pensamentos obtusos. A questão nunca foi sobre o que diziam delas, e sim, o que elas são. E elas são muito...