[17:48 PM]
Na enfermaria, depois que a enfermeira terminou os cuidados com meu machucado, ela chama Lee Minho, que me esperava do lado de fora até então, e o mesmo entra.
— Como ela está?
— Aparentemente bem. Precisou levar alguns pontos, mas acho que ela não sentiu nada. — A enfermeira diz e ambos me olham.
— Foi de boa, quase nem senti. — Sorrio sem jeito.
— Vou deixá-los um pouco a sós. — A enfermeira sai.
Sinto que estar ali não me era uma boa opção. Não me sentia mais tão desconfortável com Minho, mas também não podia deixar de pensar em seu lado.. afinal era a mãe dele que também estava em toda a história do incêndio, não faço ideia de como ele pode estar se sentindo agora e tenho medo de saber.
— Bem, já que tá tudo certo, eu vou indo. — Levanto da maca prestes a sair quando meu braço é segurado por Minho.
— Senta aí. — Ele diz me impulsionando a sentar na cama novamente. — Eu sou algum tipo de piada pra você? — Lee franze o cenho.
— O que quer dizer exatamente?
— Você diz que é melhor nos mantermos longe mas se aproxima quando bem quer, acha isso justo? — Minho repousa as mãos no bolso. Ele parecia incomodado. — Quem você pensa que é pra se meter onde não deve?
— O quê? — Solto uma risada nasal."Ele não deveria me agradecer agora?" — Por acaso está irritado?
— Sim!
— Por que!? — Questiono intrigada.
— Porque você é intrometida!
— Eu!? — Indago inacreditada.
— É! Quem mandou se meter na minha frente!?
— Eu te protegi!!
— Eu não pedi!! — Nossa comunicação cada vez mais se tornava rápida e agitada.
— Não precisa pedir! Eu faria a mesma coisa quantas vezes precisasse!!
— Por que!?
— Porque eu não suportaria ver você se machucar!!
— NÃO FAÇA ISSO!! — O avanço de sua voz fez com que eu me calasse. Era a primeira vez que Lee Minho levantava a voz pra mim. — Não faça isso. — Ele replica suspirando enquanto puxava os cabelos para trás.
Percebi que aquela não era sua maneira desrespeitosa de agir e sim sua maneira preocupada de ser. Tendo ciência disso... Eu devo ser compreensiva.
— Não tem como não fazer isso... — Minho, que estava de costas, abaixa a cabeça enquanto eu falava em um tom sereno. — Não podia permitir que se machucasse.
— Por que?
— Porque doeria em mim. — Lee Minho se vira lentamente em minha direção erguendo a cabeça. — Não quero vê-lo machucado.
— Vai se preocupar agora? — Seu tom sarcástico deu a entender que por algum motivo ele não acreditava em mim.
— Sim. — O respondo sem hesitações. — Me preocupo com você e por isso não suportaria vê-lo machucado. Eu ficaria a sua frente quantas vezes fosse preciso só pra que não tivesse nenhum arranhão em sua pele. Me entromereria quantas vezes fosse preciso, mesmo que me chamasse de intrometida. — Levanto enquanto Minho permanecia surpreso. — Isso na minha mão não é nada comparado a dor que eu sentiria caso esse arranhão fosse em você. — Suspiro. — Disse que era melhor não nos aproximarmos, primeiro por mim.. mas agora é por você e os outros, temo que não se sintam bem perto de mim portanto tenho medo de me aproximar. — Pauso tendo certeza de que Minho não iria dizer nada e abaixo o olhar. — Também não quero que a reputação de vocês acabem, então não chegue perto de mim antes de ter certeza que aguentaria ser apedrejado ao meu lado. Eu vou indo. — Ultrapasso o mesmo saindo dali, o deixando sozinho.
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CRØSSFIRE:: MINSUNG + SN
General FictionEm um ano como todos os outros o internato Cross-country recebe novos alunos, entre eles; Lee Minho e Han Jisung, dois garotos que logo se esbarram na tão conhecida 'divindade' do internato, Yang Sien. As coisas nunca andaram tão fora do caminho qua...