CAP.29:: Gasolina - parte três

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Flashback:: Um dia antes [PT.1]

Por conta da confusão e da paranoia de haver mais uma história além da contada sobre o caso do incêndio, eu não pude me conter a contatar a pessoa que começou com todo o meu tumulto mental.

— Estou surpreso por ter me chamado novamente.

— E eu mais surpresa ainda pelo senhor ter aceitado. — Retruco e o homem sorri ladindo, logo fazendo sinal para que sentassemos.

Assim como da primeira vez, nós permanecemos olhando para o horizonte a nossa frente.

— Por que me chamou?

— Da última vez.. o senhor me contou toda a verdade. — Engulo seco e fico calada por alguns instantes. Estava pensando nas palavras certas que deveria usar.

— Sim, e então?

— Por que fez isso? — Questiono e o homem me olha.

— Como assim?

— Tenho certeza que o senhor deve ter um motivo.

— Tem certeza? — Ele solta uma risada nasal.

— Certeza. — O olho de relance e o mesmo engole seco, suspira e desvia o olhar. — Por que teve que me contar tudo aquilo de repente?

— Não esperava a verdade sobre tudo?

— Eu não esperava que o senhor fosse me contar a verdade sobre tudo. — Retruco seguidamente.

— Desculpe, acho que soei estranho. — Senhor Lee sorri sem graça.

— De fato. — Inspiro olhando para a paisagem.

— Sou psicólogo, no dia da reunião com o comitê pude perceber que algo te incomodava, apesar de estar se escondendo bem. — Ele diz e eu abaixo a cabeça.

"Naquela época eu realmente não estava bem..."

— Ouvi algumas histórias naquele mesmo dia e quando me aproximei de você pude enfim perceber, você estava incompleta... confusa e atordoada com pensamentos distorcidos e fora de ordem.. — O homem me olha. — Queria ajudá-la a esclarecer tudo, mas sem intenção de prejudicar você, até porquê eu também pude deduzir pelo seu olhar determinado que com o tempo saberia seguir com o resto e se organizar sozinha. — Seu tom soava sincero.

— Por que quis me ajudar?

— Como assim?

— O senhor sabia de toda a verdade e mesmo assim... — Mordo os lábios me sentindo tocada por aquela situação.

— Yang Sien. — Lee Jeong apalpa minha mão e eu o olho vendo seu sorriso gentil. — Você.., Han Jisung e também Lee Minho não tem nada haver com o que nos aconteceu. Seria estúpido de minha parte jogar o erro destes malditos adultos em jovens tão bons quantos vocês.

— Obrigada.., eu nunca ouvi isso de alguém. — Mordo os lábios.

— Peço perdão se pareci ter más intenções, este realmente não era meu objetivo.

— A-ah! Tudo bem! Tudo bem.. Não foi nada.. — Digo agitada e o homem  solta uma risada nasal.

— Yang Sien.., você deve sempre seguir o que seu coração diz, não ligue para esse papo furado de caminhos predestinados, lembre-se disso.

— Sim senhor.

— Bem, creio que isso não é a única coisa, certo? — O mais velho solta minhas mãos voltando a observar a vista.

— O que?

— Li seus olhos, sei que algo a mais lhe incomoda. — Ele diz e eu arregalo os olhos me surpreendendo por sua sabedoria.

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