CAP.25:: Desculpe - parte quatro

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Yang Sien:: [12:25 PM]

Se passara os exatos 20 minutos e 56 segundos desde que Lee Minho entrou na enfermaria. Sentada sozinha do lado de fora da sala, à espera de alguma notícia, eu passava a tentar me distrair contando cada tic-tac do relógio. Os outros tiveram que retornar aos restantes das aulas pois não poderia ter muita gente fora das salas. E solitária naquele enorme corredor vazio, eu lutava contra minha ansiedade.

A perturbação me possuía por completo e em minhas mãos já não haviam cutículas para que eu cutucasse até sangrar. Naquela altura do campeonato minhas artérias e veias já haviam se tensionado e o sangue não conseguia mais fluir corretamente para a periferia, fazendo meu corpo se auto-congelar. Era uma mistura incompatível de medo, preocupação, raiva e culpa que estava tentando se unir em meu corpo, eu nunca me senti assim por alguém.. nem mesmo por Yang Jeongin.

- Sien... - Ao escutar uma voz ecoar por meus ouvidos, eu ergo a cabeça, levantando em um salto ao ver Han Jisung.

- Então? Como ele está? - Questiono com as mãos inquietas atrás do corpo.

- Ele tá bem, levou um corte na cabeça mas felizmente não foi nada muito grave. A enfermeira vai providenciar uma alta de alguns dias sem aula, ele poderia ir pra casa porém disse que irá ficar por aqui mesmo.. não se preocupe. - Ele diz e finalmente meus lábios voltam a se umedecer após um forte suspiro. - Se quiser, pode entrar para vê-lo. - Jisung abre espaço e eu mordo os lábios assentindo e passando pelo mesmo.

Adentro na enfermaria e Han Jisung fecha a porta me deixando a sós com Lee Minho, que provavelmente estava atrás da cortina a minha frente. Em passos lentos, era como se neste momento meu coração quisesse ir para frente mas minha mente me impulcionasse para trás, me causando desequilíbrio. Prendendo a respiração, me contendo e reunindo coragem, eu ergo a mão puxando a cortina, mas não havia ninguém.

- Me procurando? - Levando um susto ao escutar alguém sussurrar por trás de mim, eu me viro caindo sentada na maca, vendo Minho já de pé.

- Minho! O que pensa que tá fazendo em pé!? - Volto a me por de pé e Minho sorri.

- Você está preocupada. - O garoto parecia vitorioso.

- Idiota. - Seguro o braço do mesmo mudando as posições e o sentando na cama. - Isso por acaso é hora de você fazer brincadeiras idiotas?

- Desculpe. - Seu sorriso sutil permanecia em seu rosto.

Pra alguém que levara uma pancada na cabeça até que ele tá bem sorridente, inacreditável. Mesmo que ele não tenha sentido a dor, seu corpo reagiu a ela, e me deixava intrigada o fato de ele está pouco se fudendo para suas condições agora.

- Vou ser direta. - Cerro os punhos ficando séria. - Não ouse mais se machucar feito um babaca por aí..

- Hm.. - Minho me olhava atentamente.

- Não aja tão imprudentemente e nem pense em se submeter a perigo novamente.. você estar bem agora foi pura sorte. - Direciono o olhar triste para a faixa em sua cabeça. - Eu fui clara?

- Sim senhora. - Ele diz, ainda em um tom brincalhão, e eu cerro os olhos o encarando.

- Irritante. - Resmungo.

- Aigo. - Subitamente, Minho segura minha mão me sentando em suas pernas. - Você se preocupa demais.

- O que tá fazendo!? - Surtando internamente, eu tentava sair dali, porém Minho envolve suas mãos em minha cintura me deixando incapaz de fugir. - Lee Minho!

- Fica tranquila, eu não mordo. - Seu sussurro faz meu corpo arrepiar.

Estava de certa forma irritada por Minho estar agindo de forma intimidadora até mesmo nesses momentos.

CRØSSFIRE:: MINSUNG + SNOnde histórias criam vida. Descubra agora