CAP.04:: Cruzada - parte quatro

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No passado, duas semanas depois da morte de minha mãe no incêndio, meu pai passou a se revelar demonstrando desprezo pelos próprios filhos. Seu amor por nós não se passava de uma farsa diante de nossa mãe.

Ele batia em Yang Jeongin até o ponto em que eu precisassem rastejar com ele nas costas até o hospital. De tanta pancada que ele recebeu na cabeça quando criança Jeongin sequer se lembra do que passava.. Talvez assim seja melhor. Ambos dois ganhávamos mil e um hematomas quando Yang Beomsun voltava bêbado para casa, a única pessoa em que tínhamos a recorrer na época era o senhor Baek que era um grande amigo de nossa mãe.

Duas crianças vivendo no próprio inferno. De que se devia aquele maldito castigo? Tínhamos apenas 4 e 6 anos.

Jurei que se ele tocasse em Yang Jeongin novamente ele poderia ter certeza que eu não ia deixar barato.

- Sien espere! - Prestes a ultrapassar o portão principal do internato senhor Baek segura meu pulso me parando. - O que irá fazer?

- Mostrar a aquele homem que ninguém meche com meu irmão. - Falo me soltando brutalmente de suas mãos.

- Não posso permitir que saia do internato. - Dizia firmemente.

- É uma pena, acho que terá que lutar para me impedir. - Digo virando de costas novamente.

- Yang Sien!! Não pode enfrentar ele! - Seu tom era alto enquanto eu andava adiante.

- Pode ter certeza que eu posso sim. - Murmuro a mim mesma enquanto aproveitava que o segurança do portão dormia na cabine.

Me era uma oportunidade para pular o portão sem esforço algum.

(....)
[08:52 PM]

Colocando a senha na porta eu adentrava no casarão já dando de cara com meu pai sentado na poltrona da sala lendo o jornal.

- Oh, já está aqui? Não deveria estar estudando? - Seu tom essa descarado.

Cerrando os punhos eu me aproximo furiosa do mesmo arrancando aquele papel de sua mão e o jogando em um lugar qualquer me pondo a sua frente.

- Eu lhe avisei, não é? - Começo a falar e o mesmo me olha. - Você tocou em Yang Jeongin novamente.

- Tcs, você sequer se importam um com o outro.. - O homem ri. - Mas por que quando o assunto sou eu vocês se juntam? - Senhor Yang se aconchega na poltrona pondo as mãos para trás da mesma e cruzando as pernas.

- Porque se temos algo em comum é que ambos não gostamos de você. - Respondo diretamente. - Achei que estivesse deixado claro aquele dia. - O homem se levanta passando por mim com as mãos nos bolsos esbarrando propositalmente em meu ombro.

- Era uma criança, achou mesmo que eu acreditaria em uma pirralha como você? - O olho de costas e o mesmo servia um copo de álcool para si. Seu sorriso debochado era exposto em seu rosto.

Sair daquela casa não era uma opção para acabar com tudo aquilo. Aquela casa pertencia a minha mãe, a casa estava no meu nome e no de Jeongin mas como ele era bem mais novo que eu foi mais fácil para que meu pai conseguisse ter posse de sua parte. Não iria sair do lugar que foi deixado a mim, não para deixar tudo para esse homem.

- Arrume suas coisas.

- Acha que pode me expulsar? - O homem ri.

- Não, no entanto posso locomovê-lo para outra parte da casa. - Digo e o homem subitamente paralisa quando estava prestes a dar um gole da bebida.

- O que quer dizer? - Ele questiona enquanto eu me aproximo tirando a bebida suas mãos para mim.

- Boa parte do lugar é meu, e no que se diz ser minha parte, tanto boa parte do andar de baixo quanto o de cima me pertence. - Falo dando um gole da bebida. - Você ficará no quarto de hóspedes.

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