CAP.41:: Misericórdia - parte um

369 45 6
                                    

Um dia depois:: [21:32 PM]

— Nunca mais faça isso. — Com um sofaque frio, sentado em uma poltrona com os braços cruzados sobre as pernas e cabeça baixa, Minho dizia.

— Sim. — Sentada na maca, eu prosseguia a respondê-lo pacientemente.

Minho e Jisung passaram uma hora me repreendendo, Jisung se acalmou após me dar algumas lições morais, mas Minho ainda estava um pouco agitado. Durante o decorrer do dia, o que mais tive que aturar foi a repreensão de todo mundo.

Depois que eu acordei, os primeiros a virem me ver foram minha vó, Jeongin e senhor Baek, logo após eles os outros vinheram aos poucos, e por fim Minho e Jisung. No geral, todos me abraçaram aliviados por eu estar bem, em seguida, me repreenderam até suas gargantas ficarem secas.

"Como assim senhor Baek é seu pai?"; "Como descobriu?"; "Por que você é tão imprudente!?"; "Por que fez aquilo?"

Tive que saciar todas as suas curiosidades calmamente, mesmo que eu ainda estivesse atordoada com o que fiz.

— Realmente não tem mais nada a dizer além de "sim"? — Minho me olha frustado e eu suspiro.

— Não irei mais agir antes de pensar. — Digo e ambos garotos inspiram aliviados. — Vou pensar antes de agir. — Completo.

— Sien! — Os dois indagam me dando um leve susto.

— Estou falando sério! — O mais velho levanta.

— Não nos dê mais um susto desses, por favor. — Jisung me olha tristonho.

— Não é culpa minha... — Tento me explicar. — Foi reflexo.

— Seus reflexos podem acabar te matan-! — Minho faz uma pausa brusca ao perceber o que ia falar. — Aish! — O garoto põe a mão na cintura e puxa os cabelos para trás.

— Sien, sei que sempre deseja proteger os outros.., até mais do que a si mesma.— Jisung tentava ser o mais compreensível possível, mesmo que estivesse intrigado também. — Mas não pode fazer isso dessa forma!

— Era ele ou eu... — Abaixo a cabeça.

— Ok.. — O mais novo suspira abaixando a cabeça pensativo. — Vamos apenas deixar essa passar. — Ele me olha. — No entanto não arrisque sua vida como se ela não fosse nada.. — Jisung se aproxima e segura minha mão livre. — Pois mesmo que não se importe com ela, eu me importo.. — O garoto olha para o amigo que também nos olhava. — Nós nos importamos. — O mesmo acaricia minha bochecha, me fazendo fechar os olhos e relaxar ao sentir seu toque frio. — Prometa que não fará mais nada antes de pensar duas vezes...

Eu não poderia os assegurar de que cumpriria essa promessa, afinal nós nunca sabemos o que virá pela frente, mesmo assim...

— Eu prometo.

Eu quero que eles acreditem nessa mentira, mesmo que ela venha a os machucar mais tarde.

— Verdade? — Minho questiona e eu o olho.

— Sim. — Forço um sorriso o chamando para perto, em seguida, o abraçando junto a Jisung.

— Cuidado com o braço dela. — Ainda no abraço, de olhos fechados e com um tom inexpressivo, Jisung avisava a Minho que estava no lado de meu braço enfaixado.

— Tô tendo cuidado porra. — Em um mesmo tom baixo, Minho diz.

Finalmente as repreensões acabaram...

— Ah, tem mais uma coisa.. — Minho se separa do abraço, agora mais calmo. — Hoje vamos ficar com você! — Ele diz sorridente.

— Sério?

CRØSSFIRE:: MINSUNG + SNOnde histórias criam vida. Descubra agora