CAP.22:: Desculpe - parte um

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[23:50 PM]

Senti um mal estar desde a ligação que recebi no bar onde há minutos atrás eu estava, e esse mal estar só piorou a cada metro mais perto do ambiente em que Minho e Jisung estavam. Poderia ser enjoo, ansiedade, nervosismo, mas não! Todo aquele frio na barriga era sintoma de amor.. só não tenho certeza por quem esse sentimento confuso era direcionado exatamente.

Eu sei que errei, errei em deixar minha curiosidade e minha sede por aventura falar mais alto e acabar mergulhando demais em um mar que eu sequer tinha ciência do quão profundo poderia ser, e como punição disso serei amaldiçoada por querer me envolver com um alguém cujo todos estão dizendo ser uma péssima escolha.

Depois de uma trágica experiência, o amor já não me era algo agradável.

— Com licença. — Chegando na delegacia eu me aproximo do balcão. — Por acaso você viu dois homens bêbados?

— Os que estavam gritando feito loucos? Estão ali. — O policial aponta para um local atrás de mim.

Isolava todo o tremor do corpo em suspiros, cujo eram os únicos sons que eu poderia escutar agora, e me viro ficando com o olhar perdido por alguns segundos antes de finalmente pousar no alvo desejado.

Dentro de uma pequena cela eu os via cochilar um apoiado no outro, ambos sentados ao chão. Aquela cena era bela, porém lamentável pela zona claramente desconfortável onde estavam.

— A senhorita os conhece? — O policial pergunta enquanto eu ainda fitava os dois sujeitos atrás das grades.

Meu coração dói. Eu sei que não posso sentir dor! Mas aquela eu poderia sentir..

— Sim. — Respondo firme.

— Irá se responsabilizar por eles?

— Sim. — Suspiro enchendo os pulmões de ar e me viro de volta ao homem. — Desculpe pelo incômodo que eles causaram.

— Tudo bem, apenas os diga para não virem fazer escândalo aqui novamente. — O policial pega algumas chaves e se levanta.

— Sim senhor. — Respondo respeitosamente e caminhamos até a cela dos dois onde o policial abre o local e eu me aproximo dos sujeitos preocupada. — Minho... Jisung... — Minha voz era serena.

Ambos estavam bem, creio que só tenham os colocado ali para que se controlassem.

— Não sei o que acontece entre vocês.. — O policial cruza os braços se escorando nas grades. — Mas peguem leve.. Digo com seus corações. — Ele diz e eu fico em silêncio, refletindo sobre seu conselho. — Trouxe algum automóvel? Quer que eu a ajude a levá-los?

— Sim, obrigada.

Com o grande favor do gentil policial, eu consigo pôr Jisung e Minho dentro do carro que havia pegado de Bangchan, estava guardando suas chaves então aproveitei para vir com o carro dele.

— Sien... — Jisung chama por mim com uma voz molenga enquanto arranhava meu banco com o dedo.

— Fique quieto, pode cair. — De uma vez por todas eu entendia o porquê de minha avó todas as vezes falar sério quando eu e Jeongin saíamos pra beber em finais de semana com os meninos e precisávamos de sua carona depois, ela não estava brava, mas sim preocupada.

— Sien, desculpe... — Han Jisung parecia sonolento.

— Sieeen... — De forma mais exagerada, Minho despertava.

Por mais que o carro fosse grande, um banco só não era o suficiente para caber dois corpos adultos deitados nele, minha preocupação era que rolassem e caíssem.

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