O começo

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MÚSICAS: LITTLE MIX- POWER

AVA MAX- MY WAY

~Anny

O despertador toca e eu resmungo, não querendo acordar, mas preciso trabalhar e afinal, hoje é sexta. Sento-me à cama e me espreguiço, respiro por uns minutos calmamente, deixando que eu acorde por completo, me levanto vestindo minha pantufa e vou em direção ao banheiro, faço minha higiene Matinal, entro no chuveiro deixando a água quente cair em meu corpo me aquecendo e me relaxando.
Termino o banho me enrolo na toalha e pego o secador para poder secar o cabelo, faço skin Care e vou até meu guarda-roupa vestir minha roupa que não combina comigo, mas faz parte do trabalho, sempre gostei de ousar nos looks, mas sendo secretária, não posso. Após pegar todas minhas coisas e entrar no meu carro, cujo é da empresa, na verdade, passo por um café e compro um café gelado, depois seguindo ao meu destino. Fico frustrada só de imaginar ter que ver aquele ser hoje de novo assim como todos os dias, sinceramente não sei como ainda não surtei ou pedi demissão. Estaciono o carro na vaga dos funcionários e saio com minha bolsa em meu ombro e subo o elevador indo até o andar de onde fica meu escritório. Eu trabalho na área de designer para empresa, faço as planilhas do ceo e mais outras coisas, quase que sendo a secretária pessoal dele, sendo que ele já tem uma, mas me faz trabalhar como se eu fosse. Caminho até minha sala e me sento à cadeira ligando meu computador e começando a trabalhar, a empresa é grande então não tem trabalho a menos um dia sequer, sempre tendo que fazer os designers de campanhas e montando planilhas que ele pede.

                                   ***

Horas mais tarde.

Hoje não é meu dia de sorte. Não sei se consigo aguentar mais um minuto no mesmo lugar que jaehyun, ele me tira do sério de todas as maneiras possíveis, de todos os lugares para trabalhar, tive a sorte de justamente trabalhar com esse babaca.

Eu deveria ter ficado nos Estados unidos.

— Jaehyun te atormentou de novo Anny ? — Na bi aparece do meu lado enquanto eu tentava colocar uma cápsula na máquina de café e esperava que ficasse pronto a fim de me acalmar um pouco.

— Todo dia, ele não sai do meu pé e eu não posso fazer nada porque infelizmente ele é o presidente dessa empresa. — reviro os olhos, soltando um suspiro.

Na bi se aproxima de mim e da dois tapinhas no meu ombro.

— Força amiga, força — diz antes de sair da sala.

Força é o que eu queria ter para dar um soco na cara daque...

Falando no diabo.

— Espero que os papéis e as planilhas fiquem prontas antes de você ir embora. — Jaehyun está atrás de mim, posso sentir sua presença e os calafrios subirem em meu corpo. Aqueles malditos papéis que precisam no mínimo três dias para ficarem prontos e esse babaca me exige que eu faça tudo hoje.

— Claro, senhor. — Forço um sorriso.

Coloco a mão na xícara e sem perceber, o café quente é derramado na minha mão e solto um grito de dor.

— Mas que porra... que merda, hoje não é meu dia de sorte.

Jaehyun me olha com o olhar incrédulo como se eu nunca tivesse falado palavrão antes.

— Com licença — diz ele, tirando minha xícara dali e pegando a sua mais uma cápsula e colocando na máquina. Otário.

Sai dali e fui em direção ao banheiro, ligando a torneira e mergulhando minha mão na água corrente, aproveitei e molhei meu rosto tentando me acalmar de todo o estresse.

Volto para meu escritório mais relaxada e me sento, tentando fazer o trabalho que ele me pediu com a maior pressa do mundo e então ouço alguém bater na porta.

 — Oi. — O homem de cabelos pretos, sorri ao se aproximar, e que sorriso lindo. Doyoung é o ser mais doce que existe.

— Oi. — Sorrio de volta.

Seus olhos fitam minha mão inchada da fervura do café e seus olhos se arregalam.

— Você está bem? O que houve com sua mão? — Ele se aproxima e toca minha mão. — Está doendo?

— Não, já passou, está tudo bem — afirmo.

— Se quiser posso passar uma pomada ou algo assim.

Meu olhar desvia do dele quando vejo o diabo na janela passar e dar uma leve olhada para mim, Jaehyun, você vai acabar começando uma guerra comigo.

— Não tem problema, logo mais voltará ao normal. — Sorrio me remoendo de raiva por dentro.

                                 ***
Vinte e três da noite em plena sexta-feira e eu ainda estou aqui, faltando poucas coisas para finalizar, estou me sentindo exausta e logo hoje que eu queria sair para beber com minha melhor amiga Kate que veio junto comigo dos EUA para busan ( Coreia do Sul), fui contratada há um ano aqui nessa empresa e Kate trabalha em outra, nós não fizemos faculdade, mas fizemos cursos e tivemos uma mãozinha para poder conseguir trabalhar nessas empresas.

— Finalmente terminei essa droga. — Respiro fundo esticando meus braços e bocejando. Levanto-me calçando as sapatilhas que já estavam jogadas há umas horas, imprimo o que precisava e vou em direção à sala de jaehyun, bato na porta duas vezes e ele diz que posso entrar.

Entro e ele está sem sua gravata com apenas a camisa social e alguns botões abertos, parece cansado.

— Aqui está. — Coloco os papéis em sua mesa, e me viro indo em direção a porta.

Porém, segundos depois...

— O que é isso? — ouço sua voz mais exaltada e eu me assusto de imediato, me virando em sua direção e caminhando até sua mesa. 

— Qual é o problema?

Ele me mostra um papel em branco solto entre os relatórios que me pediu e o que estava escrito era; "Jaehyun é um babaca e eu não o suporto" e um emoji com língua para fora" .

Engulo em seco.

— Isso é... isso é... — gaguejo e não consigo encontrar palavras. Eu devo ter me perdido nos pensamentos para escrever isso, tanto que nem lembrava. Eu sei que foi um tanto infantil, mas, eu mereço um desconto. Estava com os nervos a flor da pele por conta da montanha de trabalhos.

— É isso que você pensa de mim? — Ele me olha com as sobrancelhas franzidas. — Que eu sou um babaca?

— Não, eu não... acho. — Mentira, eu acho sim.

— Prefiro que você seja sincera e pela sua cara está bem nítido que você realmente me acha, está tão ruim seu trabalho assim? Quer procurar em outro lugar?

Uma raiva começa a subir por minhas veias e minha língua arde pedindo para soltar todo o veneno que quero em cima dele.

— Quer saber a verdade?

Ele me olha nos olhos com a expressão de quem está irritado.

 — Eu acho você um babaca, um egoísta, um ignorante, você faz apenas eu trabalhar até tarde enquanto os outros vão embora relaxar em casa, você me faz refazer tudo, entregar coisas que levariam dias em um dia, reclama de tudo que faço, faz comentários desnecessários, desvaloriza a porra do meu trabalho e o quanto eu me esforço e é totalmente mesquinho.

Ele me olha incrédulo sem saber o que falar em choque e depois solta uma risada.

— Mesquinho? — Jaehyun começa a amassar a folha cujo acidentalmente coloquei ali onde o insultava.

— Então se você quiser me demitir vai em frente e faça, volto para os Estados Unidos e nunca mais precisarei olhar na sua cara.

Em meio ao silêncio apenas saio de sua sala pegando todas minhas coisas e indo embora, eu não tinha mais condições para continuar naquele lugar e logo mais eu entregaria minha demissão eu mesma, não fico nenhum minuto a mais nessa empresa, não com ele.

Quem diria que um mero insulto faria ele borbulhar de raiva?

O CEO- Jung JaehyunOnde histórias criam vida. Descubra agora