O CEO- Jung Jaehyun

Crazy in love

Crazy in love (Sofia Kalberg)

Eu olho e olho profundamente em seus olhos
Eu toco em você cada vez mais
Quando você vai sair eu te imploro para não ir
Chamo seu nome duas ou três vezes seguidas

Anny

A noite estava chuvosa, trovões ecoando no céu, parecia meu interior — regada a sons se estalando no meu peito.

Era um domingo. Ia fazer um mês exato longe dele.

De dentro da loja de conveniência, enquanto comia um lanche rápido, depois de chegar em casa, observava a vista de fora. Tinha saído no cinema com Kate, numa tentativa frustrada de me animar. Usava um vestidinho básico e soltinho preto, combinando com as sandálias de mesma cor. Meu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo, já que o dia havia sido quente. O segurança que Jaehyun havia contratado para mim, ainda estava com o carro do lado de fora. Ele sempre esperava eu entrar em casa, e mesmo saindo com Kate hoje, ele também esteve lá pelos arredores.

A chuva tinha parado há poucos minutos, torcia para que não piorasse quando eu saísse, ainda que fosse perto de casa. E quando finalmente terminei, abri a porta, mas, assim que pousei os pés na rua, a chuva veio com tudo. Não adiantaria voltar para dentro estando molhada, só me restou correr para casa. Meu celular vibrou, ignorei-o, correndo.

Mas assim que olhei para a entrada, meu coração disparou. Foi inevitável segurar as lágrimas que molharam meu rosto, se misturando as gotas de chuva. Meu rosto devia estar revelando o meu choque.

Jaehyun estava há poucos metros de distância.

Seus cabelos estavam molhados, deixando alguns fios deslizarem pelo seu rosto. Sua roupa estava da mesma forma. Andei devagar, acreditando que era uma miragem.

Dei passos até estar na frente dele que parecia me encarar da mesma forma. Ele estava sério, seus olhos nem por um momento desviando dos meus.

— Jaehyun... — as palavras sairam sussurrada da minha boca.

Não parecia real. Mas eu tive a certeza quando ele se aproximou de mim.

Jaehyun não disse nada, segurou meu rosto com as duas mãos e avançou em minha boca, me devorando.

A chuva nos abraçou, sendo a testemunha dos nossos sentimentos.

Meus braços rodearam a cintura dele, puxando-o para mim, agarrando-o. Eu gemi contra os lábios dele, todo meu corpo reagiu. Nossas línguas matando a saudade uma da outra, o calor dos nossos corpos finalmente se encontrando, depois de tanto tempo longes.

Eu era dele.

Foi um beijo sedento, um beijo que dizia mais do que palavras. Era forte, intenso, deixando-me sem fôlego, fazendo meu coração pulsar e se aquecer.

— Eu senti sua falta — sussurrou, colando nossas testas e eu sorri.

— Eu também... — Jaehyun beijou minha testa, minhas bochechas, a ponta do meu nariz e, por fim, selou nossos lábios em um toque demorado. —  Dei uma risada baixa, começando a tremer com as gotas ainda caindo sobre nós. — Vamos subir? — Ele assentiu, sorrindo.

Eu queria perguntar porque ele não me mandou uma mensagem, tinha tantas perguntas. Só que naquele momento, nada disso importou, o que eu senti sobrepôs tudo.

Porque aquele beijo significava que ainda me queria.

Eu teria minha resposta.

Subimos e assim que a porta se fechou, Jaehyun empurrou-me contra ela, seus dedos deslizando sobre a lateral do meu rosto. Os olhos dele pareciam tão escuros, tão famintos.