— Olá noiva.
O capuz saiu de sua cabeça me dando vislumbre aos fios loiros que eu desejava nunca mais ver na minha frente e um sorriso sombrio. Instintivamente dei passos para trás, e como um lobo caçando, ele espelhou os meus movimentos.
— Nem tente — ordenou.
— O que está fazendo aqui? — questionei, apertando os punhos para não ceder a fraqueza que me faria quebrar agora e na sua frente.
— Você não é inocente. Sabe muito bem o que vim fazer aqui.
Eu não percebi até enxergá-lo bem a minha frente, o quão perto estávamos.
— Acabou Colin, não tem motivos pra você estar aqui. Aceite.
— Se lembra do que disse uma vez a você? só acaba quando eu disser.
— E então? Veio me levar a força?
Comecei a pensar no que poderia fazer, pra onde correr e pra isso, precisava de tempo. Manter a conversa com ele me daria repostas e tempo.
— Não é a força, eu sei que você quer. Quem diria... — Ele se aproximou mais ainda, tocando uma mecha do meu cabelo. Minha cabeça girou e eu quis gritar, e parei ao ver um tecido a mostra no bolso do casaco. Estava frio essa hora, só não tanto quanto o olhar dele. Eu senti um cheiro forte como uma espécie de produto...químico? Pensamentos se passaram na minha cabeça. Não... Ele queria? Ele iria me fazer desmaiar — que estaríamos juntos de novo. E que minha doce futura esposinha se daria ao trabalho de viajar para o outro lado do mundo.
— Não me toque. — Avancei para trás e Colin gargalhou.
— Oh querida, eu já estive dentro de você, e agora não quer me deixar tocar uns fios de cabelo? — Com uma fúria assustadora, ele agarrou meu cabelo em um punhado e tentei me debater, sem sucesso. Grunhi pela dor que senti no couro cabeludo. — Cale sua boca e não ouse me negar algo novamente. Entendeu?
Calei-me. Choque se arrastou por mim, medo, tremores. Me senti fraca, vulnerável e imponente. Por tanto tempo pratiquei autodefesa e agora aqui, eu simplesmente congelei.
— Está relutante por causa dele? — O aperto se intensificou e eu resmunguei de dor. — Você é uma vadia burra. Ele vai te deixar e comer muitas mulheres. Homens não prestam, querida.
— Assim como você? — cuspi, com raiva.
— Eu me arrependi, ok?! — Agora foi a minha vez de rir.
— Sério? Não pareceu.
— Nunca mais fiquei com ela depois que você nos pegou e uma semana depois me abandonou. Te esperei por muito tempo, foi só uma merda sempre ter alguém no caminho. Eu queria te dar espaço e levar você embora depois de um tempo, enquanto te atormentaria como um castigo.
— Você é doente.
— Doente por você. Fiquei maluco quando me deixou. Isso é injusto.
— Injusto? Injusto?! Você me trai, NA NOSSA CASA, NA NOSSA CAMA — Meu lábio inferior tremeu e senti sangue nos olhos — e ousa falar sobre injustiça? Você é ridículo — ri alto — completamente ridículo. Ah, e tem mais. — Ele arqueou uma sobrancelha esperando. — Deixou seu amigo babaca me tocar, e não fez nada.
Suas narinas se dilataram, ele estava louco, fora de controle.
— Eu bati nele depois. Nunca se perguntou porque não voltou a vê-lo?
— Claro. Mas na hora você achou tudo bem ele me tocar e sair impune, podia ter mandado ele embora, e você fez isso?
— Eu estava bêbado porra! — Minha costas colidiram contra a parede e por estar usando uma regata senti alguns cascos arranharem minha nuca e parte cujo era aberta atrás. O incômodo, no entanto, me manteve acordada.
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O CEO- Jung Jaehyun
FanfictionJaehyun e Anny, não se suportam desde o primeiro contato, mas não demonstravam isso explicitamente. Até que por um erro bobo ela acaba colocando pra fora tudo o que acha sobre ele. Mesmo tentando se demitir, Anny é impedida pelo CEO que não aceita e...