Este capítulo pode conter cenas e palavras proibidas para menores de 18 anos, por favor, leia com sabedoria e consciência.
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ALLAN
No dia em que deixei Rebecca em casa, a mãe dela já não estava mais lá, fiquei esperando do lado de fora para ela conferir. Eu não me importaria se estivesse, já pediria permissão de uma vez para namorar com a filha dela. Rebecca tinha dito que a mãe era uma pessoa difícil, eu não a conhecia, então não sei o que faríamos se a mãe não quisesse que ela namorasse comigo. Rebecca já era maior de idade, mas também era sustentada pela mãe, pelo pouco que me contou, morava com a avó, mas a mãe as ajudavam financeiramente.
Foi assim que me empenhei ainda mais nos dias seguintes para arrumar um emprego, tinha que ter dinheiro para mim e para Rebecca se fosse preciso, eu tinha que provar que era digno de sustentá-la quando fôssemos casar um dia. Eu queria casar e imaginava que Rebecca não, teríamos que conversar sobre isso, para ver se pensávamos da mesma forma. Nos encontrávamos na faculdade, andávamos de mãos dadas, as mãos das alianças, mas depois eu tinha que me despedir para sair pela cidade deixando currículos em empresas. Pedi um tempo do grupo de estudos por pelo menos duas semanas, estava confiante de que se me empenhasse iria conseguir o emprego.
E no último dia da segunda semana, Dylan veio falar comigo que o pai tinha aceitado me entrevistar, depois que deixei vários currículos na empresa dele. Ele gostou da minha persistência e decidiu que iria aceitar o meu currículo, então uma secretária me ligou como Dylan avisou que aconteceria e marcou a minha avaliação. Eu não queria comemorar antes de ser empregado de verdade, mas queria um tempo sozinho com Rebecca, não tínhamos ficado só nós dois em um ambiente fechado desde que a pedi em namoro. Então, em um certo momento que ficamos afastados das pessoas no corredor da faculdade, puxei ela para um canto.
— Vamos para a minha casa amanhã, vai poder? — eu disse em seu ouvido.
— Sozinhos? — ela sorriu, mostrando que também queria esse momento comigo.
— Sim, vê se alguém pode ficar com a sua avó para você dormir lá em casa.
— O que tem em mente? — ela mordeu o lábio inferior e acariciou meus cabelos.
— Sabe aquelas suas roupas sexy de rockeira safada? Leve alguma.
— Rockeira safada? Não sei o que quer dizer — ela jogou a cabeça pra trás e riu.
— Sei que sabe — beijei sua boca e a soltei, pegando sua mão pra gente voltar pra sala.
Minha intenção era que nos divertíssemos, assistíssemos dorama juntos e conversássemos sobre a gente, nossos sonhos e nossos gostos. Queria saber tudo sobre ela, desde o seu nascimento se possível, queria que ela me contasse sobre sua família e marcar um dia para conhecê-los. Então, para que tudo isso fosse possível, cheguei em casa já preparando tudo, troquei a roupa de cama, escolhi os doramas que eu mais gostava da Netflix e já deixei lá salvo e fui ao mercado comprar pipocas de micro-ondas, comprei a outra também, caso não fosse a preferência dela. Queria que tudo fosse perfeito, nós merecíamos esse momento juntos, depois de tanto tempo.
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No dia seguinte, ela não parava de sorrir pra mim na faculdade, ela era tão doce que queria guardá-la em um potinho. Quando souberem que Rebecca ia pra minha casa ao fim das aulas, nosso amigos fizeram algazarra na frente da faculdade e começaram a jogar camisinha em cima da gente, foi vergonhoso para nós dois. Puxei Rebecca para os meus braços para esconder seu rosto e saí arrastando ela para longe, fazendo sinal feio com o dedo para os nossos amigos. Começamos a rir enquanto nos afastávamos, mas fomos o caminho todo em silêncio para casa, só abraçados e curtindo o aconchego um do outro.
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Amor em Cores Pretas | CONCLUÍDO
RomansaRebecca não estava entre pessoas mais populares da escola e nem entre as mais esquisitas, era como um meio termo. Mas para ela, pouco importava ser alguém conhecida no ensino médio, era melhor que não fosse mesmo. Bastava a amizade com seus melhores...