Capítulo 12

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ALLAN

— Quantas vezes já falei para você não aparecer no meu quarto assim? — gritei com meu irmão, que estava parado na porta do quarto. Minha vontade era de ter ido até ele e puxar sua orelha, mas decidi ajudar Rebecca a se levantar primeiro.

— A porta estava aberta e estamos jogando, se você não se lembra! — ele me olhou de cara feia também e depois olhou pra menina no meu quarto. — O que vocês estavam fazendo?

— Não é da sua conta!

— Não conta pra ninguém, por favor — implorou Rebecca, ela estava mesmo implorando com as mãos juntas e tudo, como se a vida dela dependesse disso.

Aquilo me deixou sem reação enquanto eu olhava pra ela, eu sempre sentia um algo bom quando ela estava perto de mim. Quando seus cabelos roçavam meu braço ou meu rosto, eu sentia um arrepio bom. Quando ela me olhava, eu só queria fazer de tudo para que ela não desviasse para nenhum outro lugar e se concentrasse só em mim. E quando sorria, com os dois dentes da frente um pouco maiores que o restante, eu sentia vontade de rir também, como se fosse automático.

Mas o beijo dela, nada se comprava ao beijo dela, era doce e acompanhava os meus lábios como se estivem conectatos um no outro, como se estivessem esperado esse momento o tempo todo. Pelo menos os meus eu sabia que estavam esperando encontrar os delas a algum tempo, mas pelo visto ela ainda estava relutante em aceitar que também sentia atração por mim. Ao menos eu esperava que sim, já que ela não tinha me empurrado das duas vezes que aconteceu, como era de se esperar de uma pessoa que não quer nada com você.

— Eu não conto se Jorel fizer algo por mim. O que me diz, irmão? — o pirralho me voltou pra vida real, pro momento que estava se desenrolando no meu quarto, mas minha mente não processou bem por tudo que estava passando pela minha cabeça. Então eu respondi:

— Sim, claro — e meu irmão começou a pular e gritar.

— Ei, e para de me chamar assism — eu falei pra ele.

— E qual é o seu nome? — Rebecca perguntou ao meu irmão.

— As pessoas me chamam de irmão do Jorel, os amigos dele, pelo menos. E as meninas que vem aqui. Algumas amigas minha também, ele rouba toda atenção delas — o pirralho revirou os olhos.

— As meninas que vem aqui, hein — ela resmungou e começou a se afastar em direção a porta.

— Vinham! As que vinham. Rebecca, espera! — mas ela já estava correndo escada a baixo e chamando sua amiga.

Apenas tive que observar enquanto elas jogavam as armas em cima do sofá da sala e iam embora, a amiga rindo de mais para o meu gosto. Assim que elas se foram, me virei para os meninos que estavam molhados, ainda segurando suas armas.

— Tá legal, o que houve aqui? — perguntei.

— A gente caiu na piscina. E o que aconteceu lá em cima? Acha que não percebemos que você sumiu? — quem respondeu foi Dylan, ele estava com as sobrancelhas erguidas.

— Vocês repararam que meu irmãozinho sumiu também? Então! — dei de ombros.

— Tempos depois que ele subiu. Enquanto isso a estranha estava lá em cima com você.

Amor em Cores Pretas | CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora