ALLAN
Na Coreia as coisas eram totalmente diferentes do Brasil, se lá eu achava que a galera bebia de mais, aqui era muito pior. Eles caíam dentro de seus ¹Soju sem pensar no amanhã, acabei adotando a prática, mas eu não era tão inabalável quantos eles, ficava bêbado rápido.
Certo dia, bebi com uns amigos após as aulas e cheguei em casa praticamente sendo carregado, por sorte não tinha ninguém em casa, os caras me deixaram lá e foram embora rindo e dizendo para eu me cuidar. Quando a campainha tocou após eu deitar no sofá, me lembrei que tinha aula com minha professorinha, fui abrir a porta todo sorridente. Nabi estava lá parada com sua bolsa e as bochechas coradas, parecia uma atriz porn* dos filmes que eu via, puxei ela pra dentro e a deixei surpresa.
— Está bêbado? — ela quis saber, em coreano. A essa altura eu estava muito familiarizado com o idioma, as vezes me fazia de bobo para ela não achar que já tinha que finalizar nossas aulas, apesar dela ter um cronograma.
— Não estou, Nabi — seu nome escorregou sedutoramente pelos meus lábios e me aproximei dela, ao passo que ela se afastou até estar encostado no sofá.
— Já sei o que pensa, mas temos que ter a aula do dia, sou uma profissional — ela falava séria, mas eu a conhecia agora e sabia que era fácil a persuadir.
— Vamos ter a aula, não essa — a empurrei gentilmente pro sofá, fazendo seus cabelos se espalharem pelas almofadas e sua bolsa cair no chão.
— Allan... — ela tentou me parar com as mãos, mas meu peito as empurrou pra baixo e minha boca tomou a sua em um beijo desajeitado e possessivo, eu estava muito bêbado mesmo.
Ela não me impediu, me deixou beijá-la e me enlouqueceu quando ficou ainda mais vermelha, suas mãos eram como seda no meu peito. As minhas passaram para a saia dela e sem serimonia alguma eu a levantei, me erguendo um pouco para ver sua calcinha branca, nada sexy, mas eu não ligava para isso. Sua pele era muito branca, então quando apertei sua coxa, meus dedos fizeram uma marca rosa permanecer lá por alguns segundos, apertei mais vezes.
— Alguém pode chegar e também não acho que você esteja bem para isso — ela disse, eu não entendi quase nada, meu cérebro não estava funcionando muito bem, mas o que ela dizia não contratava com suas mãos segurando o colarinho da minha blusa.
— Você vai ser minha — eu disse em coreano, a fazendo abrir a boca. Fui impiedoso ao subir a blusa dela e maltratar seus melãozinhos os deixando marcado, ela tentou me empurrar, mas só parei quando terminei o serviço.
Eu senti que estava fazendo algo de errado, mas minha cabeça não tenho certeza de qual, só queria finalizar o que tinha começado com ela a meses atrás. Eu era mais forte, então quando ela tentou me empurrar pelo peito de novo, foi em vão, não saí do lugar. Suas mãozinha eram finas e frágeis, apenas ri e levei a mão até sua calçola, comecei a puxar pra baixo quando ela começou a espernear e chutar e vi seus olhos se encheram de lágrimas.
Ela não queria isso.
Atordoado, sai de cima dela e me sentei ao lado, vendo-a se ajeitar de cabeça baixa e rapidamente, tentei ajudá-la, mas ganhei um tapa na mão.
— Não toque em mim, por favor — ela pediu e eu me assustei, o que eu estava prestes a fazer com ela? Nunca a vi irritada comigo, nem com ninguém, na verdade, ela era um doce.
— Nabi, me desculpe — eu disse em português e ela me olhou estranho enquanto pegava suas coisas no chão. Voltei a me desculpar em Coreano e ela simplesmente disse que não voltaria mais e virou as costas, indo embora.
Me senti péssimo, doente, corri para o banheiro e botei tudo pra fora. O rosto de Nabi com lágrimas não queria abandonar meus pensamentos mesmo que eu tentasse muito, eu quase fiz uma merda grande e nunca me perdoaria se acontecesse, e nem ela. Por alguma razão, pensei em Rebecca e franzi as sobrancelhas, a muito tempo que a menina de cabelos coloridos não passava pelos meus pensamentos. Ela achava que eu era uma pessoa ruim e eu quase acabei de me tornar isso, provavelmente algo muito pior do que ela já pensava de mim.
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Amor em Cores Pretas | CONCLUÍDO
RomantizmRebecca não estava entre pessoas mais populares da escola e nem entre as mais esquisitas, era como um meio termo. Mas para ela, pouco importava ser alguém conhecida no ensino médio, era melhor que não fosse mesmo. Bastava a amizade com seus melhores...