A própria destruição, que parece aos homens o termo das coisas, não é senão um meio de atingir, pela transformação, um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer, e coisa alguma se torna em nada.
- Allan KardecTristeza e pânico é tudo que eu consigo sentir desde aquele dia infame, os dias passaram e em nenhum momento senti minha dor e minha saudade aplacar no meu peito.
Minha mãe mesmo com seu jeito distante, tinham deixado o vazio dentro de mim, ela ocupava um espaço que nem eu mesmo sabia que tinha e seguir os conselhos de Enn me ajudavam a seguir em frente e encontrar formas de me manter conectado com ela, dei o melhor que nunca tinha dado na vida na escola, subi minhas notas ainda mais a fim de conseguir a bendita carta e realizar o maior desejo de dona Jocelyn, me ver formado e na faculdade com um diploma, um rumo na vida, não sei se foi a tempo mais estou fazendo tudo que posso para conseguir esse feito.
Para meu velho pai as coisas pareciam ter parado no exato momento da confirmação da morte dela, o vi ficar recluso no quarto por vários dias, ele estava em um estado deplorável, já tinha vencido o choque inicial, mas com o passar dos dias e semanas a notícia deixou nítido em sua postura que ele tinha se tornado um homem quebrado e um homem incompleto e sem seu par. Mas mesmo com a saudade a tristeza e a dor, assim como eu ele foi se refazendo aos pouquinhos, mesmo estando muxinho; eles estavam juntos a uma vida inteira era quase como uma pessoa só, eu não sei se sobreviveria se passa-se pelo que ele está passando, perder de forma tão prematura o amor da sua vida; dar "adeus" sem se despedir da guardiã do seu coração e deixar que essa pessoa o leve embora consigo, e era por esse motivo que eu o achava um homem forte pra caralho. Porque mesmo com tudo isso ele conseguir se segurar sem entregar as pontas e isso é muito foda no meu pai.
Com o tempo o buraco que latejava no peito parou de doer e foi como minha garota tinha dito, depois da dor viria a saudade e o pior é que ela não vai embora nunca, sempre encontra meios de se fazer lembrar de estar presente, de cutucar a sua ferida ainda não cicatrizada e para ser honesto comigo mesmo essa ferida sempre estaria aberta na minha alma.
Hoje depois de um mês todo de muita dor eu prefiro me apegar as poucas e boas memorias que tinha dela, do sorriso largo e doce, o cheiro suave de perfume floral, das palavras de carinho, o jeito exibido de mostrar para todos que ela se orgulhava de mim de alguma forma mesmo quando eu não merecia, do amor que ela sempre tentou me dar e eu fui burro o suficiente para não aceitar, o cuidado que ela tinha, os movimentos suaves e delicados, a sua elegância inquestionável, o fato de ela sempre perdoar minha cagadas até quando eu não merecia ou até mesmo o toque requintado que ela tinha de dar as coisas da casa, o gosto para decoração e a cima de tudo como tudo que ela se dedicava a fazer era sempre feito com amor, carinho e cuidado.
eu aprendi a seguir, aprendi a caminhar outra vez, a juntar os caquinhos hoje consigo sorrir sem ser forçado ou ficar alegre por momentos simples e bobos, e eu agradeço tudo a Jhoenna Carter, essa menina com aspirações angelicais segurou minha mão e não me deixou cair em nenhum momento, foi meu refúgio e meu porto seguro, ela me deu colo, amor, carinho ela me deu tudo aquilo que ela tinha de melhor dentro si; ela foi meu alicerce, e mesmo com todo o turbilhão que está em volta do nosso amor, afirmo com todas as letras que feliz foi o dia que o destino nos colocou juntos, que ele escolheu colocar nossas vidas uma ao alcance da outra, que ele fez eu me apaixonar por aqueles olhos verdes chorosos no Central Park.
Hoje eu tenho certeza que foi naquele dia que meu coração foi apreendido e tomado por ela e assim como meu pai eu tinha encontrado o amor pra minha e da minha vida...
Não para ser mais honesto nessa história foi o amor que me achou, eu nunca movimentei nenhum musculo para procurar por ele, nunca estive disposto a encontra-lo ou a aceita-lo, sempre me vi satisfeitos com "amores" de uma noite só, aleatórios, passageiros sem importância significado e sem nenhum compromisso fosse esse sentimental ou só carnal, mas foi só me deparar com aquele par de olhos que diziam tudo e nada sobre si que eu me vi refém.
Refém das vontades, dos desejos dos instintos do nosso magnetismo, ela me cativou, me encantou e me enfeitiçou, ela me envolveu de uma forma tão pura, tão singela que era tudo que meu coração precisava, era o que a minha vida ansiava.
Eu nunca consegui entender muito bem o significado dos sonhos que tinham com ela, até hoje... Hoje eu percebo que o tal abismo que eu caminhava nos meus sonhos era o mais profundo de mim, o pior de mim mesmo, o drogado inconsequente, o que tinha todas mas não era de ninguém, o galinha, o pegador o indisciplinado, o garoto problema o que não ia ser nada além de uma playboy sustentado pelos pais, caminhar e pular naquele abismo era mergulhar da escuridão que eu ia me tornar a que já estava apossada de mim, era aceitar que eu não poderia ser e nem ter nada melhor, e ela era a parte boa de mim, a parte que se preocupava, que era zelosa, carinhosa, a parte que podia conquistar o mundo, que sabia dar e receber amor, era a parte que nunca deixei transparecer, e a parte que mais precisava ser salva de mim mesmo, a que eu tinha que me tornar para ser merecedor das coisas boas que o destino tinha reservado pra mim.
Eu não era mais o mesmo Brandon Bear que começou o ano ou que viveu todos os outros anos anteriores e para ser sincero nunca estive mais feliz por isso, por ter me tornado algo melhor, um homem que merece amor, que merece ser amado, que sabe amar, que aprendeu a dar e receber e sem pedir nada em troca.
Agora só uma coisa me impedia de alcançar a paz, falar a verdade para Jhoenna, contar sobre a minha imprudência, minha estupidez, revelar a aposta burra e boba que fiz e rezar para que ela não me odeie, que ela me entenda, e que me perdoe, a cima de tudo que ela me perdoe, porque não posso imaginar perder ela, tudo depois dela tem nova importância relevância e a porra toda, só existe ela e depois de ser ameaçado por Annabel, não me resta outra alternativa, preciso contar a verdade.
E eu juro que durante toda a semana eu tentei, sempre que tentava entrar no assunto, acontecia alguma coisa, ou alguém chegava e tinha que parar de falar, ou o telefone tocava, ou um raio caia do céu, mas sempre acontecia alguma coisa e eu não conseguia dizer a verdade a ela. Mas prometi que de hoje não passava estávamos a um dia do baile de final de ano e a 5 dias da nossa formatura, quero seguir a vida com ela, e não pode ser com mentiras.
— Amor, você vai comigo a minha última consulta hoje? — Ela me perguntou alegre.
Estávamos sentados juntos no fundo da sala, quando essa acabasse finalmente iriamos para a tão sonhada consulta final a que daria a da alta, a que colocaria um fim ao tormento da minha gatinha e se der tudo certo a minha mentira.
Eu estava feliz por ela, feliz por ela estar curada, feliz por saber que ela tem a vida toda pela frente e esperançoso que ela passasse junto comigo.
— Claro que vou Sunshine, não perco esse momento nunca na minha vida! — beijei a ponta de seu nariz gelado.
— acho bom mesmo, não te perdoaria se não fosse comigo! — fez um pouco de drama.
— dramática! — brinquei. — Amor eu tenho que falar com você depois ok?
Ela me olhou seria e torceu o nariz. — é muito importante? — perguntou ainda me olhando seria.
assenti com a cabeça, porque era sério o que eu tinha que falar com ela
— Pode ser depois da consulta? — pediu.
— Claro...
ela voltou a se encostar em mim, e com isso ela continuou a prestar atenção ao que nosso professor falava, eu por outro lado continuava um turbilhão, estava em pânico com o que tinha que contar para ela, como ela ia reagir se ia me perdoar, se ia me deixar, se me odiaria.., Não conseguia para de pensar em todas as possibilidades, e sim fiquei aéreo durante todo esse tempo, desde o final da aula, até o momento que viemos juntos para o hospital... foi no momento em que entramos na sala de espera que eu silenciei meus pensamentos e foquei no momento.
— Mãe .. Pai... que bom que vieram. — Ela correu até meus sogros para abraça-los.
"Quem diria Brandon Bear com sogros!"
— ai meu amor acha mesmo que no dia que agente sonhou junto com você não estaríamos aqui? — Meu sogro deu um beijo no topo da cabeça de Enn.
— Sonhei tanto com esse dia! — Minha sogra enxugava as lagrimas.
Fiquei admirando a cena que eles faziam, o amor a comoção e fiquei ainda mais mexido com eles, e uma pontada de inveja me passou, gostaria de ter esse tipo de interação com os meus pais, tenho certeza que eles tem memorias do tipo clichê que toda grande família feliz tem, uma mãe na cozinha fazendo comida, filhos correndo pela casa, o pai e a filha ou filho fazendo algo juntos. Infelizmente não consegui isso com a minha família, mas adquiri essas memorias com a dela.
— Senhoria Carter o Dr. Russel está esperando. — A secretaria veio nos chamar na sala de espera.
Eu me levantei e junto a eles segui para a sala do médico dela, assim como todos os outros consultórios esse era exatamente igual ao do meu pai, branco com uma janela, maca, mesa e cadeiras, totalmente sem graça, junto ao médico dela estava meu primo que sorria para nós, desde que ele percebeu os meus sentimentos Noah incentivou que eu a conquista-se ele deu dicas, contou coisas que a namorava comentava, ajudou como pode para que eu não desistisse e abafasse o meu sentimento e por isso sou muito grato a ele.
— Senhorita Carter — ele fez uma pausa olhando para todos nós. — E família... é muito bom vê-los hoje.
Jhoenna junto a mãe se sentaram nas cadeireiras de frente ao médico sorridente, eu e meu sogro nos posicionamos atrás delas.
— Eu recebi seus últimos exames clínicos, e é com muita felicidade que me despeço de você hoje, senhorita Carter. — o tal doutor falava com um sorriso largo e muito acolhedor. — o tratamento com as medicações, transfusões e radioterapias teve uma taxa de 100% de aproveitamento.
—e o que isso significa doutor? — Meu sogro perguntou a mesma coisa que eu queria saber.
— O caso da Jhoenna era de LLA de células b, em muitos casos, após o corpo aceitar o tratamento inicial e entrar em remissão, as células cancerianas recidivar e se acoplar no caso dela na medula óssea, o que nos deixou preocupados foi que o tumor diminuía e voltava a crescer posteriormente, o que nos levou a pesquisa do doutor Bear. — Ele indicou meu primo que deu uns passos à frente.
— o tratamento que fizemos com ela foi a reindução da remissão usando transfusões sanguíneas e altas dosagens de medicamentos, nas consultas semanais eram feitas quimios intratecais para o organismo se reafirmar, com a boa resposta que tivemos passamos para a segunda fase do tratamento que consistia em dobrar as medicações e fazer seções alternadas de radioterapia direcionada na área cerebral e medular e transfusões sanguíneas, o que foi muito aceito pelo organismo dela e pelo fato de em todo o processo não termos tido baixa significativa da imunidade nem possíveis infecções ajudou no processo de fixação. — Meu primo fez uma pequena pausa e ajustou a gravata antes de voltar a falar. — Logo as células dela começaram a fazer a troca automática e se reciclarem por si só o que nos levou ao estágio final que foi a manutenção com as medicações corticoides que também fizeram sua função de firmar todo o tratamento, o que nos deixou muito surpresos e felizes foi a rapidez do organismo dela aceitar começar a se reciclar sozinho, o prazo estimado do tratamento era de 2 anos e em 1 anos nos tivemos sucesso pleno, e nossa primeira paciente experimental entrou em remissão total.
— eu estou curada Doutor? — Enn perguntou com a voz tremula, ela segurava o choro, mas eu sabia que era só ouvir o sim do doutor que as lagrimas cairiam por si só.
— Monitorei seus exames nos últimos 6 meses e o tumor e suas células estão normais dedes que começamos a fase de manutenção o que nos leva a crer que você está curada.
Nesse momento nenhum de nos foi capaz de segurar a alegria a emoção foi inevitável não a abraçar, e como eu já suspeitava suas lagrimas que estavam antes sendo seguradas rolavam pelos rosto molhando meu braço.
— Claro que pelos próximos dois anos quero que faça exames para termos certeza que está 100% currada mas por hora eu afirmo que você venceu sua guerra!
— Parabéns Jhoenna estou muito feliz em assinar sua alta médica.
O Doutor começou a assinar alguns papeis e explicar mais algumas coisas que eu confesso que parei de ouvir, eu só conseguia sorrir e sentir toda a euforia do momentos!
"Minha Enn nós teremos muitos anos juntos ainda!"
— É contagiante, não é? — Meu primo que se pós ao meu lado não sei bem quando cochichou pra mim.
— é a melhor coisa que já vivi nos últimos tempos! — Cochichei de volta sendo honesto. — menos a parte técnica, confesso que case dormi.
Ele soltou uma risada nasalada.
— se quiser ser médico mesmo vai ter que se acostumar com a parte técnica!
— to sabendo! — voltei a olhar a família feliz e se abraçando.
— Ela ainda vai ficar com você por muitos anos! — ele me abraçou comovido com a alegria deles.
— se tudo der certo espero que pro resto da vida! — tentei não soar preocupado mais foi impossível.
— se tudo der certo... o que tem para dar errado? — ele perguntou um tanto perplexo.
— se tiver com tempo conversamos depois pode ser? — precisava de conselhos e ninguém melhor que ele poderia fazer isso comigo.
— pode ser quando a consulta acabar, vou ter uns minutos até o próximo paciente? — eu assenti que sim.
Enn veio junto a mim e eu a abracei apertado compartilhando da felicidade genuína dela.
— Curada amor! — sua voz saia abafada por seu rosto estar prensado contra o meu peito.
— Finalmente! — beijei o topo de sua cabeça.
ficamos assim que tudo estar resolvido e o bom doutor nos levar a porta, no corredor a secretaria e o restante da equipe medica comemorava a vitória da minha amada a felicitando e parabenizando, nunca na vida tinha visto isso, a felicidade gratuita de ambos os lados, ela por ter vencido e a equipe por ter acompanhado e feito todo o possível pra fazer a vitória acontecer; foi arrepiante, não aquele arrepiante ruim de medo ou pavor, foi um arrepiante bom, um arrepiante feliz.
quando finalmente saímos do hospital Enn me encarou com o semblante serio.
— Amor eu seu que você precisa conversar, mas podemos falar sobre isso amanhã depois do baile? — pediu com os olhos brilhando. — Estou tão feliz que só o que quero e aproveitar a felicidade que estou sentindo e me preparar para amanhã.
Eu não deveria ter cedido, não deveria ter concordado, eu deveria dizer o que tinha para dizer e aguantar as consequências, mas não eu fui fraco eu cedi, fui incapaz de dizer a verdade e destruir a felicidade dela.
— Pode sim amor! — eu sorri para ela, mas por dentro bem lá no fundo eu queria arrancar meus cabelos e gritar toda a verdade.
— Ótimo, nos vemos amanhã, cleo está me esperando para comprar o vestido e fazer coisa de menina! — ela mordeu os lábios.
— devo esperar por surpresas? — perguntei malicioso.
— até as mais perversas! — ela sorriu travessa.
o que atiçou minha imaginação e deu resposta imediata no Brandon Junior no meio das minhas pernas!
"Não me julguem sou homem e tenho a porra de uma mulher gostosa pra caralho me prometendo loucuras!".
— sua safada! — Apertei sua bunda de leve e mordisquei seu lábio inferior, que ficou vermelho de imediato!
— Não me provoca que eu perco a cabeça! — ela retribuiu a mordida em mim.
— eu já perdi a minha faz tempo, olha a minha situação... — apontei com a cabeça para baixo e quando percebeu como estava acabamos rindo!
— eu sei casal que vocês estão apaixonados e coisas e tal, mas essa mocinha aqui precisa ir atrás de vestidos! — minha sogra veio a chamar para ir embora.
— estou indo Mae! — ela respondeu a mãe enquanto eu não pude não rir!
— Vai lá Gostosa, te vejo amanhã! — me despedi dando alguns selinhos.
— Te vejo amanhã, Gostoso! — ele me deu mais uns beijinhos até se afastar para ir embora.
— Te amo — gritei para ela acenando vendo-a partir.
Ela gritou que me amava também e foi embora, nós combinamos de nunca dizer só "também" quando falamos eu te amo, sempre respondemos "eu te amo também!", era um jeito de afirmar oque sentíamos um pelo outro.
Assim que ela se foi voltei para dentro do hospital indo direto para a sala do meu primo que já me esperava.
— Fala ai que houve? — ele já começou com o interrogatório assim que fechei a porta.
— To fudido! — declarei.
— Fodido tipo eu to fodido de amor ou to fodido tipo fiz merda? — ele me encarou especulando.
— as duas coisas! — fui direto
— Que merda você fez? — fez uma pausa dramática. — que essa merda não envolva chifres!
— é pior que chifres! — me sentei na cadeira de frente com ele.
— Você engravidou quem seu arrombado? — agora ele estava nervoso!
— Ninguém! A não ser que a minha namorada esteja gravida e eu não esteja sabendo!
— Então que merda você fez, se não foi chifres, você não engravidou ninguém, que porra você fez moleque?
Noah em olhava em um grande misto, não sabia se estava nervoso, ou brincando.
— Deixa eu explicar cacete! — Puxei meus cabelos nervoso. — eu... eu apostei ela...
— você fez oque ? — ele perguntou incrédulo. — Eu não acredito que você foi burro a esse ponto!
— eu apostei que faria ela me amar e deixar o namoradinho babaca... — ele não falou nada só me olhava com inexpressivamente.. — eu fui idiota, eu... eu não achei que eu ia me apaixonar, não achei que ... Merda ela fosse ser a mulher da minha vida!
— você é foi sempre burro assim ou piorou com a idade? — Agora ele tinha um olhar decepcionado — Cara eu não acredito que fez isso! Quantos anos você tem 10?
— eu me arrependi no mesmo segundo que falei que aceitava a aposta, eu tava puto e não tava pensando direito!
— e eu tenho certeza que você não contou pra ela não é verdade? — confirmei sua suspeita e baixei a cabeça envergonhado. — Você é realmente mais estupido do que eu pensava , porra Bran essa garota já passou por muita coisa na vida pra agora nessa altura do campeonato acontecer mais isso.
— Eu juro que tentei contar mas ela não deixou, sempre acontecia alguma coisa sempre e acabava que nunca dava pra contar, só eu sei como estou me sentindo um grande merda por tudo isso!
E eu não estava mentindo toda essa história boba de apostar que eu faria ela me amar, foi ridícula. Eu só tiva ficado com raiva dela ter me diminuído na frente de todos e quis que ela passasse pelo mesmo, pela mesma vergonha que eu passei, mesmo quando meus "amigos" perguntavam coisas mais intimas sobre nós eu nunca contei, nunca expus ela e nunca o faria.
— Cara você tem que contar pra ela! — ele me olhou sério.
— como conto? Eu queria ter dito hoje, tentei várias e várias vezes, mas ela não me ouviu e eu fui fraco e deixei que ela não me ouvisse, agora eu estou encurralado, porque eu não contei a verdade e corro o risco de outra pessoa contar...
— E melhor que ela saiba por você, porque se ela souber por qualquer outra pessoa que não seja você ela vai quebrar!
— Eu sei eu sei, mas não sei como conto a verdade pra ela! .... me ajuda Noah, por favor — suplico por ajuda. — eu não sei o que fazer...
— Eu não sei como te ajudar Bran você se enfiou em um buraco que não tem final... — ele me olha exitante... — Bran se eu tiver que escolher um lado escolho o dela... por maquis que eu te ame primo...
— Eu entendo perfeitamente, ela é sua amiga e eu fui um idiota... — Olho pra ele perdido. — Algum conselho?
— Contar a verdade o quanto antes, e rezar pra ela te perdoar!
— Você perdoaria? — perguntei já imaginando a resposta...
— Sinceramente não... eu não seria capaz de perdoar esse tipo de atitude... mas se falando da Enn tudo é possível...
— Me desculpa primo... por ser babaca.... eu só aprendi depois dela a me importar com os sentimentos dos outros...
— Eu sei, ela despertou a sua melhor versão, só não se perca caso ela te de um pé na bunda...
— Sem ela eu me sinto perdido incompleto... eu não sei ser bom sem ela...
— você vai ter que aprender, porque a chance de você a perder é de 99% ...
ele estava certo, estava coberto de razão, as chances não estavam ao meu favor... por ais que tivéssemos todo o orgulho dos Bear, envolvido sobre nos nunca perdemos, ultimamente tenho acarretado perdas e não quero que Jhoenna seja mais uma.
— Bran eu tenho um paciente... eu sei que esta perdido e sem um rumo, mas se me permite dizer, você consegue resolver... você ama ela de verdade não ama... então você é capaz de resolver.
Eu me levantei e caminhei cabisbaixo até a porta, estava totalmente desacreditado que seria capaz de consertar essa grande merda que eu fiz, antes de sair eu olhei para Noah que ainda tinha a feição de decepção.
— Obrigado Primo... —
Logo em seguida sai do consultório dele e na sequência do hospital.
"Ah Bran se não fosse para fazer merda não seria você não é verdade..."
voltei para casa e lá comecei a pensar em como não perder o amor da minha vida!
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Repair - serie vidas - livro 1 [ CONCLUIDO ] -
RomanceJhoenna Carter é uma adolescente sonhadora. Na flor dos seus 17 anos, tem sua vida revirada ainda jovem quando descobre estar doente. Com o tempo sua vida começa a se reajustar e sem aviso novas mudanças chegam bagunçado sua vida outra vez. Ela pre...