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Dirigi calmante até minha casa, não tinha presa, queria esquecer a humilhação e todo aquele sentimento de rejeição que estava sentindo

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Dirigi calmante até minha casa, não tinha presa, queria esquecer a humilhação e todo aquele sentimento de rejeição que estava sentindo. Meu corpo tremia de nervoso, tentava ao máximo não chorar, não queria chegar em casa mostrando como estava. Enquanto passava pelas ruas tentava me acalmar, mas uma preocupação e um pressentimento estranho estava grudado em mim. Seja lá oque minha mãe queria, sentia que não era coisa boa.
Assim que entrei na rua de casa passei a dirigir ainda mais devagar, aquele pressentimento ganhou mais força mudando pra um medo sem igual, as mão voltaram a suar e a respiração ficou mais acelerada.
Droga! A quem quero enganar, estou em pânico, todas as vezes que minha mãe me chamou para conversar nunca era algo bom.. foi exatamente assim que aconteceu quando meu pai morreu.
Abri o portão da garagem e logo estacionei na vaga do canto, desliguei o carro e peguei minha coisas no banco de trás, devagar caminhei até a porta e sai de lá, tinha um pequeno corredor que ligava a garagem a uma entrada lateral da sala de estar.
Respirei fundo antes de finalmente entrar em casa.
" relaxa Jhoenna" pensava enquanto acalmava minha respiração.
Assim que entrei pude escutar o barulho da tv da sala ligada, meus irmãos estavam vendo um desenho qualquer, deixei minhas coisas no canto e assim que notaram minha presença vieram correndo me abraçar.

— Imã! — gritavam eles enquanto abraçavam minhas pernas!
— Oi pequenos! — me abaixei o suficiente para beijar o topo da cabeça de cada um.
Assim que o fiz eles me soltaram e voltaram pra frente da Tv.
Dispensada pelo namorado e trocada por um desenho pelos gêmeos, não falta mais nada pra esse dia ficar melhor, pensei.
Sai da sala e segui ate a cozinha, sabia que encontraria meus pais la.
— Cheguei família! — disse os cumprimentando.
Minha mãe e Jack estavam sentados lado a lado na mesa da cozinha, e prestando bastante atenção em como estavam, sérios e calados meu pressentimento deve estar certo!
— Oi filha! — Minha mãe foi a primeira a fala.
— Oi Enn! — falou Jack, que diferente dos outras dias estava sério. — Desculpa atrapalhar sua tarde com Adam. — disse.
Só de me lembrar dele sentia o estômago revirar.
— Não tem problema! — respondi disfarçado o desconforto.
Me sentei de frente a eles, estava mais nervosa agora do que quando cheguei, a feição seria deles me angustiava, e me fazia sentir calafrios.
— O que aconteceu? — perguntei por fim.
— Temos dois assuntos pra conversar com você. — disse minha mãe. — E a sua opinião é importante e será levada em conta. — finalizou ela.
Eu sabia, sabia assim que ela disse que precisava falar comigo e não me disse o assunto, vem bomba por ai, estava suando e nervosa, não consegui dizer nada então assenti para que continuasse.
— Bom... — fez uma pausa e respirou fundo. — Seu médico ligou hoje.
A olhei assustada, com os olhos arregalados, senti a respiração falhar, eu vou morrer... foi a única coisa que consegui pensar.
— Depois da última consulta, ele procurou por outros tipos de tratamento pra você. — fez outra pausa. — E você parece ser a candidata perfeita para um tratamento totalmente experimental. — finalizou.
Estava paralisada. — Não suportarei mais quimioterapias mãe! — disse sentindo as lágrimas molharem meu rosto.
— Não são mais sessões de quimioterapia Enn. — disse ela. — você teria que tomar mais remédios e ser acompanhada mais vezes. — falou tentando me tranquilizar. Estendendo a mão para segurar a minha. Que não fui capaz de recusar, e segurei de volta.
Em nenhum momento até agora Jack falou, desde que descobrimos toda essa loucura ele sempre disse oque ele achava, mas dessa vez nenhuma palavra foi dita.
— Mais vezes? — perguntei confusa.
— sim! Seriam duas consultas por semana, no lugar de uma a cada 15 dias. — explicou.
Duas consultas por semana... ja era difícil ir a cada 15 dias ir toda semana duas vezes por semana nos levaria à falência e eu a reprovação na escola, minha cabeça era um turbilhão, milhares de coisas eram processadas ao mesmo tempo.
— isso é muita coisa! — foi só oque consegui dizer mediante a toda a confusão que estava dentro de mim.
— Sim! Oque nos leva ao próximo assunto. — disse ela.
Eu sempre achei que quando um dia ja estava ruim nada conseguia deixá-lo pior, eu estava enganada; hoje é a prova que sempre da pra piorar.
— Enn, você se lembra daquela reunião que eu mencionei semanas atrás? — perguntou Jack.
Finalmente ele estava falando, me esforcei para lembrar sobre oque ele falava e recordei que no dia da consulta ele não foi por causa de uma reunião, deve ser isso.
— Me lembro Jack! — respondi olhando em seus olhos.
— Naquele dia fui informado que a empresa iria expandir e que algumas pessoas iriam para a nova filial.— disse ele.
Minha cabeça processava a informação e me dizia que era só o princípio.
— Isso é ótimo, mas onde eu entro nessa história? — perguntei.
— A nova filial é em Manhattan! — disse fazendo as coisas ganharem rumo.  — E eu fui convidado a ser diretor dessa nova filial. — disse de uma só vez, de forma calma.
Olhei para ele sem nenhuma reação, ele e minha mãe se entreolhavam e aquilo aumentava ainda mais meu nervosismo, não conseguia falar nada, minhas lágrimas rolam ainda mais pelo meu rosto, estava em choque.
— Se eu aceitar, eu teria que me mudar para lá. — fez uma pausa. — Nós teríamos que nos mudar para lá . — finalizou com cautela.
Minha linha de raciocínio estava totalmente louca, não conseguia processar todas essas notícias. As mão estavam trêmulas, me sentia angustiada, limpei o rosto e por fim perguntei.
— Se aceitar? —
— Isso mesmo.— falou — Quero saber oque você acha, se você quiser fazer o tratamento eu aceito ir para Nova York, e se você não quiser fazer e quiser permanecer aqui em Baltimore, levarei isso em consideração.— disse pontual.
Fiquei ainda mais em pânico, ele abriria mão de uma promoção por mim, ele quer saber oque eu quero antes de decidir algo que beneficiaria a família toda e a ele também. Me levantei e fui em sua direção, o abracei e senti ele me abraçar de volta.
Me afastei o suficiente para olhar em seus olhos antes de falar oque precisava.
— Pai! — falei, Vi seus olhos se encherem de lágrimas com o chamado. — Vamos para Nova York! — voltei a abraçá-lo chorando em silêncio.
Era a primeira vez em anos que o chamava de pai, hoje senti necessidade de chama-lo assim, e percebi o quanto aquilo o deixou feliz.
— Quando nos mudamos? — perguntei.
— Em duas semanas no máximo. — respondeu.
Minha mãe estava chorando também, ela sabe o porque de eu nunca ter chamado Jack de pai, e hoje esse gesto tão pequeno se fez tão importante. Chama-lo de pai era como se para ele eu o aceitasse como meu pai, era como dizer que eu o amava como tal. E realmente eu amava e ele sabia disso.
Hoje minha família se mostrou mais unida do que antes, no passado essa não seria uma decisão que me deixariam participar, mas hoje eles me mostraram o quanto a minha opinião importa para eles, que me consideram adulta para ajudar a decidir. Isso aqueceu meu coração.
Me afastei deles que estavam cada um com os seus pensamentos e sai da cozinha subi para meu quarto pegando o celular, preciso falar com as meninas sobre isso.
Ai abrir meu whatsapp tinha uma conversa não aberta de Adam. Que eu iguinorei, não estava pronta para falar com ele... não depois de hoje a tarde. Segui para a conversa de Sully.
Tinha uma mensagem não lida. Li e logo respondi.

"18:08- Eai como foi?"
"18:09 - 😈😈😈😈"
" 19:45- Não foi!
😓😓"

"19:45- WTF!!!! 😵😵
Como não foi?"

"19:46- explico depois!
😞"

Sai da conversa dela e entrei no nosso grupo onde estamos eu ela e a Molly!

"19:47- Girl's!! Temos um PROBLEMÃO!!
Mas não consigo falar hoje."

Sully que ja estava online foi a primeira a responder, seguida de Molly.

"19:47 - PQP! Oque aconteceu?"
"19:47 - Pelo jeito o negócio é feio! pijamão aqui em casa amanhã!
"19:48- combinado! chegamos as 20h. ❤️"

"19:48- perfeito ❤️"

Desliguei a tela do celular assim que confirmei o pijamão na casa da Molly, varias e varias notificação começaram a aparecer fazendo meu celular tocar freneticamente. Ignorei e entrei em meu banheiro a fim de tomar um banho e me livrar de todos aqueles sentimentos que estavam passando pelo meu corpo. Me livrei da roupa que usava liguei o chuveiro e entrei de cabeça e tudo. De olhos fechados flashbacks da tarde catastrófica com meu namorado e minha conversa com meus pais vinham a minha cabeça me permiti chorar minha rejeição, me permiti chorar minha mudança, deixei a água quente levar para o ralo todo aquele dia lixo que tinha tido.

Buenas meus amores!Olha quem deu o ar da graça!! Brincadeiras a parte, desculpem a demora em atualizar, mas como ja tinha dito não estava conseguindo escrever um capítulo decente pra vocês!

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Buenas meus amores!
Olha quem deu o ar da graça!!
Brincadeiras a parte, desculpem a demora em atualizar, mas como ja tinha dito não estava conseguindo escrever um capítulo decente pra vocês!

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- Namasté

Repair   - serie vidas - livro 1 [ CONCLUIDO ] -Onde histórias criam vida. Descubra agora