⚠️ Annabel Constance na mídia ⚠️
Agradeci quando as aulas tinham acabado e eu podia ir encontrar minha mãe no hospital para falar com o Dr. Russel por mais que eu estivesse nervosa com o novo tratamento, tinha que me agarrar a todas as possibilidades que me eram oferecidas.
Corri até o carro, o tal Bear os amigos e uma garota loira estavam encostados no carro ao lado fazendo suas piadas idiotas, Bear estava com o braço passado sobre os ombros da garota loira com cara de nojenta, provavelmente são namorados.
— Hei brasileira? — Disse a garota de voz fina e irritante. — Você não tinha uma carroça melhor pra dirigir? — Zombou ela rindo com a trupe de idiotas rindo logo atrás.
Odiava que falassem mal do bebê, ficava irritada quando isso acontecia, mas mesmo assim, não sairia da minha pose, faria como Molly tinha me dito, não deixaria que ninguém pisasse em mim.
— Desculpe, mas você dirigi? — Perguntei sarcástica.
— Não! — respondeu com deboche.
— Você tem um carro seu? — perguntei sarcástica outra vez.
a trupe de idiotas prestava atenção em nossa conversa.
— Não! — respondeu novamente debochando e rindo.
— Então faz assim, quando você dirigir e tiver um carro, você fala alguma coisa do meu! — respondi grosseira e malcriada, usei cada gota de deboche que possuía.
Ela não esperava por isso e não teve reação e nada para me responder todos que estavam próximos e escutaram nossa pequena discursão e riam sem parar caçoando dela.
— Se me da licença! — Disse novamente entrando no meu carro e jogando minhas coisas no banco de trás.
Liguei meu bebe dando vida ao motor que roncava grosso, mostrando toda a potencia de seus 400 cavalos. Não me levem a mal, não é por que sou uma garota que não entenda de carros, sabia que meu carro mesmo sendo antigo era potente e veloz, e fiz o possível para deixa-lo ainda melhor, coloquei uma suspensão mais baixa, rodas maiores e fiz uma melhoria no sistema de freio e um sonzinho por que não sou obrigada a ficar sem música, sim meu bebe estava impecável, e eu sabia e gostava disso.
Deixei a frente da escola ainda irritada pela provocação tola da garota loira, garota idiota. Dirigi sem presa até o Mount Sinai, cheguei lá com uma folga no horário de quase meia hora, peguei o celular para ligar para Ly mesmo que eu tivesse visto ela ontem já estava com saudades.
Disquei seu numero ela não demorou muito a me atender.
— Já está com saudades de mim? — Disse brincalhona quando atendeu.
— Acabei de me arrepender de te ligar — Fiz um draminha.
—idiota! Como foi o primeiro dia? — perguntou ela.
— A mesma coisa se sempre, me apresentar, e virar o centro das atenções! Erg. — Respondi.
— Como é a escola, tem gente bonita?, quero detalhes. — pediu ela empolgada.
— Sim a escola é bem bonita e muito moderna mais parece um prédio comercial visto de fora que uma escola. — Contei. — e Sim, tem muita gente bonita aqui, e você não vai acreditar quem estuda na mesma sala que eu. — Fiz um suspense sabendo que ela estaria surtando.
— Conta logo desgraçada! — falou nervosa.
— Aqueles garotos do Mc. — Contei.
— Mentira. — gritou ela do outro lado da linha. Sabe se aquele loiro está solteiro, quero muito o telefone dele. — disse ela oferecida.
— Não Ly, eu não sei, aparentemente são só garotos idiotas. — comentei.
— Já começaram com as piadas sobre você ter nascido no Brasil? — Perguntou. Ela.
— Já, um deles foi bem atrevido e me pediu para rebolar para ele. — disse desgostosa.
— Que otário. — Concordou comigo. — mas não nego que achei eles gatos. — zoou ela.
comecei a rir, minha amiga não tinha o menor senso quando se tratava de garotos bonitos.
—Ly, posso te contar uma coisa? — Perguntei. — Mas você tem que jurar que nunca vai contar pra ninguém. — afirmei.
— Sou toda ouvidos. — disse ela com ansiedade. — Quando foi que eu contei alguma coisa nossa? — questionou.
— Tem razão. — Concordei com ele. — Não sei como contar isso, mas eu tenho sonhado com aquele garoto do Mc. — Confidenciei.
— OMG! Sonhando com o que, como? — Perguntou ela atordoada.
— Nos primeiros dias sonhava só com ele, fash's dos olhos, da boca, mas essa noite eu sonhei como se ele estivesse comigo, na minha cama fazendo coisas. — Contei de forma resumida.
— Pera, você está tendo sonhos eróticos com ele? — ela estava surpresa e risonha.
— Sim! — Confirmei. Com vergonha.
— Gata eu acho que você e o Adan precisam transar logo, você tá sonhando com outro cara isso é desejo reprimido. — disse compassiva.
— Eu sei, eu quero, quero muito, mas ele não, oque eu posso fazer, pegar o pau dele falar "fique duro e entre em mim", não tem chance. — ironizei.
— basicamente isso — Disse ela. — Qual é Enn vocês não têm mais 14 anos, vocês nunca passaram dos beijos, por mais que ele te respeite, ele já deveria ter avançado. — Disse ela.
— Eu concordo, mas não posso mais forçar a barra, eu tentei e olha no que deu. — lembrei.
— É tem razão. — concordou comigo.
— Esse final de semana ele vem pra cá, vai que com a saudade as coisas fluem. — comentei.
— Deus queira, e se não rolar te aconselho a procurar outro que queira, não é possível o A ser tão mole assim. — Disse indignada.
— Que horror Ly, não vou terminar com ele porque ele não tá pronto, me senti muito machista agora. — exclamei.
— Eu sei gata, mas vocês precisas seguir com esse relacionamento, vocês não são mais crianças. — disse ela batendo na mesma tecla.
— Eu sei. — concordei.
—Não se martirize, a culpa não é sua. — Foi compreensiva. — Acho que as coisas vão acontecer na hora certa. — Disse.
— Assim espero Ly, estou quase subindo pelas paredes. — Confidenciei.
— Sei bem como é. — Disse rindo. — Eu já passei por isso. —concluiu.
comecei a rir, sabia que ela estava certa, eu queria muito, mas ele nem tanto, não posso forçar a barra as coisas estão ficando mais difíceis pra nos ainda mais agora que não estamos próximos.
— Ly, eu preciso desligar tenho que ir pra minha consulta. — disse a ela.
— Ta bom meu amor, fica bem, boa sorte e eu estou torcendo por você. Eu te amo cabaça. — Disse ela se despedindo.
— Eu também te amo. — Me despedi e desliguei
guardei o celular e desci do carro, e caminhei sem pressa para dentro do hospital, minha mãe me esperava na recepção sorrindo como sempre, me aproximei dela e a abracei.
— Você saiu cedo, nem vi você. — Comentou ela.
— Estava ansiosa. — Contei.
— Como foi o primeiro dia? — perguntou alegre.
— Foi normal, é uma escola muito bonita. — Comentei.
— Mais nada pra me contar? — Perguntou com estranheza.
— Não. — firmei. — escola é sempre igual mão. — disse dando de ombros.
— Tudo bem. — concordou.
— E o seu dia como foi? — perguntei.
— Normal, estou remontando o meu consultório e remarcando meus pacientes. — Disse feliz.
— Que bom mãe. — sorri para ela
Continuamos nosso caminho até o 3° andar, na sala de espera tinha uma garota ruiva muito bonita esperando, fiquei imaginando oque ela tinha, e se era a mesma coisa que eu, me sentei a algumas cadeiras de distancia; ela me olhou e sorriu para mim, sorri por educação já que ela estava sendo simpática eu também seria.
— meu nome é Samantha. — Disse ela enquanto se sentava ao meu lado. — pode me chamar de Sam.
— Eu sou a Jhoenna. — Me apresentei.
— oque você tem? — Perguntou. — Ai desculpa, não precisa responder se não quiser. — Disse constrangida.
— Não tudo bem. — a tranquilizei. — Eu tenho leucemia. — Respondi.
ela me olhou com certo espanto, como se pensasse em algo pra me dizer.
— Eu sinto muito. — Disse ela por fim. — Você não parece ter câncer. — Baixou o olhar.
— Eu já estive pior. — disse com humor. — e você tem alguma coisa? — perguntei.
— Não, minha mãe namora o doutor e me pediu pra espera-la aqui. — Me respondeu. — A quanto tempo você sabe? — perguntou ela curiosa.
— Desde os 14 anos. — foi bem difícil, mas o doutor tem me ajudado bastante. — Contei a ela.
Não sei por que estava me abrindo para uma estranha, ela me pareceu bem receptiva e acabei gostando de seu entusiasmo.
— Ual! Muito nova. — disse ela surpresa. — você é daqui mesmo ou só vem se tratar aqui? — questionou.
— Antes eu só vinha pra me tratar, agora eu me mudei definitivamente. — Contei sorrindo.
— Se mudou á quanto tempo. — perguntou sorrindo de volta.
— 3 dias. Pra ser exata. — Expliquei.
—Bom Jhoenna ficarei muito feliz em te mostrar a cidade. — sugeriu sorrindo.
— Seria ótimo ainda me sinto um peixe fora d'água. — agradeci. — e por favor, me chama de Enn. — pedi sorrindo.
ela sorriu pegando o celular para anotar meu numero, que eu passei de bom grado, precisava de amigos aqui, já que os meus não estão aqui comigo. Continuamos a conversar sobre assuntos totalmente aleatórios, ela me contou sobre seu trabalho de modelo nas horas vagas e eu contei sobre como é ser uma nerd caseira, enquanto conversávamos um rapaz alto e bonito vestindo jaleco entrou na sala também.
— É incrível como esse lugar tem tanta gente bonita. — cochichei.
— Esse sem dúvida é o centro da beleza — cochichou ela de volta.
Encaramos o garoto e ele me lembrava muito o Bear, os cabelos e olhos da mesma cor, mas esse me pareceu mais alto. MERDA! Não posso ficar comparando, onde já se viu, só posso estar ficando louca mesmo.
A mãe de Sam apareceu a chamando pra ir embora, ela se despediu de mim e prometeu me ligar para marcarmos algo. Ela saiu dando uma olhada de cima a baixo no rapaz que não pareceu ficar tímido e sorriu confiante pra ela. A secretaria do meu médico veio e nos informou que podíamos entrar.
— Que bom que está fazendo amigos filha. — Disse minha mãe se levantando e indo em direção a porta da sala do Dr. Russel.
Não disse nada e só a segui, batemos na porta e como sempre esperamos até ouvir o famoso "entre", que não demorou a ser dito, o mais entranho é que o garoto que estava na sala de espera entrou junto, estranhei mas não disse nada.
— Bom dia doutor. — o Cumprimentamos.
— Bom dia. — devolveu o cumprimento sorrindo como sempre. — Quero apresentar a vocês o nosso residente Noah, ele vai auxiliar no seu novo tratamento senhorita Carter. — Explicou ele.
—Prazer em conhece-lo — estendi a mão para ele que a pegou de volta.
— O prazer é meu. — disse sorrindo.
— Bom Jhoenna o seu tratamento novo consiste em alguns medicamentos e exames pra acompanhar a evolutiva do seu caso.
— Explicou Noah.
— Jhoenna o Dr. Bear vai levar você para coletar algumas amostras e pra pegaras medicações que vamos te fornecer vamos começar mais leves e ir aumentando as doses conforme você for aceitando as medicações. — Explicou o Dr. Russel.
meu coração travou e pro um momento me esqueci de respirar assim que ele falou esse maldito sobrenome, agora sem dúvida nenhuma posso afirmar que eles são parentes, o mesmo cabelo, os mesmos olhos, e o mesmo sorriso. Mais que droga esse garoto vai me seguir até aqui me recompus o mais rápido que puder para não transparecer minha surpresa.
— Doutor quais os efeitos que essas medicações terão em mim? — perguntei.
— No começo, vai se sentir cansada e com mais fadiga que o normal, algumas manchas vão aparecer, cabelos e unhas não vão cair, pode ficar tranquila quanto a isso. — meu médico disse sorrindo.
. — Algo mais que eu tenha que observar Dr. Russel? — Minha mãe perguntou.
— O apetite vai mudar um pouco e vão ocorrer vômitos e sangramentos, e tonturas ela deve se alimentar bem, pra não ter tanta fraqueza e atividades físicas não devem ser praticadas por agora. — orientou ele.
— alguma dieta especifica? — Perguntei
— Não, não tem restrições, só bebidas alcoólicas devem ser evitadas, mas elas não comprometem tanto se tomadas com moderação — Explicou Noah.
— Eu não bebo. — Contei.
— Ótimo então, vamos? — Chamou Noah caminhando para a porta.
— Vamos. — respondi me levantando para acompanha-lo.
Minha mãe ficou para conversar com meu médico entanto eu coletava os exames. Eu o segui em silencio até ele ser quebrado pelo tal Noah.
— Você tem quantos anos Jhoenna? —perguntou ele com um sorriso de lado.
— Tenho 17 anos. — Me limitei a responder e não perguntar nada
— onde está estudando? — perguntou novamente.
— New Patterson College. — respondi sem muito interesse em sua conversa.
— Legal, meu primo estuda lá, talvez você o conheça Brandon Bear. — Comentou.
— Não o conheço. — Contei. — Minhas aulas lá começaram hoje. — Expliquei.
— Entendi. — respondeu ele ainda com o mesmo sorriso no rosto. — o pai dele faz alguns atendimentos aqui. — comentou.
— Que legal. — respondi. — Ele trata o que? — perguntei.
— Ele é cirurgião plástico, mas atende pacientes que tiveram câncer de pele, ele faz correções. — explicou.
— Nossa que legal da parte dele. — comentei.
até que esse Bear parecia legal, então decidi conversar com ele, sem colocar tantas barreiras.
— Na verdade, eu queria muito saber quem era a garota que estava com você. — Confidenciou.
comecei a rir de sua face corada.
— É a Sam, eu a conheci hoje, mas posso te adiantar que a mãe dela namora o Dr. Russel.
— Será que você poderia ser uma boa amiga pra mim e dizer a ela que eu quero o telefone dela? — perguntou pretencioso.
— Vou tentar te ajudar Dr. Bear. — disse rindo.
— Dr. Bear não, me chama de Noah, somos amigos agora. — Pediu ele.
— Ok Noah, vou ver o que posso fazer. — Confirmei.
Chegamos ao laboratório e logo começaram os procedimentos para a coleta. Não gostava muito de ser espetada, tinha repulsa por tudo que causa dor. Olhei para o lado quando a agulha foi introduzida em minha veia, alguns tubinhos de sangue foram tirados e logo eu fui liberada, Noah me levou até onde eu retiraria os medicamentos e me explicou como toma-los. E realmente eram muitos, pela manhã tomaria 3 comprimidos junto com o café, na hora do almoço mais 2 no jantar mais 4 e 1 antes de dormir, fiquei abismada com a quantidade, ainda mais sabendo que conforme eu meu organismo progredisse as doses iriam aumentar, mas tudo bem , prefiro tomar remédio a fazer quimioterapia outra vez, só de pensar em todas as noites que eu passei mau eu me tremo toda. Peguei os medicamentos dessa semana marcando cada um deles para não me confundir e tomar errado, minha mãe me encontrou e fomos embora, eu para casa e ela para o novo consultório.
Não demorei até chegar em casa guardei meu carro e fui direto para casa, os gêmeos devem estar na escola e Jack trabalhando, poderia desfrutar do silencio da casa para dormir um pouco.
entrei em meu quarto tirei os sapados e a roupa da rua, me joguei na cama e peguei meu celular . Tinha algumas mensagens de Ly, Adan e Molly e de um úmero que eu não tinha salvado. Respondi todos eles até chegar a mensagem sem nome gravado.
"15:44 – Salva meu numero é a Sam."
Ela realmente tinha me mandando mensagem como o prometido.
"15:50 – contato salvo 😊""15:51- alias uma pessoa pediu seu numero!"
"15:51- Quem? Fala logo garota não me deixa curiosa."
"15:52- o garoto que tava na sala de espera com agente, ele é residente de lá e vai auxiliar o dr. No meu caso."
"15:52- gata passa meu contato, meu endereço sobrenome, se ele quiser marcar até a data do casamento, fala que eu aceito."
"15:53- KKKKKKKKKKK, Garota você não existe, se daria muito bem com as minhas amigas de Baltimore."
"15:53- quando elas vieram marcamos um role nós todas."
"15:53- agora preciso ir, o fotografo me chamou.""15:53- boa fotos bjs"
Deixei o celular do meu lado e me acomodei para cochilar, estava gostando de fato dessa mudança, fiz amigos e já posso dizer que conheço alguém com exceção dos trogloditas da escola, e por pensar em escola acabei pensando no Brandon, como era diferente do Noah, pelo menos o primo dele era educado e divertido, ele é completamente arrogante, se aquela garota loira é namorada dele, fazem um casal perfeito ri assim que me lembrei da tirada que dei nela, com certeza Molly ficaria orgulhosa de mim, me perdi em meus devaneios até finalmente pegar no sono e graças ao bom Deus um sono sem sonhos.Rooooi bebes!!!
como estamos hoje?
a cá está mais um capitulo fresquinho pra vocês! semana que vem tem capitulo novo na terça ou na quinta tudo vai depender da minha criatividade.
Me contem ai oque estão achando? e se possível deixem aquele voto maroto, ajuda muuito!
PS. capitulo de hoje ta sem revisão então me esculpem se tiverem erros, me avisem se acharem pra eu arrumar!!
bjs no core
- Namasté!!
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Repair - serie vidas - livro 1 [ CONCLUIDO ] -
RomansaJhoenna Carter é uma adolescente sonhadora. Na flor dos seus 17 anos, tem sua vida revirada ainda jovem quando descobre estar doente. Com o tempo sua vida começa a se reajustar e sem aviso novas mudanças chegam bagunçado sua vida outra vez. Ela pre...