Repair - serie vidas - livro 1 [ CONCLUIDO ] -

13.

" Eu corria, corria sem saber para onde estava  indo,  desviado do mar de pessoas que iam na direção oposta a minha,   Era como uma trilha e no final dela só havia eu mesmo sozinho, o mar de gente tinha sumido, estava perdido, sozinho e perdido, e essas duas palavras ecoavam na minha mente, e aqueles olhos verdes, aqueles malditos é encantadores olhos verdes..."

Acordei assustado e soado. Passei a mão pelos cabelos molhados tentando inutilmente esquecer esse sonho estranho. Esses olhos vem me assombrando desde o dia que os vi no Central Park, mas porquê? Não existe motivo pra isso. 
Olhei em volta lembrando que tinha passado a noite fora outra vez, e pra minha surpresa a cama estava vazia.
Onde aquela ruiva se meteu? Perguntava a mim mesmo.
Me levantei da cama  vestindo minha cueca que estava jogada pelo chão. Vasculhei o quarto e nada dela. 
Ela se foi e me deixou dormindo sozinho. Estava incrédulo, era estranho passar por isso, a final de contas sou sempre eu que as deixo dormindo e vou embora. Era no mínimo embaraçoso
Alcancei meu celular sobre o criado mudo havia um total de zero notificações.  Depois da festa de ontem não esperava por isso.  Ao lado do celular tinha um bilhete escrito à mão.

" Obrigado pela noite!
                                                  Samantha."

Voltei a me sentar na cama, não fui capaz de segurar a risada, que ridículo, essa sem dúvida foi a situação mais ridícula que ja passei,  eu Brandon Bear, acordar sozinho em um quarto de motel com nada além de um bilhete de "obrigado pela noite" não consigo não rir disso! sem dúvida essa garota  superou minhas expectativas.
Olhei o bilhete outra vez, "Samantha"  agora sei seu nome, não que isso faça muita diferença .
Olhei outra vez o celular, o horário me chamou atenção, "11:51" merda! meu pai me queria cedo em casa sei la para o que, mas ao julgar pela falta de mensagens e ligações ele está zero preocupado,  ou pensando melhor deve estar planejando meu enterro.
Me troquei rápido,  ja tinha pagado o quarto assim que chegamos, então era só ir embora, sai de lá seguindo para meu carro que estava estacionado na pequena garagem. Estava próximo de casa não gastei muito tempo para chegar,  assim como não tive tempo para me preparar para outra briga com meu pai.
Deixei meu amado bmw na garagem e subi ate meu apartamento, decidi que entraria pela  porta da frente, não tinha porque fugir de outro embate que já era mais que eminente.
Assim que passei pela porta que dava na sala de estar nada, absolutamente ninguém estava lá,  aparentemente esse é o dia de eu ser surpreendido, geralmente quando meu pai está irado comigo ele me espera na sala  para não ter como fugir dele, mas aparentemente hoje ele não estava afim de briga.
Corri para a cozinha, sentia o cheiro de café fresco indicado que Leonor estava lá, ela sem dúvida sabia oque estava acontecendo. Não estou acostumado com essas situações.
Assim que entrei na cozinha a encontrei sentada próxima ao balcão segundo uma xícara do que eu acreditei ser café.
— Bom dia flor do meu jardim! — a cumprimentei.
Ao me ver abriu o sorriso de sempre, ela sempre se alegrava quando me via.
— Bom dia meu menino!— ela me cumprimentou de volta.
Me juntei a ela no balcão pegando outra xícara para tomar café.
— Por um acaso sabe porquê meu pai ainda não derrubou o prédio atrás de mim? — perguntei bem humorado enquanto me servia.
— Ele te esperou.  —  respondeu. — Dr Caleb saiu tem 40 minutos com a cara bem decepcionada.— completou ela.
Não fui capaz de responder, fiquei pensando no que Leonor me falou, sempre que descumpri meus compromissos com meu pai, ele esbravejava, nos discutíamos e seguíamos cada um por um lado, sempre via raiva em seus olhos durante esses episódios, nunca decepção.
— Ele disse onde ia? —Perguntei.
— Não! — Respondeu. Baixei a cabeça pensando no que fazer.
— Acho que ele está cansado de brigar, meu menino. — falou ela enquanto acarinhava meus cabelos.
— Eu também estou. — Fui sincero com ela.
— Ligue para ele meu menino, ligue para ele. — Me aconselhou enquanto se afastava levando nossas xícaras sujas.
Pequei meu celular no bolso,  como não percebi, minha internet estava desligada,por isso não tinha notificação nenhuma.  Assim que a liguei notificações e mais notificações estava chegando, parece que os resultados da festa estão comendo a surgir. 
Varias mensagens, videos de minha discussão com Bel.  Várias mensagens de garotas perguntando se realmente eu não era nada de Annabel, mensagens de meus amigos perguntando onde eu estava. ignorei tudo.
Precisava falar com meu pai, saber oque ele queria comigo. Liguei para ele que me atendeu depois de alguns toques.
— Oi Brandon! — cumprimentou.
— Bom dia pai! — cumprimentei de volta.
— Chegou agora? — perguntou ele, com a voz fria fora do comum.
— Sim! — me limitei a responder somente isso, estava esperando pelo sermão e nada.
— Ainda quer me encontrar? — perguntei, surpreso pela calmaria da ligação.
— Não Brandon!  Você ainda não está pronto pra essa conversa. — disse firme mas passava cansaço na voz.
Por um tempo hesitei, até decidir por um fim a ligação.
— Ok! — respondi e desliguei sem dar tempo dele responder qualquer coisa.
Não sabia se estava irritado com ele, ou chateado com ele, nunca tinha me sentido dessa forma com relação com meu pai.
Subi para meu quarto precisava de um banho para tirar  toda a sujeira de noite de mim.
Entrei no banheiro e tirei toda a roupa, abri o chuveiro e entrei de cabeça. Sentia a água quente escorrendo pelo corpo,  cada músculo relaxava, encostei a testa no vidro do box, pensei na festa, na discussão com Bel, e em como não me importei em magoa-la, refleti sobre minha breve conversa com meu pai e como ele pareci cansado,  pensei no sexo maravilhoso que fiz com a ruiva, que agora sei se chamar Samantha, e em como é acordar sozinho.
Não sei quanto tempo ja estava no chuveiro, ate que descido sair dele.  Vesti uma bermuda de moletom  desci para comer não estava a fim de sair hoje e voltei para o quarto. me sentia cansado de tudo, queria tirar o dia para mim mesmo e relaxar, afinal teria que encarar as consequências de meus atos na segunda-feira.
Desliguei o celular não queria ser perturbado por ninguém, liguei a Tv e a Netflix  maratonei uma serie até finalmente pegar no sono.

" Eu corria, corria sem saber para onde estava  indo,  esbarrando no mar de pessoas que iam na mesma direção que a minha... Era como uma trilha e no final dela só havia um precipício eu mesmo sozinho; caindo. estava perdido, sozinho e   Caindo. Enquanto caia só via aqueles olhos verdes, aqueles malditos é encantadores olhos verdes..."

Buenas suas lindas!!  Turubom?!
Eu prometi e aqui estou eu! 
– Brandon Bear pensativo!!  Essa é novidade.

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Bjs fui!