P.O.V Bárbara Castro
O final do desfile foi espetacular, as peças, os detalhes, tudo foi perfeitamente pensado. Até encerrar o evento, evitei contato com Filipe o resto da noite mas em vão, passaríamos uma madrugada juntos. Os meninos me esperavam no estacionamento do prédio enquanto eu colocava apenas mais algumas coisas na mala e trocava de roupa. Não conseguiria enfrentar um voo até SP de salto alto. Passei pela sala correndo, mas fiz questão de me despedir de Nanda antes de sair.
- Vai com Deus amiga, eu te amo! - Eu a abraço forte e ela retribui. - Cuida dos meus meninos!
- Pode deixar! - Sai apressada em direção a porta. - Te amo! - Gritei para que ela pudesse ouvir e fechei a porta.
Desci correndo da maneira que pude até o estacionamento, a mala não estava lá das menores. Já passavam das 22:00 e eu me apressava para conseguirmos chegar no aeroporto com calma. Filipe iria fazer um show amanhã em um festival de rep. Como o show seria durante o dia, Tico achou que fosse ideal chegarmos um pouco antes para conseguirmos nos alojar e preparar Filipe com calma.
Entrei no carro e a cara de Licoln entregava o quão irritado ele já estava com a minha demora. Mandei um beijo e o grandão riu descontraindo. Em pouco tempo chegamos no aeroporto Santos Drummond, os meninos foram guardar o carro e eu fui até o guichê fazer o check in de todos nós. Agora era só esperarmos o nosso horário para embarcar. Tudo certo!
Nos acomodamos em cadeiras perto do portão de embarque e a essa altura do campeonato, já estávamos todos cansados. Filipe estava em minha frente e seus olhos já fechavam sozinhos. E por um deslize da minha parte, minha mente trás o flashback do dia em que dormimos juntos. No quão sereno ele estava dormindo em meu colo. Minha vontade era de aconchegá-lo a mim de novo, fazê-lo se sentir confortável bem juntinho de mim.
Acordo assustada quando sinto Tico me sacudindo, avisando que já tínhamos chegado em SP. Me sento melhor e analiso de novo a parte em que estávamos, primeira classe. O sono e a correria quase me fizeram esquecer que essa é a minha primeira vez em um avião. Respiro fundo agradecendo e olho encantada toda a cidade de São Paulo iluminada em baixo de mim, eu estava finalmente conquistando novos ares.
Saímos do aeroporto e pegamos um táxi até o hotel, já que não encontramos nenhuma locadora de carros aberta nesse horário. Tico estava na recepção resolvendo a questão dos quartos e eu e os meninos esperávamos pacientemente. Ele torceu o cenho para a mulher da recepção e logo depois concordou, imaginei que algo teria dado errado.
- Esse é pra você e você! - Ele estica um cartão pra mim e outro pra Filipe. - Quero vocês amanhã cedo para tomarmos café. - Ele se vira e eu encaro Filipe confusa.
- Calma aí! - Corro em direção a Tico. - Eu e Filipe estamos no mesmo quarto? - O questiono e vejo o sorriso sacana de Filipe logo atrás de mim.
- Eles estavam com poucos quartos, relaxa Babi! - Tico responde me deixando com cara de tacho.
Respiro fundo, está tudo bem Bárbara!
É só manter distância, só isso. Caminhei em silêncio até o elevador e Filipe me acompanhou, sem dizer nada também. Sinto seus olhos queimando sobre mim a cada passo que eu dou, e meu corpo me sabota dificultando minha respiração. Meu Deus, como é difícil estar tranquila no mesmo local que Filipe. Isso seria mais difícil do que prova de resistência do BBB.
- Tá de sacanagem! - Resmungo ao abrir a porta e ver que o quarto era uma suíte de casal. Ótimo! Perfeito! Xingo Tico mentalmente até a sua última geração.
- Cara, tô morto! - Filipe se joga na cama parecendo não estar muito preocupado.
- É... Eu vou fazer minha cama no chão, preciso disso! - Digo sem jeito e aponto para a coberta que estava embaixo dele.
- Pra que, Bárbara? - Ele me olha confuso. - Tu sabe que não tem necessidade dessa porra. - Estremeço fácil toda vez que meu nome sai por sua boca. - Já falei que só mordo se você pedir. - Ele sorri e eu reviro os olhos.
Filipe passa por mim e caminha até o banheiro, sinto apenas o cheiro de seu perfume que fica no quarto. É muito estranho um dia termos intimidade como um casal e no outro, como estranhos. E tudo isso em questão de dias. Desfaço a minha bagagem e termino no mesmo instante que Filipe sai do banheiro. Seu peitoral ainda estava molhado e ele vestia apenas uma cueca preta, sinto novamente ódio do Tico por me colocar no mesmo quarto que ele. Disfarço e entro no banheiro logo em seguida, jogo uma água no corpo tentando me manter calma. É apenas uma noite.
Saio do banheiro e vejo que Filipe já está de olhos fechados, agradeço a Deus e apago as luzes do quarto. Me aconchego na ponta da cama, tentando me manter o mais longe possível, mas logo sinto sua mão percorrer minha cintura e me puxar para perto.
- Filipe... Não... - Sinto sua respiração no meu pescoço e seu corpo de aproximando cada vez mais. Meu corpo arrepia automaticamente.
- Sh! - Ele coloca a mão sobre a minha boca e eu amoleço. Sua boca começa a distribuir beijos pro meu pescoço e meu pensamentos, como de costume, se embaralham.
- Para... - Digo ofegante e em um só movimento, Filipe me vira e se põe por cima de mim.
- Me fala que não quer, e eu paro. - Ele olha dentro dos meus olhos e as palavras fogem da minha boca.
Não deveria, eu sabia disso, eu sei disso. Mas por mas que eu tente, as palavras não saem da minha boca. Por mais eu tente, meu corpo não responde. Meu coração acelera, e meu olhar novamente percorre seu corpo. O volume na sua boxer faz com que em uma atitude impensada, eu tome seus lábios pra mim. Porra, como eu queria isso!
Suas mãos seguram meu rosto e intensificam ainda mais o beijo, já as minhas mãos percorrem seu corpo com pressa e vontade, sentindo com toda vontade que estava reprimida dentro de mim. Paramos o beijo por falta de ar e ele desce para os meus seios, apertando, chupando, fazendo com que eu revire os olhos de tanto tesão. Eu o queria dentro de mim, ah Deus, como eu queria. Ele desce a mão até minha intimidade e quando sente o quão molhada estou, me olha com um sorriso safado nos lábios.
- Isso tudo é pra mim?
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WAR com Filipe Ret • By Tory
Fanfic"Somos reféns da nossa chama, réus do desejo que arde. A ilusão nos acompanha e o fim segue desconhecido. Luxúria ou Trauma? Não se preocupe, sou obstinado e, só pra você lembrar, estou louco para voltar." - Obra ficcional. Nada escrito condiz com a...