Capítulo 34

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P.O.V Filipe Ret

Depois da Fernanda encher a porra do meu saco, e acredito eu que o da Bárbara também, ela consegue me convencer a ir no show do Lennon no Konteiner. Eu estava cansado pra caralho, mas faz um tempo que não prestígio o show de algum mano meu por conta da correria, e como os moleques também vão, me animei. As últimas semanas tem sido trabalho atrás de trabalho e eu me dei esse luxo para relaxar um pouco.

- Por que mulher é assim, em? - Tico reclama da demora enquanto as meninas se arrumavam. Juro que mais cinco minutos eu capoto nesse sofá mesmo.

Me sento no sofá e endireito a postura na mesma hora quando vejo a Bárbara chegar a sala logo após a Fernanda depois de mais alguns minutos de espera. Não que eu me importasse em como eu estava aparentando, mas o movimento foi automático, como se eu quisesse passar a porra de uma boa imagem.

Meus olhos percorrem seu corpo quase que automaticamente e por um segundo esqueço que estamos acompanhados. Ela está vestida com a porra de um vestido justo que faziam seus peitos quase saltarem pra fora, e de algum jeito parece que triplicaram de tamanho. Uma mistura perfeita de um anjo e uma atriz pornô gostosa pra caralho, se é que isso é possível. Eu poderia facilmente rasgar esse vestido no dente e fazer ela implorar pra ser fodida em todos os cantos dessa sala. Sou tirado dos pensamentos quando Tico pigarreia chamando minha atenção. Coço a garganta e me levanto indo em sua direção.

- É... Você vai assim? - Me repreendo na hora percebendo que acabei de soar como um babaca controlador do caralho.

- Algo de errado? - Ela arqueia uma das sobrancelhas pronta pra me dar uma lição de moral daquelas. Marrenta.

- Não, não! - Digo rapidamente. - É que você vestida assim está praticamente implorando pra eu te foder. - Sussurro em seu ouvido e imediatamente um sorriso toma seus lábios. Ela me olha e sai a minha frente, me dando a visão privilegiada da sua bunda.

O lugar estava cheio pra caralho, o que já era esperado assim que Lennon foi anunciado como atração. Parei para fotografar com alguns fãs no caminho e logo apressei os passos para alcançar o pessoal, obviamente com o Lincoln na minha cola. No início foi difícil me acostumar com a porra de um armário intimidador perto de mim o tempo inteiro, mas entendi a necessidade quando comecei a ser muito assediado pelos fãs, principalmente em lugar muito tumultuado. No fim das contas Lincoln acabou se tornando um irmão também, mesmo com as nossas diferenças bem nítidas.

- Fala irmão! - Orochi estava acompanhado da Lara, que parecia mais a porra de uma chaveiro atrás dele. Aceno com a cabeça para cumprimenta-lá.

- O homem! - Dou uma risada tentando não mostrar muita timidez, por incrível que pareça ainda não me acostumei a ser elogiado.

- Demorou irmão. - Maneirinho diz extendendo a mão para cumprimentá-lo também.

- Nem me pergunte o porquê. - Digo enquanto olho Fernanda e Babi se habituando com o local e Maneirinho acompanha meu olhar, pousando tempo demais sobre elas.

- Pelo visto 'tava ansioso pra me ver, né? - Digo apertando forte sua mão e ele volta a atenção pra mim.

- Chupa minha pica, Ret! - Ele fala rindo e volta a olhar para a Bárbara. - Qual foi da mina, tá contigo? - Uma risada engasgada sai da minha boca confirmando o que eu já tinha sacado na primeira olhada, conheço meus pitbulls.

- Fica na tua. - Dou dois tapas no peito dele enquanto ele ri balançando a cabeça.

Começo a beber e conversar com os moleques, o que consegue enganar o meu cansaço durante boa parte da noite. Lennon finaliza o show e se junta com a gente, e até dançar esses caras me fizeram. Mas sempre que eu conseguia, pousava meus olhos em Bárbara para saber se estava tudo bem, mas era impossível com ela vestida daquele jeito. O que é preocupação vira tesão em questão de segundos.

Em uma vacilada que eu dou, Bárbara some da minha vista. Fernanda, que ainda estava no mesmo lugar, me avisa que ela tinha saído para ir ao banheiro já faziam alguns minutos e sem pensar duas vezes caminho entre os camarotes procurando a mesma. Ouço meu nome ser chamado algumas vezes mas estava preocupado demais para que conseguisse dar atenção.

Meu olhos pairam sobre a Bárbara entre um pequeno grupo de pessoas, com o dedo apontado na cara de um maluco duas vezes maior que ela. Bufo quando me dou conta que perdi o controle da situação assim que ela saiu da minha vista. Sinto meu sangue ferver quando o mesmo a segura forte pelo braço e em segundos estou entre os dois.

- Bora! - Seguro Bárbara pelos ombros e mesmo um pouco relutante, ela se põe a minha frente para sairmos do local.

- Isso aí, tira sua cadela daqui Ret! - Tudo a minha volta vira um imenso borrão, apenas a voz daquele cara soa em minha mente. Meus punhos fecham e me viro no mesmo instante ficando de cara a cara com ele.

- Do que você chamou ela? - Falo firme o peitando de frente. - Repete, caralho! - Ele olha para o lado e ri em deboche, aperto ainda mais o punho sentindo minhas próprias unhas me machucarem.

A voz de Bárbara chamando o meu nome repetidamente ecoa no fundo e quando levanto meu punho para acerta-lo, sou bruscamente puxado para trás sentindo meu corpo colidir com a parede. A figura de Licoln toma a minha frente acertando o cara em cheio e logo depois me puxando para fora da multidão. Tento me desprender e acertar aquele cuzão com as minhas próprias mãos, fazendo de engolir a porra do insulto junto com a língua.

Mantenho a carranca quando sinto a atenção sobre nós e celulares apontados na nossa direção. Lincoln faz uma muralha em nossa volta e quando me dou conta, estávamos caminhando em direção ao carro.

- O que passa na sua cabeça, caralho? Você tá maluco? - Licoln berra no leu ouvido enquanto abre a porta da X6.

- Caralho! Você acha que eu ia deixar o cara insultar ela assim, porra? - Berro de volta me sentando no banco traseiro e fechando a porta logo em seguida.

- Da próxima vez, vê se não esquece quem você é!

WAR com Filipe Ret • By ToryOnde histórias criam vida. Descubra agora