Capítulo 30

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P.O.V Bárbara Castro

- Nunca mais faça isso, Bárbara! - Tico diz em um mix de sentimentos que eu ainda não consegui distinguir. - Sério! Na próxima eu te busco até no inferno. - Ele aponta o dedo pra mim e eu levanto as mãos em rendição.

Filipe só assistia tudo com um sorriso divertido no rosto. Sento em minha mesa e tomo pra mim todos os papéis que Tico estava maluco tentando decifrar e resolver, em questão de minutos deixo tudo organizado e com post it's marcando os mesmos.
Estava tão distraída que notei que estávamos sozinhos quando Filipe saiu da cabine de gravação e pigarreou do meu lado.

- Aonde está todo mundo? - Pergunto quando o mesmo se apoia na mesa.

- Horário de almoço. - Ele diz e seus olhos caem sobre mim. Coro de vergonha e passo as mãos no cabelo para conter seja lá o que estiver de errado. - Achei que esse seria um ótimo momento para conversarmos. - Ele coloca meu cabelo atrás da orelha e meus olhos se colam aos seus, até seu polegar pousar em cima do meu lábio inferior. - Mas eu adoraria ouvir outra coisa saindo da sua boca.

Suas palavras me desestabilizaram no mesmo instante. Me contive para manter a compostura mesmo após arfar automaticamente. Sua voz estava mais grossa que o normal, talvez por que estivesse cantando durante algumas horas, mas foi o suficiente para uma onda de calor percorrer todo meu corpo.

Ainda com os olhos nos meus, ele se inclina sutilmente e roça o nariz próximo a minha mandíbula, me arrepiando por completo. A tensão entre nós aumenta quando somente as nossas respirações ofegantes tomam o local. Sua não pousa sobre a minha cintura, me fazendo levantar e me apoiar também sobre a mesa, fazendo com que o mesmo fique entre as minhas pernas. Filipe se afasta um pouco e seus olhos correm por todo meu corpo, como se eu fosse a mulher mais gostosa do mundo mesmo dentro de um conjunto de moletom.

- Sabe, Bárbara. - Arfo ao ouvir meu nome saindo de sua boca de forma tão sensual. - Eu até tento ficar com raiva de você, por causa das suas atitudes impulsivas, você sabe... - Ele continua mexendo no meu cabelo e volta a dar um passo na minha direção. - Mas a única coisa que passa na minha cabeça é como eu vou te foder - Ele beija meu pescoço e fecho os olhos apreciando o movimento. - Não tem um minuto que eu não te olhe, e não pense em formas de meter em você até acabar com essa tua marra.

Seus olhos nublaram e a agonia de não selar nossos lábios tomava conta de mim cada vez que ele roça nossos rostos. Uma de suas mãos saem do seu cabelo e descem para o meu pescoço segurando-o com firmeza. Só agora me dou conta de que não disse uma palavra desde que o mesmo se tornou tão próximo, era como se meu corpo estivesse hipnotizado por sua voz em meu ouvido.

- Então... me mostra. - Junto forças e continuo. - Me mostra como você quer me foder, Ret. - Sua boca se curva formando um enorme sorriso, talvez por ser a primeira vez que chamo por seu vulgo.

- Não... - Uma pequena risada escapa de seus lábios - Não é assim que vai funcionar. - Seu polegar volta a minha boca. - Você me deixou extremamente frustrado, e agora é sua vez, Bárbara. - Ele umedece os lábios e meus olhos correm sobre o mesmo.

- Agora é minha vez de que? - Minha voz sai quase como um sussurro.

- De aprender que isso não se faz, não se deixa pra trás um cara apaixonado do dia pra noite. - Sua palma segura meu rosto apertando as minhas bochechas quando uma risada escapa de meus lábios.

- Você está apaixonado? - Ele sorri nasalado e vira meu corpo bruscamente, fazendo com que eu apoie minhas mãos na mesa.

Suas mãos são rápidas e em um só movimento sinto minha calça de moletom sob meus pés. Suas mãos correram a base da minha coluna e eu empino ainda mais, bendita santa da calcinha bonita que tocou minha mente logo pela manhã. Filipe pesou a mão sob meu pescoço fazendo com que meu peito caísse sobre a mesa, me empinando ainda mais. Sem esperar, sinto um estalo em minha bunda e um gemido alto escapa da minha boca.

- Você tem sorte... - Ele diz e eu sinto sua respiração próxima a minha intimidade. - Eu me ajoelhei para poucas mulheres na minha vida, mas por você eu faria isso todos os dias. - Suas palavras aumentam ainda mais a tensão. Apenas a renda da calcinha separa seus lábios da minha boceta, e eu posso sentir o quanto ela está molhada sem ele nem toca-la.

A tortura começa quando Filipe coloca minha calcinha de lado, e nada faz. Me sinto observada e a agonia aumenta por não ser tocada. Penso em pedir, mas não daria a ele o gosto de me ver implorando para ser fodida. Pelo menos não agora. Sinto sua língua áspera e quente por toda extensão e em um movimento automático jogo a cabeça pra trás em excitação. Caralho, que boca! Ele passa um dedo dos dedos espalhando toda minha lubrificação e pulso.

Seus movimentos lentos e automaticamente calculados me dão vontade de gritar, ele está de fato me torturando e isso é pior do que eu imaginei. Ele começa movimentos circulares lentos no meio clítoris e eu fecho os olhos apreciando a sensação. Rebolo acompanhando seus movimentos mas logo sinto sua mão segurando firme minha bunda para que eu pare. E ele continua, devagar e calmo.

- Você quer mais rápido, Bárbara? - Ele pergunta ainda de cara com a minha intimidade. Concordo com a cabeça rapidamente. - Mas eu só vou acelerar se você me avisar quando for gozar. - Ele se levanta e sua boca encontra meu lóbulo. - Você vai me avisar? - Ele não para os movimentos enquanto fala.

- Vou. Vou avisar. - Suplico e sinto seu olhar queimar sobre mim.

- Boa menina.

Ele se abaixa novamente e antes de acelerar os movimentos, lambuza tudo com a língua me fazendo arfar já sem força. Rapidamente ele acelera os movimentos e não consigo mais conter meus gemidos, conseguia ouvir sua risada abafada a cada gemido alto que eu dava. Meu corpo enfraquece e sinto o orgasmo se aproximando, meu corpo se arrepia e junto palavras pra avisar.

- Eu vou... Eu vou gozar. - Filipe levanta bruscamente e seus movimentos param. - Que? Que porra é essa? - Digo incrédula quando toda aquela sensação some rapidamente.

- Isso foi pra você aprender! - Ele sorri e caminha até a porta da sala. O volume em seu short era nítido mas ele parecia não se importar com isso. - Agora vem, vamos almoçar!

Mas que porra acabou de acontecer?

WAR com Filipe Ret • By ToryOnde histórias criam vida. Descubra agora