35 | Uma noite

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»Jess«

E lá estava eu, nu do quadril para baixo, de quatro naquela cama de solteiro, apertando a fronha daquele travesseiro e gemendo baixo perdido no meu próprio prazer. Estava bom... Estava Tão bom que eu esqueci completamente que eu estava estressado e chateado, e gemer não era mais um medo, era uma vontade louca, uma necessidade de mostrar que eu queria mais...

- A-ar... Angelito... Estou gostando de te ver assim... - ele acariciou minhas nádegas após gozar e tirá-lo de mim, e não hesitei dessa vez, ainda de costas eu puxei sua mão o trazendo para bem perto de novo deslizando seus dedos pelo meu pau...

- Vo-você ainda não terminou comigo.

- Mm... Quer mais?

- Va-vai logo... – suspirei.

Ele puxou meu quadril chocando minhas nádegas em suas coxas deslizando dois de seus dedos para dentro me assustando assim que senti ele estocando aqueles dedos longos e grossos em mim, mordeu minha orelha quando apertei seu pulso me movendo em suas coxas e beijou minha nuca me masturbando ali até que eu gozasse mais uma vez.
- Prontinho, mi amor. Satisfeito?

Caí naquela cama exausto, procurando ar para que eu recuperasse meu fôlego depois de ter deixado ele fazer comigo como queria, e ri de mim mesmo já desistindo de resistir e expressar logo que eu havia gostado o puxando para um beijo lento demorado.

- Mmr... Sim. E-e para de ficar olhando pra mim assim, eu já falei que isso é estranho, não preciso ficar repetindo. - sorri pequeno abraçando seu pescoço brevemente, o que lhe fez abrir um largo sorriso feliz já que é a primeira vez em que respondo sinceramente sem hesitar e xinga-lo.
- Você... Não foi tão mal assim. - tranquilamente sussurrei, e quando nos separei percebi suas bochechas vermelhas... Sorri discretamente tentando desviar meus olhos dos seus porque eu estava sem jeito, ele riu todo bobo e se deitou junto a mim, todo desengonçado pelo pouco espaço mas mesmo assim colado querendo que eu o abraçasse mais apertado.

- Fico feliz por não me odiar tanto. - ele puxou o lençol e nos cobriu deitando em meu ombro, me olhando com um brilho nos olhos.

- Isso não quer dizer que parei de odiar você. - sorri discretamente virando meu rosto para que não fizéssemos um contato tão direto, já que eu Queimava de vergonha.

- As vezes eu nem acredito que esse é você. - ele riu.

- Ah vai à mer--

- Calma... É que pra mim é louco! Porque pensa... Eu tive uma chance para que você me conhecesse depois que eu peguei pra caralho no seu pé, você me ajudou muito em relação a faculdade, me deixou conhecer sua família, me deixou entrar em sua intimidade e... - ele segurou meu queixo ainda olhando meus olhos, sorriu pequeno e me beijou brevemente. Bem, foi um beijo e uma pausa para olhar o celular, um beijo e uma pausa, um beijo e uma pausa-- Até... Que alguém ligou, e esse alguém era o Marco. Eu esperei por uns três á cinco minutos aquela ligação rolar, eu estava pensativo e ansioso roendo as unhas, me perguntando o que eu iria fazer se ele estivesse lá em baixo ou, se ele já estivesse subindo... Será que ele me veria?
- Onde estávamos? Vamos... Beijar? - ele voltou a me segurar mas eu recuei:

- Não... Eu... Acho melhor voltar.

- Ma-mas por quê???? - ele me olhou triste e me puxou de volta:

- Aaah pelo amor de deus né--

- Relaxa... O Marco não vem mais se é essa a preocupação. A Nina e eles vão num... Motel.

Olhei com cara de nojo e fechei os olhos em desaprovação:
- Eu realmente não precisava saber disso.

Eu Odeio Amar O Meu InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora