28 | Azar de brinde

526 35 48
                                    


»Jess«

Acordei e me virei para olhar o Kai deitado no colchão do chão, estava observando ele dormir e fiquei pensativo sobre a madrugada... Eu me sinto tão diferente... Por mais que eu me sinta apreensivo em relação ao impacto que isso pode causar na minha vida quando eu me der conta, eu me sinto satisfeito com o que está acontecendo entre mim e o Kai. Eu brigo com ele, me estresso com ele, xingo ele... Mas depois a gente se beija, e Esse é meu jeito de expressar que eu não odeio ele. E agora por exemplo, me peguei fantasiando olhando seu corpo sem camisa, rapidamente me alertei quando ele se virou e abriu os olhos, e com um sorrisinho descarado ele bocejou:

- Por que está sorrindo?

- Nossa que falta de educação... Nem um bom dia. - revirei os olhos e me virei, mas quando me virei ele se jogou em cima de mim e segurou meus braços para cima:

- Falta de educação foi você me recusar ontem. Poxa, eu estava com tanta vontade... E você poderia... Poderia pelo menos...

Fiquei nervoso com a situação, ele estava sem camisa e só de short em cima de mim me falando aquelas coisas, eu sentia aquilo encostar em minha perna e fechei os olhos morrendo de medo! A porta estava trancada, mas a qualquer momento parecia que alguém iria entrar ali.

- Eu disse que iria pensar depois! E-e também não é assim que funciona! - empurrei seus ombros e saí dali o fazendo cair de cara na cama.

- Tsc! Aw... Você só me maltrata! - com aquela cara de bobão ele se sentou como uma criança birrenta.

- E você não desgruda de mim! - coloquei as mãos na cintura, ele sorriu e se aproximou de mim me puxando para a minha cama de novo...

- Deve ser porque seu corpo me chama. - ele beijou meu peito.

- Tsc! Solta!

- Você pensa com carinho sobre aquilo? - ele puxou meu quadril me juntando a ele, eu engoli seco e desviei meus olhos dos seus e respondi baixinho:

- A gente... Tsc! Tanto faz! Não deve ser tão difícil assim.

Ele me olhou com um largo sorriso e encheu meu pescoço de beijos, o que me fez lembrar de que já está de manhã e meu pai e a Jen obviamente podem estar por aí na casa.

- Ei, ei! Solta! Já... Já chega disso. Eu deveria te deixar apenas com vontade, chato. - engoli seco ao sem querer enquanto falava perceber que ele estava duro, e tentei desviar meus olhos mas estava tão chamativo que acabei me prendendo ali.

- Jessito... Cuidado com o que pensa, vai acabar babando. E até você decidir que basta de me deixar só na vontade, vou simplesmente fazer o que faz comigo.

- O que você-- tá doido? - olhei confuso sem entender, ele riu e acenou saindo dali com a toalha nos ombros.
- Que abuso...

A manhã hoje foi diferente: O Kai ajudou a Jen a cozinhar e eu fiquei estudando na sala. Não sei o porquê o Kai se ofereceu para ajudar, também não entendi o porquê eles conversavam tanto... Grr!! Eu não sabia se ficava curioso ou com raiva! Me levantei do sofá e levei meu livro pra cozinha, me sentei sobre a cadeira e agora fingi voltar a estudar só para tentar ouvir a conversa deles. E sério, não estava entendendo nada! O Kai do nada começou a falar sobre a culinária da cultura dele, e a Jen estava anotando num-- num papel???

- (O Kai tá passando alguma receita-- O que?????)

- Querido! O seu amigo estava me passando a receita do famoso "guacamole" ! É tão simples de fazer! - a Jen sorriu e ergueu o caderninho e a caneta dela, eu sorri sem graça e acenei não dando muita importância... Mas parece que tem alguém contra mim.

Eu Odeio Amar O Meu InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora