43 | Palavra de conforto

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» Kai «

- Kai, eu preciso ir agora... Me solta... - ele sussurrou tentando me desgrudar de suas coxas, mas eu estava tão emotivo, tão confuso e Tão feliz que simplesmente não conseguia solta-lo.

- Por favor... Não vá ainda... Preciso de você mais um pouco... - puxei suas mãos que não me tocavam, colocando-as sobre meus cabelos, e manhoso lhe pedi:
- Cuida de mim? - olhei para cima para ver seu rosto, e ele estava tão vermelho...

- Me diz... Como pode ser Tão chiclete? - ele suspirou.

- Eu ficaria muito feliz se cuidasse um pouco de mim. Eu sou seu, né? - sorri como uma criança olhando para ele esperando alguma reação que me fizesse pular de alegria, ele riu super vermelho e sem responder acenou concordando depois que eu sacudi seu braço insistindo em uma resposta, eu sinalizei para minha bochecha e ele a beijou, me fazendo sorrir tão bobo que me fez esconder o rosto... Que gay...

- Pare com isso, pare de manha que você não é assim. - ele me empurrou levemente.

- Você é mais velho, tem que cuidar de mim... - acariciei meu rosto em sua coxa com o mesmo sorriso de criança feliz.

- Você ainda não merece esse cuidado e carinho todo. - ele cruzou os braços.

- Como posso passar a mercer, Jessito? - tirei meu casaco e camisa, ele se afastou um pouco e praticamente me ameaçou com os olhos... Eu paralisei um pouco assustado já que ele de repente me olhou sério, mas aí eu ri porque só entendi depois...
- Não, não, Jessito... Eu só estou com calor. Isso não é nada.

- Não sei por que não acredito em você. - ele me olhou desconfiado, me fazendo rir ainda mais...

- Será que... Eu mereço um beijo?? - perguntei sem jeito. Completamente sem vergonha na cara...

- Hm... Não. Você não merece um beijo. - ele sorriu de canto, e parecia estar apenas me provocando.

- Nem na bochecha? - juntei as mãos, ele sorriu mais e negou. Eu cruzei os braços emburrado e me sentei longe dele, fazendo birra pra ver se ganhava pelo menos uma bitoca no nariz.

- Você tem dezoito ou dois anos? - ele sorriu.

- Você não gosta de mim. - virei a cara, ele riu e se levantou, e como eu achei que ele iria embora assim sem mais nem menos, segurei seu pulso antes que saísse dali:
- Onde vai...?

- Estou voltando para o alojamento, não posso voltar tarde.

Puxei sua cintura abraçando seu quadril descansando meu rosto em sua barriga, então sussurrei:
- Quando iremos nos ver de novo?

- "De novo" ??

- Vo-você não vem?? - perguntei num tom triste, ele riu do meu desespero, segurou meu rosto apertando minhas bochechas e sussurrou pra mim:

- Por que acha que vim? Foi para te ver... Para te entender. Está com medo de que eu não volte?

Acenei porque eu não conseguia falar, já que os meus lábios estavam sendo espremidos assim como minhas bochechas, mas ele assim murchou suas expressões, me olhou com os olhos brilhando e me disse o seguinte:

- Não posso descartar você da minha vida, infelizmente.

- I-infelizmente? - com dificuldade de falar lhe perguntei quando o vi tão pensativo.

- Tsc! Que droga... - ele coçou a nuca.
- Eu... Quero... Estar... É... Quero... Eu-eu quero dizer, dizer que... O-o que eu estou tentando dizer, é que eu sinto o-o mesmo, por você. O-o mesmo que diz naquela carta. - ele desviou os olhos dos meus ao percebe-los tão enormes expresando surpresa e satisfação, e eu estava tão feliz que só me dei conta de quando estava entre as pernas dele:

Eu Odeio Amar O Meu InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora