Um super na maior cidade do mundo. Corrupta e podre como nenhuma outra - explorada pela NonCorp, a empresa que deveria trazer o futuro.
Sem história. Sua irmã tirou suas memórias a pedido dele próprio - e ele não se lembra mais o motivo.
Perdido. En...
Convento Cassino, linha vermelha do vactubo - Nova Vegas; 09/30 m.0.
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Glurglias (zoo.): esta esquiva nova raça começou a ser vista durante as guerras austrais há seis anos atrás. Presumivelmente vieram de Atalamu mas diferente das outras raças de lá, não entraram em conflito com os humanos. Se espalharam pelo mundo e como as autoridades ainda não determinaram os seus direitos, tiveram que encontrar o seu nicho - muitas foram parar no entretenimento adulto. Só existem mulheres na raça – e nenhuma criança – e elas não falam sobre o seu passado ou de onde vieram. Por não causarem problemas, ninguém se importou até o momento sobre suas origens. Isto permitiu a elas espalharem-se pelo globo. Sabe-se que todas elas obedecem a algum tipo de figura superior dentre elas, mas sabe-se pouco sobre isso. Estima-se haver cerca de 10 mil indivíduos ao redor do globo. Ver: Guerras Austrais (hist..), Atalamu (loc.).
- do Dicionário dos Termos Zeranos - 13ª edição, editora zintra, pub. 11/29 m.0.
THYRSA
Nossa enfermaria é uma ilha de luz perdida nas trevas do salão principal. Nós a equipamos com alguns aparatos da medicina ao longo dos anos – um leito eletrônico por exemplo, além de um monitor cardíaco. A garota azul está segura. Suas roupas foram removidas, seu corpo lavado e os curativos feitos. Seu tormentador foi longe a ponto de arrancar um de seus mamilos, seu torso então está envolvido por ataduras. Outros ferimentos foram deixados – a perda da ponta do seu dedo mínimo.
BlackJack observa a mulher deitada. Seu coração se enche de pesar. A sua frente está alguém que não cometeu nenhum crime além de nascer. Sua armadura ainda está montada no salão do altar, então o homem ainda traja somente a calça e a máscara. Ele a tranquiliza acariciando seu rosto enquanto lamenta a crueldade humana. Antes de se virar para sair no entanto, a garota lentamente abre os olhos.
"Você... é o BlackJack, não é?"
"Sim, sou eu. Você está a salvo agora. Esse lugar é seguro. Você será bem cuidada e pode ficar o tempo que quiser. Sugiro ficar até seus ferimentos serem tratados."
Ela observa o estado do seu próprio corpo, a parte de seu dedo faltante. Seus olhos se enchem de lágrimas. São marcas permanentes. O tormentador não apenas causou a dor naquele momento único - é uma dor que vai durar para sempre. Um corpo outrora perfeito agora foi assinado pela marca maligna de um homem que era apenas uma besta selvagem. Ou até menos que isso.
"Sinto muito. Não se preocupa, você vai ficar bem."
"Eu ouvi histórias sobre você."
Ela segura a mão dele de forma suave, cada um de seus movimentos é tranquilo, sereno. Dizem que glurglias sempre se movem como se estivessem debaixo d'água. A verdade é que são assim só quando estão calmas.
