Capítulo - 89

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Está dando mais capítulos do que imaginei kkkkkk espero não está enjoativo
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O carro passa pela grade de proteção da ponte indo direto para o rio Han logo abaixo. A atenção de todos no carro está na janela da frente, tudo se silencia, dá pra escutar nossas respirações apavoradas.

Observamos em total pânico a água abaixo de nós, em poucos segundos o carro vai cair na água, essa água que está totalmente escura, não dá pra ver muita coisa por causa da escuridão da noite. A escuridão da madrugada, já que agora já deve ser uma três e pouca da manhã.

E obviamente, o carro chega até ela, caindo de ponta. O carro se choca contra a água provocando um solavanco, oq faz com que o italiano do primeiro banco bata com seu rosto no painel do carro o fazendo desmaiar.

Eu dei sorte já que tem um banco a minha frente, então não me machuquei.

O carro na água começa lentamente a afundar, nesse momento Mateo simplesmente esqueceu da minha existência, felizmente.

Nossa única preocupação nesse instante é sair do carro, a água começa a entrar no carro rapidamente, por sorte as janelas estão fechadas oq diminui a quantidade de água que entra.

Olho ao redor assustada, a água já está em meus joelhos ficando cada vez mais alta. Tento abrir a porta mais não consigo, a força da água está muito forte, a porta não faz o menor movimento sequer.

Tentei abrir as janelas, uma tentativa falha já que elas não querem abrir, e mesmo se abrirem seria uma coisa ruim parando pra pensar. Porque eu estou grávida, não passo pela janela, e com a janela aberta, iria entrar muito mais água aqui dentro.

Mateo assim como eu, tenta abrir a porta, mais não consegue. Ele então vai para um canto do banco e começa a chutar a porta com força com a esperança de que vá abrir.

Eu olho a ação com esperança que ele consiga, senão nós dois iremos morrer aqui afogados.

Com o passar do minutos a água do rio cobre o carro e ele se aproxima do fundo cada vez mais, a água já está quase no meu pescoço. Além de estar vermelha por causa do sangue que sai da minha barriga.

Começo a ficar sem ar, procuro desesperadamente por oxigênio, mais com o pânico que estou, toda vez que respiro parece que o ar vai acabando.

- ABRE!! - grito desesperada com lágrimas nos olhos.

A água vai entrando, e entrando... até que o carro chega no fundo do rio e a parte interna do veículo esteja totalmente com água.

Prendo minha respiração, e tento me acalmar, Mateo continua a chutar a porta. Até que finalmente... a porta se mexe um pouco dando uma pequena abertura.

Mateo que já está ficando sem ar, vai até a porta e começa a empurrar com bastante força, e devagarinho a porta vai abrindo.

Eu começo a perder os movimentos, luto comigo mesma para prender o ar que quer sair. Sinto uma sonolência, meus olhos ficam pesados querendo fechar, meu corpo fica mole, minha dor na barriga começa a desaparecer.

Eu...sei..oque...oque está acontecendo... n-não...posso... desmaiar...agora não

Tento me manter acordada.

Observo Mateo e vejo que ele finalmente consegue espaço suficiente na porta para passar. Ele como não é bobo, sai imediatamente nadando rapidamente para cima.

Eu vou até a porta com dificuldade. Passo por ela e olho pra cima, só consigo ver um pouco da claridade da ponte lá em cima. Aproveito que ainda tenho consciência e começo a ir pra cima, puxando com as mãos, tentando ir cada vez mais rápido. Estou mais pesada que o normal, oq faz com que eu suba lentamente.

𝙈𝙖𝙛𝙞𝙤𝙨𝙤Onde histórias criam vida. Descubra agora