Capítulo 7

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Dulce= Christopher! – o homem fechou a porta do carro, e o filho continuou gritando ao chorar. – O que houve lá dentro? Por que ele está assim?

Christopher= Porque está com sono! Vamos embora.

Dulce= Vou atrás com ele.

Christopher= Vá na frente! – apontou. – Ele vai parar!

Dulce= Ele não vai parar! Está se esgoelando!

Christopher= Uma hora ele se cansa! – jogou os ombros.

Dulce= Por que está estressado com ele? – franziu o cenho. – É uma criança! É o seu filho! O que ele te fez? – o homem respirou fundo. – Christopher, o que ele te fez para merecer isso?

Christopher= Vamos embora.

Dulce= Christopher! – chamou-lhe a atenção. – O que está acontecendo?

Christopher= Você pode fazer o favor de entrar no carro? – respirou fundo. – Estou te pedindo.

Dulce= Sim. Eu vou atrás com o Gustavo. – disse firme. – E você vai em silêncio na frente. – ele abriu a boca. – E nós não vamos discutir mais.

Christopher= Que seja. – bufou e afastou-se dela. – É a última vez que fazemos isso.

Dulce= O que disse? – seguiu-o, de fato não o ouvira por completo. – Não te entendi.

Christopher= Nós não participaremos de mais nada com os familiares da minha mãe.

Dulce= Mande? – ele abriu a porta do carro.

Christopher= Não iremos mais. – deu de ombros. – Já avisei. – entrou no carro.

Dulce= Você... o que? – piscou seguidas vezes e entrou em seguida.

Ela sentou-se no banco detrás, e no instante no mesmo instante, Gustavo estendeu os braços e gritou a plenos pulmões pela mãe. O assunto com o marido ficaria para depois.

Dulce= Tenha calma. – virou-se para o filho. – Calma, eu estou aqui.

Gustavo= Mamá! – soluçava pelo choro ininterrupto.

Dulce= Eu estou aqui, filho. – disse calma e suave, abrindo o cinto de segurança dele.

Gustavo= Mamá! Ma-má! – tocou o braço dela, tentando puxá-la.

Dulce= Gustavo, acalme-se. – o carro passou a se movimentar. – Eu estou aqui e está tudo bem. – tirou o menino da cadeirinha. – Eu estou aqui, meu filho.

Gustavo= Mamá! – aninhou-se no peito dela, escondendo o rosto em seu colo e apertando as mãos até amassar a camiseta da mãe. – Mamá... mamá... mamá miu...

Dulce= Mamãe não sumiu, meu amor. – abraçou-o. – Mamãe está aqui com você.

Gustavo= Mamá miu... – fungou. – Papá no... e... no... no...

Dulce= Mamãe não sumiu. – ela disse e olhou de soslaio para o marido, que encarava concentrado o trânsito. – E nem o papai. Estamos aqui. Estamos com você, meu amor.

Gustavo= Papá no... – subiu a mão até o rosto dela. – Mamá sí...

Dulce= Papai e mamãe estão aqui. – beijou os dedinhos dele. – Estamos aqui, meu amor. – lhe sorriu. – Você se divertiu hoje? – ele assentiu, ainda soluçando. – É mesmo, filho? – secou as lágrimas dele. – Você brincou com o Nico? – ele voltou a assentir. – Conta pra mamãe, príncipe. Você brincou?

Gustavo= Sí. – aos pouco passou a acalmar-se. – Mamá... – bateu de leve sobre si mesmo. – No quelo... no, mamá...

Dulce= O que você não quer? – ele puxou o casaco em si. – Ah, você não quer se agasalhar?

A Sósia - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora