A Sósia - Volume III

Capítulo 75

Dulce= Aceito a indução e o parto normal. – mirou o médico. – Mas preciso de um quarto individual ou vou ficar louca.

Luis= Eu posso tentar.

Dulce= Não, doutor, eu falo sério. – contraiu os lábios. – Longe de mim ser soberba e eu odeio a ideia de que o dinheiro pode comprar tudo, mas pelo amor de Deus, eu pago o que for para ter um pouco de paz neste momento. Preciso de um quarto individual!

Luis= Prometo conseguir algo. – então assentiu. – Posso fazer o exame?

Dulce= Pode fazer o que quiser agora! – riu ao final.

O médico realizou o exame de toque, mas o resultado não fora muito animador ao ver que ela tinha apenas três centímetros de dilatação. Ainda assim, preferiu transferi-la de quarto antes de tentar uma indução ao parto.

O novo quarto da morena era agora bem equipado, com uma espaçosa banheira, já que o banho morno contribuía para o relaxamento muscular e a dilatação dos vasos. Além disso, o ambiente também contava com cromoterapia, a luz mais baixa no ambiente relaxara quase que imediatamente a diretora.

Dulce optou por fazer os exercícios na banheira, praticamente se esquecera de onde estava e que tinha qualquer tipo dor; estava finalmente confortável.

Christopher= Amor? – entrou no quarto e notou o ambiente todo azul.

Dulce= Hm? – estava confortavelmente deitada na banheira, deslizando as mãos pela barriga

Christopher= Hey... – sorriu ao vê-la tranquila. – Está com uma carinha boa!

Dulce= Estou no paraíso! – sorriu de olhos fechados. – Isso era tudo o que eu queria, não vou pedir por mais nada. – ele riu baixo. – Acabei de falar com a Carlinha e a Nat, agora posso dizer que elas estão mais ansiosas do que eu!

Christopher= Fico aliviado por te ver tranquila assim. – sentou-se na beirada da banheira e ela abriu os olhos. – Acabei de falar com o Liam.

Dulce= E o Guga?

Christopher= Chegou bem da creche, está jantando com o Tim, os dois com a energia toda! – riu com ela. – Pobre do Liam!

Dulce= Graças a Deus... – suspirou.

Christopher= Seu pai e a Norma sairão do México daqui a pouco, às 18h. – pincelou o dedo no nariz dela. – Virão direto para cá. Norma disse que está tentando uma liberação para entrar no momento do parto e poder te ajudar... se fazer presente, pelo menos. Se você quiser, claro.

Dulce= Eu adoraria, porque ela me acalma. – segurou a mão dele. – Minha avó virá?

Christopher= Sim. Assim o seu pai consegue ficar com o Guga e ela dá um suporte na parte auditiva. – acariciou-lhe a mão. – Ela já está com idade para cuidar dele sozinha, né?

Dulce= Sim, claro, é uma estratégia inteligente. – assentiu.

Christopher= Christian está gravando a semana toda em Chiapas, então Maite está sozinha com as crianças e precisa dos meus pais para dar uma ajuda, por isso os dois não virão agora, mas minha mãe já disse que está completamente à disposição para nos ajudar.

Dulce= Podemos intercalar toda essa ajuda? – sorriu de lado. – Primeiro o meu pai, depois os seus pais, e depois a minha mãe. Um por vez, sem encher a nossa casa de gente.

Christopher= Não só podemos, como devemos! – deu um selinho nela. – Não quero enlouquecer agora. – brincou. – Como está a dor, vida?

Dulce= Honestamente, acho que estou longe do momento do parto. – confessou, deitando o rosto na coxa dele. – As contrações ainda estão num ritmo lento, demorado, e nessa água eu não sinto quase nada de dor.