Capítulo 79

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Christian= O que deu nele, hein? – sussurrou para a irmã. – Apareceu do nada no hotel, disse que queria que viéssemos tomar café.

Maite= Pensei que vocês já tivessem tomado café, porque você disse que ia levar o Guga para a escola. – mirou a cunhada.

Dulce= Mai, se você que o conhece há mais de 30 anos não o entende, imagine eu que só tenho míseros cinco anos de experiência. – deu de ombros e a cunhada gargalhou.

Maite= Você o conhece melhor do que ele mesmo, brasileira ordinária!

Dulce= Ah... – riu ao desconversar. – Mas e aí, como foi a primeira noite?

Maite= Foi ótima. Nós chegamos no hotel e eles desmaiaram.

Christian= Disse para a Mai que o Victor acaba com a energia de qualquer criança.

Dulce= Gustavo estava igualzinho! – ajeitou a filha no seio. – Dormiu aquela hora que vocês ainda estavam aqui e não acordou durante toda a noite. E olha que essa daqui chorou, hein? Estava uma verdadeira sinfonia!

Maite= Você é danada, hein, dona Camila?! – a menina desviou o olhar para seguir a voz, mas não soltou o seio da mãe. – E dá todo o trabalho que o seu irmão não deu!

Dulce= Vou confessar... – negou com a cabeça. – Às vezes eu olho para o Guga e só consigo pensar: você me enganou com esse jeito bonzinho, eu acreditei que todas as crianças eram essa tranquilidade toda!

Christian= Eu disse! – riu com ela. – Eu sempre te disse que o Gustavo não dava trabalho! Os dois de casa são um furacão!

Maite= Nicolas me deixava louca! – encostou-se no marido. – Com Richie, por incrível que pareça, acho que eu peguei o jeito mais rápido, mas eu padeci com o Nico!

Dulce= Deus sabe o que faz, né? Porque se a Camila tivesse vindo primeiro, eu não teria um segundo filho nunca! – o casal gargalhou. – Não teria mesmo! E seu irmão ia passar o resto da vida me ouvindo reclamar!

Maite= Não exagere!

Dulce= Eu falo muito sério! Mai, ela não dorme! Quando acorda três vezes durante a noite, é lucro, porque normalmente são, pelo menos, umas cinco. E durante o dia ainda faz birra pra dormir. – sentiu a mão da menina em seu peito e então abaixou o rosto para ela. – É de você que eu estou falando mesmo, mocinha. – a menina a encarava. – É de você, sim! Você sabe que apronta, né? Não sabe? – a pequena tirou a boca do seio da mãe e sorriu. – Linda! Não quer mais? Posso guardar? – a menina abocanhou novamente o seio dela. – Tá bom, mocinha, é todo seu.

Maite= Eu senti dor para amamentar os dois, mas quando eu vejo uma cena assim, eu me derreto. – suspirou. – Era doloroso, mas ao mesmo tempo tão gostoso ter os dois pendurados desse jeito.

Dulce= Mas a Cami não curte muito, não, sabia? É que ela acordou agora há pouco, então está mesmo com fome, mas normalmente, ela mama e solta logo. Diferente do Guga... – riu baixo. – Ele, às vezes, nem sugava nada, mas ficava ali, pendurado feito um macaco em mim!

Christian= Ele é homem, né, Dul? Tá treinando para não decepcionar a mulherada no futuro!

Dulce= Christian!

Maite= Amor! – olhou feio para ele.

Christian= Ué! – deu de ombros.

Dulce= Christopher é igualzinho, só fala porcaria! – girou os olhos.

Christian= Mas é verdade, o que eu posso fazer? O treino começa na infância!

Christopher= O café estará pronto em cinco minutos. – voltou para a sala.

A Sósia - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora