Capítulo 56

457 45 111
                                    

Seguiu para o próprio quarto, viu a porta do banheiro fechada e a fresta de luz por debaixo da porta.

Christopher= Dulce? – deu um toque, esperando a autorização da morena para entrar ali. – Dul? – abriu a porta. – Dulce!

Assustou-se ao ver a morena sentada sobre a tampa do vaso sanitário, usando apenas a lingerie e chorando compulsivamente e em silêncio; sentiu-se horrível diante de tal cena.

Christopher= Dul... – ajoelhou-se de frente para ela. – Dul... – tocou-lhe o rosto. – O que houve? O que...

Dulce= Não... – disse entre soluços. – Não aguento...

Christopher= Calma. – tirou os fios castanhos que caíam sobre os olhos dela. – Eu estou aqui, meu amor... estou aqui com você.

Dulce= Estou cansada. – o peito subia e descia com pressa. – Estou tão cansada, estou esgotada, não aguento mais... os altos e baixos, não saber como fazer as coisas, não conseguir... não conseguir resolver... não entender você, não entender o Gustavo, não me entender, não...

Christopher= Vem cá. – colocou os braços dela ao redor de seu pescoço. – Segure-se em mim.

Dulce= Eu não...

Christopher= Shh... – segurou-a pela cintura e levantou-se com a morena. – Segure-se em mim, amor! Vai!

Dulce= Eu não estou...

Christopher= Anda, vida... por favor. – ela cedeu e passou as pernas pela cintura dele.

Dulce= Não sei o que...

Christopher= Não tem que dizer nada. – adiantou-se. – Só confie em mim. – entrou com ela no box, abriu o chuveiro e estendeu apenas uma das mãos para sentir a temperatura. – Vamos juntos, está bem? Você e eu. – beijou-lhe a bochecha. – Como sempre.

Ela não respondeu, nem mesmo questionou o fato de que ele não tirara a roupa, Dulce parecia apenas calar. Ainda assim, Christopher soube que poderia avançar; a esposa sempre confiaria em qualquer gesto vindo dele.

Entrou com ela embaixo do chuveiro, deslizou uma das mãos pelos cabelos da morena, e no instante seguinte as lágrimas dela já haviam voltado.

Dulce encostou o rosto sobre o ombro do marido e colocou para fora toda a angústia, a tristeza, as saudades e o quanto se sentia sobrecarregada naquele momento; vivia a mais feliz e desafiadora fase de sua vida.

Christopher= Chore o que precisar. – beijou a pontinha do nariz dela. – Eu estou do seu lado e não vou sair nunca. – ela fechou os olhos. – Amo você, minha vida.

Ele cumpriu cada segundo de tal promessa e não soltou a morena, mesmo quando Dulce colocara os pés no chão, ele manteve os braços ao redor de sua cintura e a cuidou com carinho.

Passou o shampoo nos cabelos dela, depois fez o mesmo com o condicionador e atentou-se ao tirá-lo com delicadeza, distribuindo beijos pelo rosto da esposa.

Passou o sabonete pelo corpo dela, acariciando a barriga da esposa por mais tempo e fazendo graça ao mencionar Camila.

Dulce, entretanto, não conseguia sorrir, seus olhos não paravam de soltar lágrimas, ainda que os soluços e o choro forte já tivessem parado.

Christopher separou-se dela apenas para pegar a toalha de banho, logo enrolou a morena no tecido, colocou-a em seu colo e a levou de volta para o quarto.

Ela colocou a lingerie, mas antes que pudesse pegar o pijama, Christopher já havia sentado na cama e ficado atrás dela.

Colocou o cabelo da esposa para frente e depois despejou o hidratante pelas costas dela, deslizando as mãos por toda a região e sentindo facilmente a tensão nos ombros da morena.

A Sósia - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora