Seguiu para o próprio quarto, viu a porta do banheiro fechada e a fresta de luz por debaixo da porta.
Christopher= Dulce? – deu um toque, esperando a autorização da morena para entrar ali. – Dul? – abriu a porta. – Dulce!
Assustou-se ao ver a morena sentada sobre a tampa do vaso sanitário, usando apenas a lingerie e chorando compulsivamente e em silêncio; sentiu-se horrível diante de tal cena.
Christopher= Dul... – ajoelhou-se de frente para ela. – Dul... – tocou-lhe o rosto. – O que houve? O que...
Dulce= Não... – disse entre soluços. – Não aguento...
Christopher= Calma. – tirou os fios castanhos que caíam sobre os olhos dela. – Eu estou aqui, meu amor... estou aqui com você.
Dulce= Estou cansada. – o peito subia e descia com pressa. – Estou tão cansada, estou esgotada, não aguento mais... os altos e baixos, não saber como fazer as coisas, não conseguir... não conseguir resolver... não entender você, não entender o Gustavo, não me entender, não...
Christopher= Vem cá. – colocou os braços dela ao redor de seu pescoço. – Segure-se em mim.
Dulce= Eu não...
Christopher= Shh... – segurou-a pela cintura e levantou-se com a morena. – Segure-se em mim, amor! Vai!
Dulce= Eu não estou...
Christopher= Anda, vida... por favor. – ela cedeu e passou as pernas pela cintura dele.
Dulce= Não sei o que...
Christopher= Não tem que dizer nada. – adiantou-se. – Só confie em mim. – entrou com ela no box, abriu o chuveiro e estendeu apenas uma das mãos para sentir a temperatura. – Vamos juntos, está bem? Você e eu. – beijou-lhe a bochecha. – Como sempre.
Ela não respondeu, nem mesmo questionou o fato de que ele não tirara a roupa, Dulce parecia apenas calar. Ainda assim, Christopher soube que poderia avançar; a esposa sempre confiaria em qualquer gesto vindo dele.
Entrou com ela embaixo do chuveiro, deslizou uma das mãos pelos cabelos da morena, e no instante seguinte as lágrimas dela já haviam voltado.
Dulce encostou o rosto sobre o ombro do marido e colocou para fora toda a angústia, a tristeza, as saudades e o quanto se sentia sobrecarregada naquele momento; vivia a mais feliz e desafiadora fase de sua vida.
Christopher= Chore o que precisar. – beijou a pontinha do nariz dela. – Eu estou do seu lado e não vou sair nunca. – ela fechou os olhos. – Amo você, minha vida.
Ele cumpriu cada segundo de tal promessa e não soltou a morena, mesmo quando Dulce colocara os pés no chão, ele manteve os braços ao redor de sua cintura e a cuidou com carinho.
Passou o shampoo nos cabelos dela, depois fez o mesmo com o condicionador e atentou-se ao tirá-lo com delicadeza, distribuindo beijos pelo rosto da esposa.
Passou o sabonete pelo corpo dela, acariciando a barriga da esposa por mais tempo e fazendo graça ao mencionar Camila.
Dulce, entretanto, não conseguia sorrir, seus olhos não paravam de soltar lágrimas, ainda que os soluços e o choro forte já tivessem parado.
Christopher separou-se dela apenas para pegar a toalha de banho, logo enrolou a morena no tecido, colocou-a em seu colo e a levou de volta para o quarto.
Ela colocou a lingerie, mas antes que pudesse pegar o pijama, Christopher já havia sentado na cama e ficado atrás dela.
Colocou o cabelo da esposa para frente e depois despejou o hidratante pelas costas dela, deslizando as mãos por toda a região e sentindo facilmente a tensão nos ombros da morena.
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A Sósia - Volume III
RomanceDulce cresceu, aprendeu e amadureceu durante os quatro anos no México. Chegou ao país solteira, com o objetivo de entrar na acalmada emissora, Televisa. Terminou ganhando muito mais do que apenas um emprego, ela encontrou o amor de sua vida, casou...