Capítulo 8

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Christopher= Dulce, eles disseram "o seu visto está liberado"? – ela o olhava sem compreender tais perguntas. – Usaram essas palavras?

Dulce= Estou dizendo que sim, amor! – perdida. – O visto foi liberado e é para eu passar lá, qual o problema?

Christopher= Não é um problema. – arfou. – Também me ligaram.

Dulce= Que ótimo, assim já fazemos tudo junto. – sorriu. – Vamos daqui a pouco, pode ser? Eu só preciso tomar um café e me organizar.

Christopher= Acho que...

Dulce= Antes vai ficar muito corrido. – adiantou-se. – E se eu ficar sem comer, a Camila começa com...

Christopher= Não é isso. – cortou-a. – É que eu não sei se liberaram o meu visto.

Dulce= Mande? – parou de falar. – Como que... como é que não?

Christopher= Me disseram para passar lá. – inseguro. – Não me disseram que o visto foi liberado.

Dulce= E não é a mesma coisa? – riu e levantou-se. – Você inventa cada...

Christopher= Dulce! – disse ríspido e ela assustou-se.

Dulce= O que é? – franziu o cenho. – Não é possível que você esteja realmente encrencando com isso!

Christopher= O que eu ouvi foi bem diferente do que você ouviu.

Dulce= Amor... – suspirou e sentou-se outra vez. – Quer parar de ficar nervoso à toa, por favor?

Christopher= Quer me levar a sério, por favor? – rebateu com leve ironia.

Dulce= Eu levo a sério, mas é que realmente...

Christopher= Estou com medo! – fechou o notebook. – Pô, Dulce, será que agora você entende?

Dulce= Perdão. – levantou uma das mãos em sinal de paz. – Desculpe, eu não disse por mal.

Christopher= O que eu faço se não puder ir contigo? – desviou o olhar e a mirada parou sobre o porta-retrato com a foto do casamento. – Porra.

Dulce= Hey, hey. – tocou o rosto dele e o fez encará-la. – Essa não é uma opção.

Christopher= Sejamos realis...

Dulce= Não é uma opção! – repetiu com firmeza. – Não vou a lugar algum sem você. O mundo que se vire com isso.

Christopher= Dulce...

Dulce= Sem medo. – beijou-lhe o canto dos lábios. – Confie em mim. Nós vamos ficar bem.

Christopher= Essa ligação acabou com a minha confiança. – sussurrou. – Porque eu não paro de pensar que...

Dulce= Então pare de pensar em tudo. – espalhava os beijos pelo rosto dele. – E só aproveite o tempo com a sua esposa. – mordeu o lábio inferior dele. – Sua pessoa favorita no mundo. – sorriu entre o contato. – A pessoa que mais te ama. – colocou o notebook no sofá e subiu no colo dele. – A pessoa que faz qualquer coisa nesse mundo por você. – ele a abraçou. – A pessoa que quer a vida inteira contigo, contigo.... e contigo.

Christopher a beijou em seguida, e o fez com tanto desejo, que o contato estendeu-se por longos minutos naquele sofá. Em seu interior, algo o incomodava e dizia que as coisas talvez não terminassem tão bem, mas queria acreditar em Dulce, a confiança da morena era capaz de fazê-lo mudar de opinião; ela era capaz de modificar qualquer coisa nele.

Tomaram o café da manhã ainda esparramados sobre o sofá na sala, e Baleia beliscou alguns pedaços de pão que Dulce lhe dera a cada momento distraído de Christopher.

A Sósia - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora