Capítulo 41

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A ideia era um cap normal de conteúdo +18 e saiu uma coisa tão... Não vou dar spoiler, mas espero que ninguém tenha se decepcionado, é isso rs E a mídia é pra quem tiver curiosidade em saber qual a música que o Jason tava ouvindo.

Agora bora pq hoje vai ser de matar o coração... É sério, até pra quem não tá acostumado a ler hot, eu recomendo. No final todo mundo vai entender.

"Me deixe te fazer queimar,
pingue, derrame,
Faça o que quiser e me leve ao paraíso." — Bad Alive, WayV.

" — Bad Alive, WayV

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2020.

As últimas palavras de Charlie me fizeram esperar no seu quarto, andando de um lado para o outro à espera de uma coisa que eu não tinha nem coragem de nomear, mesmo sendo tão óbvio.

Ele disse que iria tomar um banho, pois não havia feito isso ainda no dia, mas eu sabia que o miserável só queria me fazer sofrer por antecipação. Enquanto isso, comecei a mexer nas coisas jogadas em cima da escrivaninha e retirei um Marlboro do maço ao encontrá-lo aberto. Busquei com os olhos por um isqueiro e encontrei o do guri, então acendi a ponta para tragar enquanto esperava por ele.

Haviam algumas caixas semi-abertas ao lado da cama que eu sabia serem de encomendas que Charlie se viciou em fazer durante a quarentena. Sem vergonha na cara, levantei a tampa de algumas e encontrei kits de máscara e álcool em gel, produtos de skin care, blusas de kpop e bottoms. Ri ao ver tanta coisa que o guri havia comprado nas últimas semanas, já estava se tornando um vicio.

Voltei para a escrivaninha e percebi uma pequena caixa de som envolta em plástico-bolha parcialmente aberto, como se Charlie tivesse começado a abrir, se lembrou de fazer outra coisa e esqueceu de terminar. Retirei o restante da embalagem e pressionei o botão de liga e desliga, e então um sensor de luz vermelha se acendeu e a caixa ligou.

Corri para meu quarto a fim de pegar meu celular e voltei, ansioso para testar a caixa. Consegui conectar ao Bluetooth com facilidade e reconheci o dispositivo tailandês no meu celular.

Abri minha playlist — que havia se renovado infinitas vezes na última semana — e sorri ao ouvir em uma altura razoável os primeiros toques do piano de "Dream a Little Dream of Me". A qualidade não estava boa, mas não por culpa da caixa de som e sim da música datada de 1940 ou 50, eu não me lembrava bem. Mesmo assim, a versão de Doris Day estava boa saindo da caixa.

— Taehyung.

A voz repentina de Charlie me fez virar de susto para ele, como se fosse pego cometendo algo errado. Primeiro, foi o choque pela presença repentina na porta, e segundo porque ele estava de samba-canção preta, um casaco moletom da mesma cor com as mangas dobradas para cima e os cabelos descoloridos estavam molhados e caindo na testa; a visão de alguma forma me dava vontade de admirá-ló eternamente.

— Que que tu disse?

— Taehyung. — Ele sorriu como se acabasse de matar uma charada. — Virou seu idol favorito. Eu nunca iria adivinhar.

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