Capítulo 4: Ômega Destinado

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  Existe uma lenda Chinesa/japonesa chamada ‘Akai Ito’, a lenda do fio vermelho. Esta é uma lenda que diz que quando a pessoa é destinada a outra, ambas têm um laço vermelho que as ligam, no dedo mindinho. O laço pode embaraçar, emaranhar, mas ele nunca quebra. O laço não é visível a olho nu, mas está lá desde o momento do nascimento. Quanto mais longo estiver o fio, mas longe as pessoas estão e mais tristes estarão. Sequer a morte o rompe, apenas o alarga para se encontrarem em outra vida.

Segundo a lenda, após o nascimento das crianças é amarrado um fio vermelho invisível naqueles que estão destinados a serem almas gêmeas. Essas pessoas podem até ter outros relacionamentos, mas não serão felizes, pois no momento ainda não estão com o seu pretendente escolhido pelo destino. O Universo escolheu o destino de cada um na Terra e o primeiro e o mais importante deles, foram os Black White.

O único casal da terra ligado por uma só alma, que não importa para onde vão ou quantas vezes nasça, são destinados a ficarem juntos. E embora a maldição continuasse perdurando e os separando de milênios e milênios, não eram suficiente e nem capazes de diminuir o amor que eles nutrem um pelo outro. De novo e de novo, sempre se amariam cada vez mais, não importando quantos milênios passassem.

E para Jeong Kuk, olhar para aquele Ômega em sua frente com seus olhinhos pequenos arregalados e lábios vermelhos fartos e entreaberto. Enquanto sentia seu cheiro de morangos e chocolate, não tão doce com um toque amargo do cacau, fazendo o seu lobo se mexer afetado, o deixou atordoado. O fez se encher de um sentimento que nunca sentiu antes, um sentimento que Jeong Kuk não conseguia rotular agora.

O Ômega de cabelos escuros e nariz pequeno o olhando em transe após se esbarrar em si de repente, era diferente. Era diferente de tudo que já contemplou com seus olhos em toda sua vida. E isso o deixou irritado, Ômegas solteiros em um baile como aquele, estava apenas com um pensamento em suas mentes, casamento. E Jeong Kuk estava correndo léguas de Ômegas desse tipo.

— me perdoe! — pediu Jimin ao sair do transe, percebendo envergonhado que estava encarando o Alfa a tempo demais sem dizer nada.

E quando ouviu o seu nome e se virou para ver o lorde Kang vindo em sua direção. Então se virou para frente e olhou para os lados em busca de uma saída, uma fuga para não ser indelicado. E quando seus olhos se voltaram para o Lúpus em sua frente, mordeu o lábio e arriscou.

— então, qual o seu nome, milord? — perguntou Jimin tentando passar o recado de que estava ocupado para o lorde Kang.

— quer que eu acredite que não saiba meu nome? — perguntou Jeong Kuk em um grave erguendo a sobrancelha, embora tenha apreciado a voz doce do Ômega.

— pois, não? — perguntou Jimin franzindo o cenho, não esperando que o Lúpus fosse ser rude consigo.

— ah, por favor, essa é uma nova técnica de abordar alguém? — perguntou Jeong Kuk revirando os olhos e Jimin abriu a boca incrédulo.

— pois fique sabendo, que eu não sei quem é o senhor e não estou nem um pouco interessado em saber — rosnou Jimin com firmeza entre dentes para o maior, antes de passar por si e desaparecer entre as pessoas curiosas.

O Lúpus estava impressionado.

O Ômega rosnou para si como um gatinho raivoso e se quer teve medo de sua presença. Apesar de não ter se movido um mínimo milímetro, o Ômega apenas passou por si e saiu, o deixando curioso e excitado. Desde de sempre, por ter tudo o que quer e todos cederem muito facilmente por o temerem, passou a gostar de desafios. E aquele Ômega soou como um desafio para si, o fazendo sentir muito mais do que desejo.

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