Capítulo 14: Sensação de Abandono

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  As pessoas costumam dizer que há muitas maneiras de lidar com os problemas sentimentais. Mas nenhuma é tão eficaz quanto enfrentar o sentimento, reconhecer e por último o aceitar. Acontece que o Ômega não sabia o que exatamente era aquilo em seu peito. Não teve muitas chances para conhecer Alfas antes daquela temporada, talvez fosse apenas o seu lobo lidando com o primeiro contato com Alfas sem ser o seu irmão e os criados.

Ou talvez estivesse em algum tipo de encanto pelo Lúpus. O Príncipe era lindo, não dava para negar, além de ter um cheiro maravilhoso, era a escolha de qualquer Ômega. Mas não era somente seu lado lupino que era afetado, todo o seu corpo e pensamentos também e isso se tornava tão perigoso. E só bastou o Lúpus chegar mais perto, para que o seu lobo se agitasse e entrasse em êxtase, se revirando dentro de si.

O moreno parou ao lado do Ômega e olhou ao redor, vendo a carruagem pronta e o Ômega trocado, o fazendo erguer a sobrancelha curioso. Olhar para o Ômega a primeira vez depois de dois dias sem o ver, era uma sensação que Jeong Kuk não conseguia definir exatamente. Podia sentir o seu lobo se agitar, mas dessa vez não violentamente, de um jeito mais controlado.

— alteza? — chamou Jimin ao ver o moreno parado o encarando.

— olá, Jimin — cumprimentou Jeong Kuk surpreendendo o Ômega e a criada pelo uso do nome — está indo há algum lugar? — perguntou voltando a olhar para a carruagem.

— ah, eu... sim, vou sair agora — respondeu Jimin mordendo o lábio, sentindo o seu coração acelerado.

— onde? — perguntou Jeong Kuk erguendo novamente a sobrancelha em curiosidade.

— vou até a vila — respondeu Jimin olhando ao redor, embora sua cabeça pedisse que fugisse, seu lobo insistia em querer ficar perto — quer ir comigo? — convidou de repente, se surpreendendo pela seu próprio convite.

— certo, vamos! — concordou Jeong Kuk se aproximando mais, o que fez Jimin se afastar em reflexo, fazendo o moreno franzir o cenho.

— certo... — disse Jimin olhando para o buquê, esse que o Lúpus se lembrou e estendeu em sua direção.

— são para você — disse Jeong Kuk entregando o buquê para o Ômega, que o pegou e o levou até em frente ao rosto.

— são lindas, obrigado! — agradeceu Jimin as cheirando e entregando para uma segunda criada na porta da mansão.

— podemos ir? — chamou o Lúpus esperando o Ômega na porta da carruagem, o ajudando a subir.

Após começarem a andar, o Ômega permaneceu em silêncio, não sabia o que dizer. Poderia até acabar desencadeando mais sentimentos confusos com uma conversa errada e não podia arriscar. Então escolheu se manter em silêncio, até se lembrar para onde estavam indo e sorrir. Tinha algum tempo que não ia ver as crianças, já estava com saudades dos filhotes e das pessoas de lá.

— para onde estamos indo? — perguntou Jeong Kuk incomodado com o silêncio.

Normalmente apreciava bastante o silêncio de um Ômega, mas não sendo Pak Jimin esse Ômega. Então ao ver o menor sorrir sozinho e tão distante, o fez ficar irritado e mais curioso ainda.

— na área pobre da vila, lá tem algumas famílias humildes — começou Jimin a contar animadamente para Jeong Kuk sobre o lado mais pobre da vila — eu sempre vou até eles e ajudo no que posso — completou sorrindo largamente, enquanto Jeong Kuk o ouvia atentamente.

— agora estou curioso, por que tem tantos buquês de flores? — perguntou Jeong Kuk se referindo aos vários buquês em todo canto da carruagem.

— ah, elas iriam murchar em casa e alguns Ômegas gostam, por quê não dar a eles? — respondeu Jimin ficando levemente corado, fazendo Jeong Kuk sorrir impressionado.

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