Capítulo 10: O Teatro

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  O amor é o sentimento mais elevado que podemos sentir. Aliás, a força dessa emoção é tão forte que nenhuma barreira pode quebrar a ligação feita entre dois corações, nem mesmo a morte. Para o amor, não há tempo nem espaço. E com isso, há uma teoria baseada em encontros cármicos, que diz que duas almas gêmeas são aquelas que já se amaram em uma vida passada. São ligações de amor feitas em vidas passadas, que enfrentam milênios de reencarnação e escolhem se encontrar vezes sem fim.

São consciências que possuem uma essência tão complementar que não existe outra possibilidade senão o eterno amor. Além disso, como já se conhecem muito bem daquela outra vida, os dois têm todo o conhecimento e sentimento em seu subconsciente. E quando as duas se reencontram, reaparece a atração imediata, o amor apaixonado com tal força que nada nem ninguém o faz quebrar. Não se trata de encontros, mas sim reencontros que podem ser amorosos, que perduram infinitamente.

Para o casal Black White, não era apenas um encontro de almas gêmeas. Eram duas partes de um única alma que se reencontram a cada mil anos, para viver um pouco mais do seu amor eterno. Nenhum outro casal de almas gêmeas tem um amor tão genuíno e único como Jeon Jeong Kuk - o Black - e Jeon Jimin - o White - na face da terra.

O Ômega mordeu o lábio um tanto corado - pelo olhar intenso do Lúpus sobre si - começando a descer as escadas. O menor parou ao lado do Alfa e de frente para o Lúpus, que ainda o olhava intensamente. O que fez Chan Yeol Alfa limpar a garganta, fazendo os outros dois desviarem os olhos. Jimin olhou para baixo e Jeong Kuk olhou para o Alfa com uma sobrancelha erguida.

— está com pigarro, Chan Yeol? — perguntou Jeong Kuk abrindo um sorriso ladino — dizem que chá de hortelã é bom, devia tentar — completou debochado, fazendo o mais velho mostrar as presas e Jimin o segurar.

— Hyeong, pelo amor do Universo! — pediu Jimin entrando no meio dos dois, sabia que seu irmão não teria chances contra o Lúpus.

— é Hyeong, pelo amor do Universo — debochou Jeong Kuk novamente, recebendo um olhar irritado do menor.

O que fez o Lúpus sorrir, finalmente conseguindo o seu objetivo, sentir o cheiro do Ômega começar a mudar. O cheiro levemente amargo do chocolate o deixava divinamente atraente, era magnífico!

— alteza, será que poderíamos ir agora? — perguntou Jimin entre dentes, fazendo o Lúpus lamber os lábios.

— oh sim, claro! — respondeu Jeong Kuk mantendo o sorriso, ao se afastar e permitir que o Ômega fosse na frente.

— onde está a Rosé, Jimin? — perguntou Chan Yeol pronto para impedir o Ômega de ir com o Lúpus.

— ela está lá fora, Chani — respondeu Jimin passando pelo moreno e andando para a porta principal.

O Lúpus ficou olhando o menor passar por si, piscando demoradamente ao sentir o seu cheiro delicioso. Então abriu os olhos, voltando a olhar o Ômega desfilar até a porta, o fazendo sentir a virilha começar a formigar. E como um Alfa que se orgulhava de seu bom e velho autocontrole, apenas respirou fundo e ignorou a chama que ameaçou incendiá-lo inteiro. Desviou os olhos para o Alfa logo em seguida, abrindo um sorriso divertido, seguindo o Ômega para fora.

O cocheiro abriu a porta da carruagem e Jeong Kuk deu a mão para ajudar Jimin a subir na mesma. E no momento que o Ômega segurou em sua mão, uma sensação quente - como uma corrente elétrica - passou por todo o seu corpo. E vendo aquela pequena mão entre a sua, o fez querer senti-la sem as luvas. Sentir qual seria a maciez da pele branquinha, o quanto sedosa e macia seria. E então o menor soltou a sua mão ao se sentar em seu lugar e por um momento.

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