War Times To Love

Traçando um plano

Aruna

Passamos o dia do "descanço" na cama, eu lia um livro com uma jarra de vinho cheia ao meu lado enquanto Ares estava deitada olhando para o belo teto e de alguma forma seu silêncio era incômodo desde que saímos do banho de madrugada.

Ela puxa o ar com força e solta em resmungos em seguida me olha como tem feito por agora sétima vez.

- Quando vai falar? - Questionei virando a página.

- Preciso da sua ajuda, agora! - Disse se levantando e pegando filhas, tintas, penas e canetas as trazendo para mim - Estive pensando, e se conseguirmos, faremos um acordo com Áquila e Lork sem guerra, mas para isso vamos precisar da assinatura do conselho, porém isso será fácil.

- É um bom plano... Entretanto não pode contar apenas com este. - A olhei já fechando o livro.

- Bom, o que faremos então?

- Se queremos um acordo de Reis precisamos de um reino, mas isso resolveremos amanhã, ou depois, tudo o que planejarmos terá que acontecer após termos o Reino - Pensei um pouco - É um ótimo plano o Tratado de União e Paz, pode dar certo e isso seria ótimo, agora se os Reis declararem guerra teremos ou poderemos ter soldados Grandarianos infiltrados para nos ajudar, seriam poucos conosco os outros ficariam na cidade e após o nosso sinal, se algo der errado com os Reis, os soldados atacam de surpresa fazendo assim o reino ser nosso.

- Cortaremos comunicações com os dis reinos então não seremos pegos de surpresa. - Completou ela.

- Fechamos todas as entradas e saídas, será dessa forma uma invasão pacífica e controlada. - Falei a vendo concordar.

- Grandara foi tomada e logo terá uma Rainha e um Rei.

- Rei? Rainha? Se me lembro bem você foi coroada pelos estremados Vossa majestade. - Brinquei a puxando para mim - Já escolheu seu Rei então.

- Ainda não- Sorriu ela - Devo pedi-lo em casamento ainda - Sorri - E espero que não se importe quando eu fizer o pedido meu Rei.

- Ficarei honrado minha Rainha, mas temos  um plano e ele não envolve casamento ainda, então vamos ao decreto de Aliança, o que devo escrever? - Questionei a tirando de meu colo e andando até a mesa ao centro do quarto. - Me diga o que escrever.

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- Imaginamos que planejariam algo, mas isso...

- É muito sensato para vocês - Completou Félix o que dizia Micael. - Inesperado.

- Por que dizem isso? - Questionou Ares cruzandonos braços.

- Aruna forjou a própria morte e agora tem, o que? 60% do corpo coberto por cicatrizes?
E você Ares?! Pulou da floresta Alta sem nem pensar direito! - Afirmou Fred - Vocês gostam de adrenalina e um Tratado de União e Paz não irá satisfaze-los.

- Tem razão - Concordei abraçando minha Dama por trás - Entretanto não vamos colocar a vida de amigos em perigo por um prazer próprio, aliás explicaremos o plano após termos a cabeça do Rei. - Sorri com Ares concordando com meus dizeres.

- Tudo bem, vamos ajuda-los. - Resmungou Félix.

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Ares

Os membros do conselho são no total 30 fora claro o Rei, Príncipes e o conselheiro que não sai do lado do rei, como Shin, Ximem e Ramom e outros centenas de conselheiros.

Particularmente acho ridículo chamar "conselheiro real" e "conselho real", mas o último citado são um grupo dos outros mais ricos abaixo, claro, do Rei. E esses tão ricos moram aqui no castelo. Estamos no quarto do décimo segundo nobre do conselho e nesse momento o mesmo assina o Tratado de Paz o qual criamos algumas horas atrás.

- Ótimo, faltam apenas 17. -Resmungou Micael ao sairmos do quarto.

O Conde que Tom matou era do conselho.

- Continue assim e terei o prazer de arrancar sua língua. - Ameaçou Aruna o olhando impaciente para o mesmo que sorriu frouxo, então continuamos.

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Aruna

Com as primeiras 29 assinaturas voltamos ao quarto no momento exato em que o sol brilhava em seu máximo.

- Aruna, conhece algum lugar com lago e claro que seja pouco conhecido e visitado por aqui?

- Sim, - Pensei um pouco - As montanhas a oeste escondem cavernas e muitos lagos, alguns raramente vistos tem água aquecida por geotermia - Sorri para ela. - Por sorte estamos a duas horas das montanhas então podemos fazer um piquenique, o que acha?

- Ótimo! - Sorriu - Me ajude a arrumar tudo.

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- Como conheceu esse lugar? - Questionou após arrumarmos o tecido sobre a mata próxima de pedras para apoio.

- Shin conhecia Zia, eram amigos de infância, ela me trazia aqui as vezes para conversarmos. - Disse me sentando no tecido.

- Zia, a filha e outra eram dançarinas do Rei Milo, certo? - Me olhou ao sentar-se.

- Sim, Zia, Pam, Karla e Samanta eram dançarinas e aliadas. - Sorri entristecido ao lembrar delas. - Tiveram mortes horrorosas, menos Pam que fugiu.

- Eram próximos? - Mordeu seu lábio.

- Amigo de Zia, colega de Karla e Samanta e como um irmão para Pam.

- Aruna... Acha que temos chances de vencer essa guerra? - Questionou incerta.

- Não costumo precipitar respostas a resultados incertos, principalmente se tratando de guerra.

- Entendo... - Murmurou - Outra pergunta - Me olhou - Eu... Nós vamos continuar agindo como se, apenas acordassemos no dia seguinte e iremos ignorar o fato de termos nos distanciado por três anos? Não nos conhecemos mais e... Eu te amo, muito, mas não gosto de como estamos agora. Eu não te conheço Aruna, mas eu quero e você não deixa... - Me olhou suplicante e com pouco cedi sabendo ser o melhor caso eu ainda deseje um nós.