Discórdia

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Próximo ao meio-dia os portões de Áquila foram avistados por todos, causando em uns alegria pelo improvável descanço e em outros reluta e ansiedade por dezenas de motivos.

Com capas e capuzes negros, a rainha o futuro rei e os quatro líderes cruzaram os portões sendo recebidos por soldados Áquilianos prontos para um combate que a todo custo seria evitado por todos os visitantes.

Após explicar a situação o Generais guiaram a todos para o Palácio para assim esperarem o momento certo.

Ares

As três em ponto soldados nos escoltarão em direção ao lago.

Aruna estava próximo de mim que assim como eu mantinha sua face escondida.

Poucos metros a frente avostanos uma tenda e fira delas os Reis, rainhas e Príncipe nos observavam. Puxei o ar com força para dentro de meus pulmões e dei a frente de todos passos firmes até próximo dos outros.

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Todos estavam frente a frente, a curioidade  dos reis havia aflorado ao máximo e por poucos segundos o silêncio reinou entre eles.

- Mostrem suas faces! - Ordenou Cadmam.

Sem pensar muito a rainha lentamente retirou o capuz que lhe cobria o rosto e seguindo seu feito todos a imitaram.

Cateline a Rainha de Lork não aguentou a surpresa e por isso antes de ir ao chão tee seu corpo segurado pelo marido enquanto aos poucos o choque passava e dava lugar aos olhos marejados de uma mãe desesperada e aliviada. Afinal ali estava seu filho, vivo (!), um pouco diferente mais maduro, com cicatrizes, mas era ele, o filho ao qual viveu o luto tão drasticamente que o sol adquiriu um tom acidentado assim como todas as coisas de cores belas e vividas.

Seu marido, Rei Dreke, estava em um conflito interno sobre, como seu filho poderia estar vivo? É um fato para ele e todos os presentes que o filho era um jovem de grande sabedoria e estratégia, mas nem mesmo ele poderia estar vivo, certo? Bom... Aparentemente estavam errados!

O Rei Cadmam estava chocado assim como os soldados e todos que viam aquela cena inesperada. Como pode sua filha, sua tão amada filha, ser sua rival mais temida? Se erguntava o Rei, que diferente da Rainha –mesmo surpresa– não sabia como reagir, afinal além de sua filha um condenado por traição lhe olhava de forma desafiadora e petulante ao seu ver.

Já Agnes sorria, pois como o principe havia lhe prometido sua filha estava ali bem na sua frente sendo quem nasceu para ser.

Deimos o filho mais velho –irmão de Ares– sem vergonha alguma deixou que as lágrimas descessem sem escrúpulos.

- Ares - Chamou em um murmúrio - Minha filha, você... O que está fazendo? - Soltou as palavras o rei Cadmam quebrando o silêncio.

- O que sempre fiz majestade, lutei pela minha liberdade e a de todos que são julgados sem motivos! - Disse ela firmemente.

- Aruna - A atenção de todos foi voltada para a mulher que chorava silenciosamente agora - Como... - Se aproximou lentamente do citado, até tocar em seu rosto - Como está vivo? Onde este todo esse tempo?

- Não importa, o assunto que viemos discutir não é este. - Disse seriamente.

- Isso é verdade! - Afirmou sua amada - O conselho e Grandara assinou o Tratado de União e Paz, então todos estão de acordo. Aqui está - Disse lhes mostrando o papel e entregando a eles - Podemos discutir ali dentro certo?

..........

- Os termos são bons. - Murmurou o Rei Cadmam.

- Mas temos um problema aqui majestades - Disse dessa vez o Rei Dreke chamando a atenção da Rainha e futuro rei que apenas observavam em silêncio. Seu tom de voz havia sido rispido e irônico causando na rainha que estava sentada uma raiva descomunal e em seu amado um grande incômodo este que foi bem ocultado após anos de prática - Uma mulher, Rainha,não tem poder ou força suficiente para governar um reino sozinha, então propomos um casamento com algum nobre e...

- Sem casamento! - Respondeu rispidamente ela. Para si Dreke sempre foi como um segundo pai, mais essa visão mudou após três anos apenas observando como seu pai e aliados como Dreke agiam. - Já estou noiva e isso não muda nada, continuo sendo a rainha com o mesmo poder que vocês!

- E seu noivo é o homem atrás se você? - Debochou ao perguntar - O mesmo homem que traiu seu reino e a influenciou a fazer o mesmo? - O sangue da rainha queimava com a ridícula insinuação de seu pai - Minha bela princesa Ares ficou seus últimos três anos de vida, vivendo como um animal na floresta, fugindo e invadindo, roubando e matando por um amor indevido... Centenas de pessoas morreram por causa de vocês dois, uma mulher louca que não segue um simples padrão como vestidos e obediência e outro um traidor que levou e leva minha filha para lugares horríveis onde provavelmente vai apenas usá-la para sua própria causa. - Suas palavras causavam repulsa nos corpos dos dois amantes. - Vamos fazer um acordo, assinamos o Tratado de Paz, minha filha volta para casa e as acusações feitas sobre Aruna desaparecem, fácil e rápido.

- Ou vocês assinam o Tratado e todos saem ganhando. - Contrapôs Aruna seriamente.

- Fique calado e mostre que a educação dada por seus pais ainda é útil! - Vociferou Cadmam.

- Olhe como fala! - Esbravejou Ares se levantando mas antes que algum ato impensado fosse feito por ela Aruna interferiu olhando-a nos olhos com seriedade no mesmo instante em que os quatro líderes adentravam a tenda com espadas em mãos.  - Assinem o Tratado ou se preparem para uma guerra já que obviamente não irei seguir o comando de um igual no sentido de poder!

- Esse homem está fazendo sua cabeça filha, ouça o seu pai, a sua família. - Disse Cadmam.

Com o maxilar trincado e os punhos cerrados ela deu as costas para o passado, passou junto dos outros pela abertura da tenda e já do lado de fora ela levantou sua destra para o alto com a palma aberta para em seguida fecha-lá e abaixar a mão, dando um claro sinal aos arqueiros escondidos que disparassem suas flexas. Após o sinal voltou a colocar seu capuz enquanto uma chuva de flexas caia acima de suas cabeças em direção ao inimigo.

- PROTEJAM OS REIS! - Ouviu-se o grito de um soldado e em desespero todos usaram seus corpos para poupar os Reis as Rainhas e o Príncipe da chuva de flexas, e, estes por heroísmo perderam suas vidas.

- GENERAL! -Gritou Dreke - PEGUE-NOS IMEDIATAMENTE!

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