Lost - Sooshu

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— Acho que eu vou lá dentro pegar mais bebida, ok? — Lisa segurou na mão de Jennie que havia chegado a um bom tempo já.

Assentimos todas juntas, a música estava alta porém naquele espaço que estávamos, não haviam muitas pessoas, o que me ajudava muito a não sentir desconforto.

Soyeon, Jihyo, Jisoo e Soojin dançavam e cantavam algumas das músicas que passavam.

Todas estavam bebendo, exceto Jihyo e eu, porque não bebo e Jihyo não quer pois tem que buscar a filha na casa de uma amiga depois.

— Shu! — Soojin gritou meu nome.

— Que é? — Estava concentrada demais em achar um lugar para sentar e tirar um pouco o salto, sério, machuca muito o pé, nunca mais.

— Eu acho que a Rosé chegou com uns colegas dela, fica com a Jihyo que eu volto daqui a pouco.

Yuqi estava ocupada demais em conhecer a galera, ter amiga sociável é assim.

Já Jihyo, havia desistido de continuar dançando e resolveu se sentar na cadeira de balanço, achei uma boa oportunidade de conseguir conhecê-la.

— Oi, tá tudo bem? — Me aproximei devagar, observando a mulher meio aflita.

— Hm? — Enfiou as mãos nos seus cabelos — Ah sim, tudo tranquilo. — Suspirou.

Não, havia algo agoniando a garota.

— Está frio, não acha melhor pegar seu casaco? — Fiz menção de ir buscá-lo já que não estava longe dali.

— Não se preocupe, estou com calor. — Sorriu pequeno — Talvez pela preocupação. — Pela música alta não consegui ouvir o que disse, mas leitura labial é algo que me ajuda bastante as vezes.

— Relaxa um pouco, a noite só está começando. — Me senti aquecida por ver um sorriso mais verdadeiro sair de seus lábios.

— Meio difícil relaxar, quando você vira mãe, tudo gira em torno da sua criança. — Observou o lindo céu estrelado.

— As vezes eu esqueço que você é mãe. — Mordi o lábio. — Vi sua filha uma vez quando Soojin me buscou no colégio e estava com ela dormindo no carro.

Jihyo sorriu totalmente boba.

— Ela é muito querida pela Soojin, acredita que nunca riu comigo mas é só a madrinha fazer palhaçada que ela abre um sorrisão? — Comentou indignada.

Foi inevitável segurar a risada quando vi seu rosto incrédulo.

— Elas parecem ser muito próximas.

Jihyo se sentou mais para o canto da cadeira de balanço e deu dois tapinhas do seu lado, me convidando para me sentar.

— Eu fico feliz de saber que a Soojin está conseguindo fazer amigos. — Gosto do olhar carinho dessa garota. — O tanto de problemas que enfrentamos, as brigas, perdas e... Tragédias que aconteceram, eu nen sabia como ajudar.

— Nem consigo imaginar o quão dolorido foi. — Engoli em seco.

Jihyo tinha os olhos brilhantes, uma brisa bateu forte, fechamos nossos olhos por causa daquele vento.

— Foi horrível, me sentia péssima por tudo, a cena de uma criançinha chorando sob o corpo da irmã, tão desesperada, sem poder fazer nada!

Nesse momento só consegui ficar calada, não tinha nada para comentar, nunca senti uma dor desse jeito e de maneira alguma iria comparar o sofrimento de Soojin e Jihyo com o meu, nenhum sofrimento deve ter comparação.