Dificultar

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- Eu acho... Que gosto de você.

Gosta de mim? Tipo... Do jeito que eu acho que é? Tá zoando. Onde está aquela garrafa de Soju quando eu preciso dela? Ah é, eu abandonei ela pra ajudar essa praga a chegar em casa.

É o cúmulo.

- Acho que a bebida tá mexendo com a sua cabeça. - Proferi tentando amenizar o clima que ele havia instalado.

Não obtive resposta.

- Heeseung? Você dormiu mesmo? - Indaguei desapontada. Logo agora que eu ia fazer algumas perguntas.

Será tarde demais pra ir buscar a minha garrafa de Soju?

[...]

Abri os olhos compassadamente, sentindo algo diferente. Era uma sensação estranha... Ou nova. Nunca me senti assim ao acordar. E acho que o motivo era óbvio até demais;

Meu rosto estava apoiado no peitoral de Heeseung e seus braços envolviam meu corpo em um abraço apertado. Eis aqui o motivo da minha perturbação interna, e eu tinha acabado de acordar. Apesar do cheiro forte de bebida impregnada no corpo do moreno, era realmente confortável.

Não sabia o quanto era bom dormir com o abraço dele, até dormir com o abraço dele.

Subi instantaneamente o olhar até seu rosto, e sircunstancialmente parei em sua boca. Os lábios rosados e convidativos eram o motivo do meu colapso interno. Fiquei tão estática com a visão um tanto bonita - mentira, visão maravilhosa -, que nem me dei conta de quando seus olhos se abriram. O momento era nada propício para que ele acordasse.

Heeseung quase esboçou um sorriso antes de me pegar desprevenida, com um selinho rápido. Franzi o cenho acordando do transe. O empurrei na defensiva, não posso deixar que ele ache que eu sou fácil. Agora ele pensa que pode ficar se aproveitando de mim só porque assumiu algo que eu não sei se é verdade?

Vou dificultar as coisas pra você Lee Heeseung.

- O que você acha que está fazendo? - Encarei o teto, emburrada.

- Te dando bom dia. - Respondeu sínico.

- Pra isso você pode usar palavras.

- Era você quem tava me secando enquanto eu dormia.

- Foi você quem me agarrou primeiro seu tarado. - Contra-ataquei.

- E acho que você gostou.

- Não gostei nada seu bêbado fedorento!

- Você tem que admitir, eu sou irresistível até quando tô bêbado e fedorento. - Sorriu.

- Como você pode ser tão insuportável? Eu deveria ter te deixado dormir na areia da praia seu chato. - Proferi indignada.

- Mas não deixou. - Passou a mão pela minha cintura, trazendo-me novamente para perto. - Como posso te agradecer? - Sua proximidade era perigosa.

- Não precisa! Agora me solta. - Tentei afastá-lo; inutilmente.

- Já sei. Que tal um beijinho de obrigado? - Afogou o rosto em meu pescoço, distribuindo beijos alí. - Ou dois, você decide!

- Eu não quero te beijar seu retardado! - Uma fuga nunca pareceu tão difícil em toda minha vida. Ele não vai vencer! Eu preciso resistir!

- Para de se debater e me deixa te beijar!

- Nunca! - Acabei sorrindo. Agora era uma questão de honra pra mim. - Seu chato!

- Qual é!?

[...]

- Vamos amanhã de manhã, certo? - Perguntei para Jungwon que terminava de lavar a louça do café.

A contract - Lee HeeseungOnde histórias criam vida. Descubra agora