Dilema

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— Como assim "onde estávamos"?

— Deixa pra lá. — resmungou se jogando na cama novamente.

— Bom, acho que você já pode ir me deixar em casa agora. — disse ignorando minhas bochechas que provavelmente estavam vermelhas pela pergunta dele.

— Agora?

— Sim. Cansei desse clima estranho.

— Também estou cansado.

— Então vamos, se você der sorte, ele já vai ter ido embora quando você voltar. — desdenhei do moreno que bufou se levantando da cama.

— Como você pode ser tão chata? — resmungou indo até a porta.

— Olha quem fala.

[...]

— Jin, dois cafés com creme por favor!

— Só um instante. — respondeu correndo até a máquina de café.

— Vai com calma, não está tão cheio hoje. — belisquei alguns do enfeites em um pote, que eram usados para decorar os bolos e cupcakes.

— É por isso que sempre acaba rápido, você vive comendo! — reclamou sem parar o que estava fazendo.

— Não seja mão de vaca, eu trabalho feito uma louca pra você comprar esses doces que só dão cárie.

— Então por que está comendo?

— Porque eu não resisto.

— Aish, cai fora da minha cozinha pirralha! — disse me entregando a bandeja com os cafés.

— Yah! Eu tenho quase a sua idade! — falei saindo de lá.

Entreguei os cafés em uma mesa e voltei ao balcão. O movimento realmente estava bem calmo hoje. Em algum momento me peguei relembrando a aproximação perigosa de Heeseung ontem. Dei leves tapinhas em meu rosto, tentando recobrar a razão. — Esse garoto não pode estar entrando na minha cabeça desse jeito! Quem ele pensa que é!? Eu não aceito que ele brinque desse jeito com a minha cabeça!

Ouvi o sininho da porta ressoar e logo uma mulher adentra o café. Ela escolheu uma mesa e se sentou. — É disso que eu preciso, trabalho! Não vou dar espaço para os pensamentos obscenos! Se ele pensa que vai me manipular tão facilmente, ele está muito enganado! Me dirigi até a mesa onde a mulher estava sentada.

— Já sabe o que vai pedir? — perguntei. Ela era bem bonita, tem cabelos longos e pretos, olhos castanhos e vestimenta sofisticada.

— Onde está o Jin oppa? — indagou irreversível.

— O Jin trabalha na cozinha agora.

— Então, é você quem atende os clientes? — me olhou com certo desprezo.

— Sim, sou eu. — respondi entredentes.

— Ah, parece que o nível desse lugar desceu bastante. — disse mais para si mesma com arrogância no tom de voz.

— Você vai pedir ou não? Ao contrário de outras pessoas eu não tenho o dia inteiro. — preferi quase sem paciência. Se ela acha que eu vou aturar esse comportamento, está redondamente enganda. Eu desço a mão na cara dela, mesmo que eu perda meu emprego.

— O quê? Agora vai agir assim? É esse o "ótimo" serviço que oferecem aqui?

— Eu costumo servir pessoas, não cobras pintadas.

— O quê!? — se levantou — Escuta aqui sua-

— So-hyun! Está arrumando confusão de novo? — Jin a interrompeu.

A contract - Lee HeeseungOnde histórias criam vida. Descubra agora