HEESEUNG'S POV
Acordei com uma dor de cabeça horrível, hesitei abrir os olhos, por mais que o ambiente estivesse escuro, era desconfortável. Sentia que estava abraçando algo, abri os olhos vagarosamente e vi que era um travesseiro.
Passei os olhos pelo quarto, esse é o quarto da S/n, como diabos eu vim parar aqui? — perguntava-me esfregando os olhos. A última coisa que lembro é ter entrado em um bar e começar a beber descontroladamente.
Sento na cama com certa dificuldade, e observo o quarto, mais uma vez tentando lembrar de algo, mas não me vem nada a mente, a dor de cabeça era contínua e incessante.
Levantei e fui até a porta, minha cabeça parecia ter o dobro do tamanho e pesava bastante. Caminhei pela sala, mas nem sinal dela, adentrei a cozinha, e novamente nada. Lembro então que ela havia arrumado um emprego.
Voltei até o quarto para procurar meu celular. Encontro-o na mobília ao lado da cama, tinha também um recado escrito em um papel colado na tela do aparelho. Arranco o pequeno papel de bloco de notas e o leio.
"Fui para o trabalho, não toque fogo na minha casa, vá embora quando acordar. E ligue para a sua mãe, eu disse que à ela que você ligaria."
— Ir embora? — sorrio ao ler a mensagem autoritária dela — Atrevida.
Após ler a parte em que ela me mandava ligar para a minha mãe, lembrei de assisti-la ligar para a minha mãe ontem, enquanto eu... Eu estava deitado no colo dela?
— Aish! Devia ter ouvido minha mãe quando ela me disse para não beber.
O que mais eu fiz de errado ontem? — questionei-me sentando na cama. Olhava fixo em algum ponto do quarto tentando lembrar de mais alguma coisa.
— Eu contei pra ela da So-hyun!? — exclamei ao lembrar.
Isso não é necessáriamente algo ruim certo? — afinal uma hora eu teria que contar — foi melhor assim, agora ela já sabe o porquê do contrato e sabe o porquê de eu ser um completo babaca no quesito sentimentos. Me deixei cair sobre a cama cobrindo o rosto com as mãos pela vergonha.
A propósito, por que eu a beijei naquele dia?
Fitei o teto a procura de uma resposta — como se ele a obtivesse — a essa altura eu já não sei mais pelo que estou sendo movido, não sei o que estou fazendo, tão pouco sei pra onde estou indo. Apenas me deixo levar pela correnteza.
Criei aquele contrato para me livrar de problemas, todavia por ironia do destino, acabei arrumando mais deles. Agora me encontro encarando um teto e tentando descobrir porque beijei a pessoa que eu tanto adverti sobre não suprir sentimentos por mim.
Na realidade eu talvez não queira aceitar que ela de alguma forma desperta coisas — que se eu pudesse evitaria — em mim. Sentimentos e sensações que eu tranquei em um baú e joguei no canto mais escuro da minha mente. Prometi para mim mesmo que não seria dominado por eles novamente. Mas o que aconteceu agora? Eu parecia não ter mais controle sobre minhas ações. Se ao menos estivesse bêbado, poderia usar como desculpa, porém eu estava totalmente sóbrio.
Balancei a cabeça tentando me livrar dos pensamentos indesejados. Levantei e sai do quarto. Já que não vou pra casa, tenho que procurar algo pra comer. Fui até os armários abrindo aleatoriamente as portas no intuito de encontrar comida. Abri um sorriso vitorioso ao bater os olhos sobre os pacotes de Lamen.
Preparei uma panela com água e coloquei para ferver.
Percorri o caminho de volta para o quarto, peguei o celular, como ela havia me dito na carta, preciso ligar para a minha mãe. Disquei o número e levei o aparelho até o ouvido, ouvia o telefone chamar enquanto caminhava lentamente de volta para a cozinha.
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A contract - Lee Heeseung
FanficSer azarada e quebrar a cara com frequência não era novidade, mas como dizem por aí "tudo que puder dar errado, vai dar errado". Eu achei que seria uma boa ideia sair pra beber, mas a verdade é que tudo pode piorar quando se coloca álcool no meio...