Um domingo nunca me deixou tão nervosa Quanto hoje. Eu não faço ideia do que eu vou fazer naquela casa hoje. Tenho medo de quantas pessoas tóxicas ainda podem existir na família dele; tenho medo das perguntas que podem me fazer; tenho medo de vacilar na minha atuação e acabar mandando alguém ir a merd*. Porque eu faço isso, e dependendo de quem eu vou encontrar lá, nunca se sabe.
Estava há uns dez minutos sentada no sofá, mexendo incansavelmente as pernas, pela ansiedade incessante. Encarando vez ou outra o relógio do celular. Talvez até esperando uma mensagem do Heeseung, uma que dissesse algo tipo "Ocorreu um problema, não precisa vir hoje", mas esse era um sonho distante. Eu tinha total convicção de que nada assim aconteceria. Mesmo assim, a esperança é a última que morre. Pena que a minha foi assassinada pelo som da campainha, esse que ecoou na minha cabeça.
Me esgueirei até a entrada, relutando internamente contra algo que já era eminente. Abri a porta. Como eu já imaginava, era Heeseung. Trajava roupas escuras e um óculos, algo que eu não tinha tido a satisfação de contemplar antes, Lee Heeseung de óculos. As vezes eu acho que não tem como ele ficar ainda mais bonito do que já é, mas eu me engano. Ele consegue ser incrivelmente lindo, não importa como.
- Vai ficar me encarando o dia inteiro? Temos que ir. - ele diz. E é só ele abrir a boca para revelar o lado chato dele. Tira até o meu prazer de enaltece-lo.
- Vai se ferrar. - dei de ombros caminhando para fora da casa.
Adentrei o carro e permaneci em silêncio. Ele não demorou a adentrar o veículo e dar partida, saindo da minha rua e em seguida da vizinhança. Eu claramente não estava feliz, também não queria ter que ir até lá, então não preciso demostrar o contrário, pelo menos não pra ele. Porque sei que no momento em que pisar na calçada da casa, vou ter que atuar.
- Vai ficar emburrada até quando? - pergunta quebrando o silêncio.
- Até chegar lá.
- Ah, certo. - fala se distraído com alguma coisa na rua. - A minha prima provavelmente vai estar lá, então por favor, tente não agredi-la.
- Claro, eu vou fazer o possível para não dar na cara dela. - disse com sarcasmo.
- É sério, não vai ser legal dar show na frente dos meus pais.
- Com tanto que ela não se aproxime de mim vai ficar tudo bem. - murmurei observando as pessoas pela rua.
[...]
Heeseung estacionou o carro na garagem. Eu desci e ele logo vem até mim. Me surpreendeu ao pegar minha mão, assim como das outras vezes. Apesar de que ele já fez algo desse tipo antes, eu não consigo me acostumar. Continuo sentido meu coração disparar com tais ações dele.
O moreno me guiou para dentro da casa. Logo estávamos em uma sala. Ocupada por ninguém menos que a Sra.Lee e seu marido, esses que estavam acompanhados do homem que eu suponho ser o pai da "querida" prima do Heeseung. Sra.Lee por sua vez, não exitou em abrir um largo sorriso ao me ver.
- S/n querida, que bom que veio. - diz a mais velha me recebendo com um abraço.
- Por livre e espontânea pressão. - entoei. Ela não exitou em rir, mas eu estava falando sério.
O bom disso tudo, é que a Sra.Lee é uma boa pessoa. Ela tem uma vibe divertida, e eu gosto do jeito que ela repreende o Heeseung.
- Heeseung, acho que a Ha-eun está no jardim, porquê não vão dar um oi pra ela? - a mais velha sugere.
Heeseung pega minha mão mais uma vez e segue em uma direção que eu não fazia ideia de onde ia dar.
- Ha-eun, então esse é o nome da cobra. - disse mais pra mim mesma, mas acho que Heeseung acabou escutando.
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A contract - Lee Heeseung
FanficSer azarada e quebrar a cara com frequência não era novidade, mas como dizem por aí "tudo que puder dar errado, vai dar errado". Eu achei que seria uma boa ideia sair pra beber, mas a verdade é que tudo pode piorar quando se coloca álcool no meio...