Susurro

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Depois de algum tempo enrolando, Heeseung finalmente foi embora. O adverti algumas vezes para que tomasse cuidado para não expor o que disse à ele. Quero pegar o velho de surpresa para que ele não tenha chance de argumentar. 

Ele não vai escapar. Vai pagar por tudo, inclusive o atentado contra Taehyung. 

[...] 

Larguei os papeis que estava analizando sobre a cama quando ouvi a campainha tocar. Me apressei para abrir a porta, no entanto, quase fiz uma careta ao encontrar Min-ji parada com seu coelho em mãos. E sozinha. 

— Mas que jogo baixo Kim Taehyung. — resmunguei ignorando os olhos grandes da criança. 

Respirei fundo me segurando para não xingar na frente da menina. 

— Entra. 

A pequena caminhou majestosamente para dentro do quarto e por um momento esqueci que estava furiosa com o pai dela. Fechei a porta e segui para onde estava antes. Tratei de recolher os documentos e guardá-los antes que Min-ji resolva fazer arte neles como fez certa vez. 

Dexei os papeis na mobília, longe do alcance da criança. Enquanto isso ela apenas deu tudo de si para escalar e subir encima da cama. Caminhei até lá e me joguei sobre o colchão ao lado dela. Analisei brevemente as vestimentas — provavelmente escolhidas a dedo — que a criança usava. Taehyung sempre fazia questão de vestir a pequena de acordo com seu gosto pessoal, o que não dava pra negar é que ele tem um bom gosto invejável. 

— Onde ele foi? — Indaguei para ser ignorada. 

Ela apenas se virou para usar meu corpo como suporte para a brincadeira que só ela entendia como funcionava. Bom, o coelho certamente faria parte disso. 

— Para de esfregar essa coisa fedorenta em mim e me diz onde seu pai se meteu. — ela não estava literalmente esfregando o coelho em mim, mas eu gosto de exagerar às vezes. 

— Appa! — disse em uma alegria contagiante. 

— Vocês são cúmplices, não é? — ela continuou sorrindo, muito provavelmente sequer sabendo o significado da palavra. — Você o acoberta para que ele... 

Um pensamento interessante me surgiu no meio do "diálogo". 

— É isso, não é? — sorri levemente. — So-hyun é cúmplice daquele velho, por isso ele à mantém alí dentro. 

Vi Mi-sun pular para a cama e Min-ji agarrou o cachorro imediatamente. 

Me sentei na cama como se fosse me ajudar a raciocinar melhor. 

Tem que ser isso. Bom... descartando a hipótese de que eles sejam amantes — e eu espero que não sejam porque seria nojento — é a explicação mais viável que tenho agora. 

So-hyun bem que seria capaz de algo assim. 

[...] 

Os corredores da empresa nunca pareceram tão sujos quanto hoje. Mas não de poeira ou algo assim, era corrupção. Ainda não acredito que ele tenha feito algo tão baixo como mandar matar outra pessoa. Mas é claro que ser dono de quarenta por cento da empresa não é suficiente, ele precisava por a mão no resto. 

Seria fácil demais. Sendo que Taehyung não tem esposa e Min-ji é apenas uma criança incapaz de gerenciar até mesmos os próprios passos. Passaria tudo para as mãos imundas dele, pelo menos até Min-ji atingir a maior idade. 

No entanto, as coisas não saíram como o planejado. Ainda bem. 

Com os saltos estalando no piso de mármore liso e os olhos fixos em meu destino, ignorei a existência de So-hyun ao passar pela mesa da mulher. Isso me lembra que tenho que ficar de olho nela. 

A contract - Lee HeeseungOnde histórias criam vida. Descubra agora