Era só mais uma quinta feira normal de uma semana normal. Cheguei cedo na empresa e fiz meu trabalho como de costume. A única constante era que, estranhamente, não encontrei Heeseung o dia inteiro. Ele não veio trabalhar. Também não mandou mensagem ou ligou como costuma fazer. Eu por outro lado, não mandei mensagem ou liguei para perguntar o que aconteceu. Tão pouco tive tempo para respirar hoje.
Ao fim do meu expediente eu mataria por uma banheira quentinha e horas de descanso. Mas ao invés disso, fui visitar Jin. Não consegui vê-lo a semana inteira, o que era estranho, já que costumamos nos encontrar com frequência para cafés e doces recheados de fofocas.
Adentrei o café que já estava fechado e encontrei o mais alto limpando algumas mesas.
— Dia difícil? — ele perguntou após me olhar brevemente.
Talvez minha postura caída ou meus olhos cansados tivessem me entregado.
— Terrivelmente difícil. — reforcei. Escolhi uma das cadeiras e me sentei, deixando a bolsa sobre a mesa. — E como foi o seu dia?
— Ah — ele respirou fundo e me lançou um olhar de súplica — Eu quero você de volta. — terminou. Me fazendo rir.
— Ai Jin, só você pra me arrancar um sorriso depois desse dia de merda. — afundei na cadeira ainda com um sorriso mínimo nos lábios.
Ele analisou minha aura depressiva por um minuto, depois foi até a cozinha. Um minuto depois ele voltou com duas xícaras de café e uma fatia de bolo.
Observei-o deixar a minha xícara, e o barulho da porcelana contra a madeira foi reconfortante. Olhei em volta durante o tempo que ele levou para puxar uma cadeira para si. Esse lugar está carregado com uma nostalgia assustadora.
— É só o trabalho mesmo? — questionou. Como se pudesse sentir na própria pele toda a confusão dentro de mim. A confusão que se transformava aos poucos em um furacão avassalador.
Pisquei uma vez, duas. E percebi que não sabia responder essa pergunta.
— O que... O que mais seria?
Ele me olhou tão profundamente, que por um momento me perguntei se ele sabia a resposta antes mesmo de perguntar.
— E o Heeseung? Como andam as coisas? — ele provou do café sem tirar os olhos de mim, como se pudesse perder a minha resposta por um único segundo de distração.
— Eu acho que bem. Só... sei lá. Não parece ruim. — em algum momento eu me perguntei se era realmente assim que eu pensava.
— Não é a melhor definição. — disse. Em seguida indicou o bolo com o queixo. — Começa a comer.
— Você é um destruidor de dietas. — reclamei. Ele simplesmente ergueu a postura, como se se orgulhasse do título.
— Qual é o problema então? O trabalho tá atrapalhando? — Eu sabia que ele se referia a Heeseung.
— Eu não sei dizer o que é. — fui sincera. — Ele tem andado, distante... e diferente. — falei. E então provei finalmente do bolo. Os sabores e texturas eram uma explosão na minha boca.
— Estranho. Não era ele quem carregava a relação? Você é tão bruta que me surpreende que ele ainda tente. — comentou casualmente e bebeu novamente de seu café.
— Você acha... que ele cansou de mim? — não tentei esconder meu choque. — Talvez ele esteja me traindo e-
— Eu não trabalho com paranoias. — Jin interrompeu. — Não é você a direta sobre tudo? Vai e pergunta.
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A contract - Lee Heeseung
ФанфикSer azarada e quebrar a cara com frequência não era novidade, mas como dizem por aí "tudo que puder dar errado, vai dar errado". Eu achei que seria uma boa ideia sair pra beber, mas a verdade é que tudo pode piorar quando se coloca álcool no meio...