SN P.O.V
Acordei com uma dor de cabeça horrível, parecia que a minha cabeça ia explodir a qualquer momento. Não devia ter bebido tanto.
Na verdade eu se quer me lembro de quando fiquei bêbada ou de como voltei pra casa. Nem lembro a última vez que fui tão irresponsável, melhor meus pais nem sonharem com isso. Eu levaria uma bronca eterna por ser tão descuidada. Imagina só, eu podia ter sido sequestrada ou coisa pior. Mas pelo visto, nem pra isso eu tô servindo recentemente.
Levantei da cama e fui curtir minha depressão embaixo do chuveiro. Enrolei alguns minutos antes de entrar embaixo da água, mas por fim tomei um banho. Em seguida joguei a toalha sobre o corpo e escolhi uma roupa confortável para vestir.
Coloquei a mão na cabeça, ainda sentindo uma dor infernal e me arrastei até a cozinha para fazer um café. Um sem açúcar porque eu não mereço piedade. Alcancei uma caneca aleatória e despejei um pouco do café antes de me dirigir para a sala.
Pego meu computador que estava em cima da mobília e vou até o sofá, sento no mesmo deixando a caneca sobre a mesinha de centro.
Abro o E-mail na esperança de ter alguma mensagem. Não havia nada. Ninguém tinha deixado nenhuma mensagem, mas como dizem por aí "A esperança é a última que morre", a minha deve ter pelo menos sete vidas.
Tenho a leve sensação de que estou esquecendo alguma coisa. Mas não consigo lembrar o que era. Fora a dor de cabeça não vejo mais nada que possa me deixar pior hoje.
Sou interrompida pela campainha. Isso é estranho, eu não costumo receber visitas. Acho que essa campainha não toca desde que meus pais faziam encomendas.
Deixo o computador sobre a mesinha e levanto, caminho até a porta e abro a mesma para me deparar com a figura alta e masculina. Apesar de não saber quem ele é, sinto que o conheço de algum lugar.
— Quem é você? — me peguei franzindo o cenho enquanto perguntava.
— Como assim quem sou eu? Sou seu namorado. — ele não disfarçou o tom de deboche.
— Namorado? Tá falando do quê?
— Não é possível que você tenha esquecido, não estava tão bêbada assim. — ele diz adentrando a casa.
Eu teria impedido se conseguisse me mecher.
O que droga eu fiz ontem? Não é possível que eu esqueça algo tão grande. Fecho a porta e vou até a sala, logo o vejo sentado no sofá com um papel nas mãos.
— Será que você pode explicar o que aconteceu? — digo ainda sem conseguir lembrar de nada.
— Você assinou um contrato comigo. — ele diz. Ao ouvir isso começo a ter fleches de memória, lembro vagamente de assinar um papel, só não lembro o que era.
Um contrato? Nem fodendo eu assinaria qualquer coisa pra esse cara... ou assinaria?
— Contrato? Só faltava eu vender meu corpo pra um pervertido mesmo — exclamo colocando as mãos no rosto.
— Para de drama, não tem nada disso no contrato. — falou enquanto revirava o olhos sarcasticamente.
— Então o que tem aí?
— Essa é a cópia do contrato, porquê você não lê. — disse me entregando o papel. Pego o mesmo de suas mãos e me sento no outro sofá para ler.
— Aí diz que teremos um namoro de fachada, você não pode exigir sentimentos de mim, e nem pode se apaixonar por mim, obviamente. Vou te bancar até o fim do contrato. — proferiu com um ar de superioridade.
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A contract - Lee Heeseung
Fiksi PenggemarSer azarada e quebrar a cara com frequência não era novidade, mas como dizem por aí "tudo que puder dar errado, vai dar errado". Eu achei que seria uma boa ideia sair pra beber, mas a verdade é que tudo pode piorar quando se coloca álcool no meio...