Entre livros

37. Exposição

Meredith Pov.
Algumas semanas depois.

Hoje é o dia da exposição de livros proibidos no mundo que eu realizarei na livraria. Teremos um debate interessante e algumas palestras durante o dia. Sempre faço esses eventos, já deveria estar acostumada, mas a verdade é que sempre fico nervosa, ansiosa e mais desastrada do que já sou.

Ainda bem que tenho Tio Richard, Jo, Amelia e toda minha equipe envolvida. Andrew me ajudou muito, mas essa semana teve que viajar para Suíça em um Congresso da Universidade. Eu confesso que estou morrendo de saudade dele. A gente praticamente começou a dormir todos os dias na casa um do outro e tem sido bem difícil dormir sem ele essa semana. Eu me acostumei muito fácil com a presença dele, aliás, qualquer pessoa se acostumaria a estar com alguém tão legal como ele.

-Bom dia minhas garotas, lindas e gostosas. Acordem, hoje é um lindo dia.

Jo e Amelia dormiram comigo essa noite. Nós fizemos uma cama de cobertas na sala. Jantamos uma comida deliciosa que Amy cozinhou e depois passamos o resto da noite maratonando Game of Thrones até pegarmos no sono.

-Ei, levantem.

-Meredith, pelo amor de Deus. Fecha isso.

Jo reclama da luz da janela que eu abro. Eu dou risada e me jogo em cima das duas e as beijo no rosto uma por vez.

-Que garota chata. Vai dormir, você não era assim. O que aquele italiano fez com você?

Amelia fala, senta e cobre o rosto com o travesseiro.

-Muitos orgasmos matinais, eu acabei me acostumando a acordar cedo.

-Aff sua ridícula, não precisa humilhar.

Jo joga o urso de pelúcia em mim e as duas arrumam os cabelos. Eu dou risada ao vê-las tentando acordar.

-Levantem, eu já fiz café da manhã.

-Você sempre foi a última a levantar.

Amelia fala e vai em direção a cozinha verificar a mesa do café da manhã já posta.

-E com um mau humor horrível.

Jo completa e as duas me olham sem entender.

-Ninguem podia conversar com você antes das dez horas da manhã, eu estou chocada. Suas manhãs devem estar sendo realmente muito boas.

Eu dou de ombros e ouço a campainha tocar.

-Tão cedo. Você está esperando alguém?

-Não.

Abro a porta e o Charlie, zelador do prédio está se equilibrando com uma cesta enorme e um buquê de flores. Eu mal consigo ver o rosto dele.

-Charlie? Bom dia.

-Bom dia, querida. Você tem uma encomenda.

-Ah, ok. Obrigada... Alguém me ajuda aqui?

As meninas vem me ajudar e Amelia dá um tapa na minha bunda.

-Garota de sorte mesmo.

-Amy? Meu Deus... É... Charlie, muito obrigada por trazer aqui.

-Que isso... Bom, é do seu admirador "nada secreto".

Charlie fala usando as aspas com os dedos.

-Ele me pediu para mandar uma foto do seu sorriso para ele, posso?

-O Andrew? Ele pediu seu número?

-Somos amigos. Professor DeLuca é um homem muito gentil.

-Professor DeLuca é muito gentil sim. Pode mandar a foto.