40. Donuts

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Andrew Pov.
Duas semanas depois.

Saio da Universidade e passo em uma loja de Donuts confeitados para levar para Meredith. Ultimamente notei que ela tem estado bem mais sentimental, distraída e sem vontade de fazer qualquer coisa que não seja trabalhar e dormir. Ela me dispensou várias vezes dizendo que queria ficar sozinha, e eu respeitei seu espaço. Apenas nos falamos por telefone antes de dormirmos, como de costume quando não estamos juntos.

Tenho minhas teorias sobre o motivo de Meredith ter ficado distante esses últimos dias, tudo aconteceu depois do evento, e do tal Adam ter aparecido por aqui. Não sei o que houve, não sei o que conversaram, mas tenho certeza que ele tem algo relacionado a mudança repentina de humor da Mer. Sei também que eles mantém contato diariamente, pois eu já vi Meredith falando com ele por mensagem e por ligação.

Tenho tentado levar essa situação de maneira responsável, não quero surtar de ciúmes, até porquê isso nunca me aconteceu antes, eu sempre respeitei o espaço das minhas namoradas, não sou dono de ninguém. Por mais eu fique incomodado com toda essa proximidade deles dois eu preciso me manter no controle, mas no momento que isso começar afetar consideravelmente nossa relação, eu sei que teremos que ter uma conversa difícil.

Confesso que me passou pela cabeça várias situações que podem me fazer perder a Mer, e eu a amo tanto que o medo e a insegurança chegam a tomar conta de mim sutilmente.

Hoje finalmente ela me mandou mensagem perguntando se eu poderia passar em sua casa, eu de imediato respondi que sim. Uma semana sem vê-la é demais para mim.
Entro no prédio de Meredith e imediatamente sinto meu coração palpitar mais rapidamente, e um sorriso tomar conta do meu rosto. Como posso sentir tanta saudade de alguém por não ver em uma semana? Acho que estou dependendo demais da minha Mer Maravilha e de tudo que vem dela.

Aperto o botão do elevador e sinto duas mãos vendar meus olhos.

-Advinha quem é?

-Nossa quem será? Professora Doutora Sam Bello.

-Eu mesma, a maior.

Ela ri e eu viro para sua frente. Sam me abraça e eu retribuo gentilmente.

-Como você está?

Eu pergunto, pois não a vejo há alguns dias na Universidade.

-Ótima, orientando muitos alunos e ficando maluca.

-Quem manda ser a domadora de números, todos te querem.

-Nem todos.

Ela pisca e mexe na gola da minha camisa. Sam não perde a oportunidade de flertar comigo quando estou sozinho, mas ela sabe que eu não ligo, que levo tudo na brincadeira e que não entro em seus jogos.
Elevador abre e nós entramos.

-Na verdade estou muito cansada, sinto que carrego aquele departamento nas costas, mas enfim... E a Meredith está melhor?

Ouço a pergunta com estranheza e ela percebe e continua a falar.

-Encontrei com ela outro dia. Ela estava voltando do hospital com o amigo médico, você deve conhecer, o Adam. Já o vi algumas vezes por aqui, por isso decorei o nome... Vocês são amigos?

-Ah é, é...

Eu coço a cabeça e engulo a seco essa informação. Como a Meredith ficou doente e não me falou nada? Porquê ela fez isso, sendo que nos falamos por telefone quase todos os dias que não a vi?

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