11. Ilegais

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Andrew Pov.

Eu posso afirmar com todas as letras que fazia um bom tempo que eu não ria tanto. A Meredith é muito divertida, ela fala cada coisa de forma tão espontânea e natural que eu fico impressionado em como ela tem uma resposta para absolutamente tudo. Eu até tento deixar ela desconcertada com alguma brincadeira, mas ela me ganha em todas.

-Ei, olha só Andrew, conhece essa cantora? É brasileira, eu adoro. Vamos tentar entrar?

-Vanessa da Mata?

-Sim, conhece? Ela é maravilhosa, vamos, você vai gostar.

-Tá bom, fica aqui na fila que eu vou comprar os ingressos.

-Você é o melhor, já disseram isso?

Ela fica na ponta dos pés e beija meu rosto.

-Já ouvi isso algumas vezes, mas vindo de você eu acho que é o melhor elogio que eu poderia receber.

Ela dá de ombros e pisca pra mim.

-Fica aqui, eu não demoro.

Deixo ela na fila para entrar na casa de shows guardando nosso lugar e vou até a bilheteria tentar conseguir nossos ingressos.
Se passaram quinze minutos, e parece que essa fila não anda. Eu consigo vê-la de onde eu estou, e logo noto um cara se aproximar falando algo e oferecendo uma cerveja pra ela, que recusa de imediato e revira os olhos. Eu faço sinal avisando que minha vez já está chegando e ela assente com a cabeça.

Consigo os ingressos e vou até Meredith. O cara estava ao lado dela falando algo que ela não dá a mínima importância.

-Oi, consegui.

Eu mostro os ingressos, ela sorri fraco, segura em meu rosto com as duas mãos e deixa um selinho em minha boca, me pegando totalmente de surpresa. O que está acontecendo aqui?

Eu não falo nada, mas vejo que ela olha para o cara que continua olhando pra gente com raiva e se afasta um pouco.
Ela entrelaça a mão na minha, me puxando para ficar atrás dela na fila, depois encosta a cabeça no meu peito e pega minhas mãos as cruzando em sua barriga. Eu acho que entendi o que ela está fazendo, mas eu facilmente me acostumaria com a gente assim.

-Ei, tá tudo bem?

Eu pergunto no ouvido dela e ela faz que sim com a cabeça.

-Depois...

A fila começa a se movimentar e nós entramos na casa de shows de mãos dadas. Aqui é bem grande e não tem muita gente aparentemente, nós conseguimos andar muito bem entre os espaços.

-Vamos pegar umas bebidas? Você já veio aqui antes?

Ela pergunta, mas sua expressão de felicidade de mais cedo mudou completamente.

-É a primeira vez, eu não sou muito de festas.

-Você realmente precisa de mim na sua vida, Andrew DeLuca.

-Eu não discordo.

Nós vamos até o balcão, eu peço uma cerveja e ela um drink que não demora a ficar pronto.

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