22. Uma noite na livraria

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Meredith Pov

Enquanto uma tempestade cai sob Manhattan, Andrew e eu estamos presos na livraria, tentando ocupar nosso tempo. Ele se dedica de todas as maneiras a me distrair com abraços apertados toda vez que um raio ou trovão cai fazendo um barulho ensurdecedor, e particularmente eu acho isso muito fofo. Me acostumo muito fácil com pessoas engraçadas e carinhosas pra falar a verdade, e ele tem tudo isso na medida certa.

-Fazia um tempo que não chovia assim. Que bom que você está aqui, eu estaria enlouquecendo se estivesse sozinha.

-Fico feliz por estar aqui com você. É bem melhor passar por uma tempestade tendo companhia.

-Gol, 9 pontos para a maravilhosa Meredith Grey e 5 pontos para o Hobbit italiano, caramba eu sou o máximo nisso.

Eu grito, e pulo empolgada por fazer mais um ponto no pebolim.

-Maravilhosa é?

-Eu sou. Sinto muito se você não concorda.

Eu dou de ombros, ele vem até mim e me puxa pra ele.

-Eu seria louco se pensasse o contrário. Afinal, quem é que chama você de Mer Maravilha?

Ele fala com um sorriso bobo no rosto e me beija delicadamente, até sermos interrompidos pelo meu celular.

-Ah não... Só um momento.

Ele me solta para que eu pegue o celular, e eu vejo na tela o nome do Adam. Penso por uns segundos se atendo ou não, Andrew também olha para tela e depois pra mim.
É impressão minha ou ele realmente mudou sua expressão facial assim que viu o nome do Adam?

-Não vai atender?

-Sim, só um momento.

Eu converso alguns minutos com o Adam, que está no intervalo de uma cirurgia, e depois volto para sala de jogos, mas não encontro o Andrew. Procuro por ele ao redor, e o encontro no meio do corredor com um livro na mão.

-Pronto, demorei?

-Não, o tempo não passa dentro de um lugar como esse. Tudo bem com sua ligação?

-Sim. Adam ficou sabendo da chuva no jornal do tempo, e ligou para checar como eu estou. Você sabe que em Seattle costuma chover muito não é? Imagina só uma pessoa com a minha imunidade morando lá a vida toda, era horrível. Do nada começa a chover, então eu e todos meus amigos ficamos viciados em jornais do tempo, afinal de contas ninguém queria sair comigo, e eu ficar doente no dia seguinte...ah droga eu tô tagarelando, desculpa.

Ok, talvez eu tenha ficado um pouco nervosa com essa ligação, e com o fato de o Andrew estar por perto. Adam e eu temos uma ótima relação mesmo depois do término do nosso relacionamento, e nos falamos quase toda semana.

-Tudo bem, gosto quando você fala sem parar. Eu já disse isso não é?

-Já sim. E eu acho que você só fala isso para me agradar.

-Sério? Me desculpe, mas você está totalmente enganada. Eu realmente adoro ouvir sua voz.

-Tá, vou acreditar em você. E agora o que vamos jogar?

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