4. Número

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Meredith Pov.

Ligo para Jo e Amelia avisando que não vou ao barzinho com elas. Andei tanto pelas ruas procurando o Asimov que fiquei muito acabada.
Deito no sofá e ligo a tv, visualizo todo o catálogo de filmes de comédia romântica, procurando algo que ainda não tenha visto.

-O que você está me olhando Asimov? Você quase me enlouqueceu, e agora fica com essa carinha fofa?

Ele vem para cima de mim todo manhoso e se acomoda nas minhas pernas.

-Você me deu um trabalhão hoje.

Ouço a campainha tocar e levanto para atender.

-Deita aqui quietinho, Asimov... Sábado à noite e eu conversando com meu gato, a que ponto cheguei.

-Olá Barbie! Não poderíamos deixar você passar a noite de sábado sozinha.

Amelia e Jo aparecem na minha porta cada uma com uma garrafa de vinho na mão.

-Vocês não deviam estragar a noite de vocês aqui comigo.

-Estragar o que, garota? você sabe que nossa noite não seria a mesma sem você.

Jo se joga no meu sofá e abraça um travesseiro.

-Nossa, me sinto lisonjeada.

-Na verdade não teríamos ninguém para zoar né, precisamos de você.

Amelia fala ao me abraçar de lado e beijar minha cabeça.

-Nossa, muito obrigada, já estava achando estranho esse carinho todo.

-Então, onde esse gato travesso estava?

-No apartamento de cima, acredita? Depois de me fazer andar todo esse quarteirão procurando por ele. Eu estava a ponto de enlouquecer no meio da rua, gritei com um cara no estacionamento do supermercado e tudo.

-Que isso? Você brigando com desconhecidos pela rua? Nunca poderia imaginar...

Jo fala e eu reviro os olhos, ela abre o vinho e serve nossas taças. A verdade é que eu sou realmente muito impulsiva a certas situações que ocorrem ao meu redor, eu me coloco em cada cilada as vezes por ser assim. Mas quase nunca me arrependo, odeio injustiças, então vez ou outra estou discutindo com pessoas que nunca vi na vida, em defesa de outras que também nunca vi.

-Vamos lá pra varanda, vou contar pra vocês algumas coisas da minha tarde louca a procura do meu gato, até que foi interessante, digo isso agora depois do desespero.

Nós vamos para a varanda do meu apartamento, que tem uma pequena área gourmet onde costumo me reunir com meus amigos. Asimov como sempre vem atrás de mim e volta a sentar no meu colo.

-Então, eu conheci um cara hoje, ele viu meu desespero e me ajudou a procurar esse danadinho aqui.

-Um cara é? E aí? Como foi? Ele é bonito?

Amelia dispara e a Jo complementa.

-Você pegou o número dele? Anda garota fala logo, antes que eu morra de curiosidade.

-Não precisa tudo isso, não foi nada demais. Então, resumindo a história, de manhã eu o vi no elevador aqui do prédio, e por coincidência o encontrei no estacionamento do supermercado e ele me ajudou. Ele foi bem gentil e atencioso comigo, visto que aturou meu desespero por mais de uma hora, e sim, ele é bonito, muito bonito, daqueles que chamam atenção...

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